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EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ENSINANDO COM AS DIFERENÇAS

Por:   •  24/5/2018  •  1.896 Palavras (8 Páginas)  •  270 Visualizações

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pedagogia centrada no educando, contribuindo para a redução do número de fracassos educativos garantindo assim um índice maior de êxito escolar. O respeito aos direitos e liberdades humanas, são os primeiros passos para a construção da cidadania, devendo ser deverasmente incentivado.

Na inclusão as diferenças não são consideradas um problema e sim uma diversidade e é essa ideia, a partir da realidade social, que pode expandir a visão do mundo e desenvolver oportunidades de convivência a todos os portadores de necessidades especiais.

Carvalho (2005) afirma que:

Ao refletir sobre a abrangência do sentido e do significado do processo de Educação inclusiva, estamos considerando a diversidade de aprendizes e seu direito à equidade. Trata-se de equiparar oportunidades, garantindo-se a todos - inclusive às pessoas em situação de deficiência e aos de altas habilidades/superdotados, o direito de aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver. (CARVALHO, 2005).

Preservar a diversidade nas escolas indica oportunidade de um atendimento das necessidades educacionais com destaque para as competências e capacidades do educando.

Contexto histórico dos portadores de necessidades especiais

Falar em pessoas com deficiências nos dias atuais compreende a retomada da história da Educação Especial, fazendo referência aos diferentes momentos conhecidos ao longo da história. A Antiguidade é um período da história em que se iniciam as primeiras formas de tratamento dadas às pessoas com deficiências.

Predominava-se a prática de abandono ou a condenação à morte quando era percebida a incapacidade de determinados indivíduos para o trabalho, ou seja, pessoas com quadros de deficiência física e mentais. Esse período ficou marcado como período do “extermínio”. Pessoas que fugissem do padrão da dita normalidade eram consideradas sub-humanas, pois não tinham utilidade para a vida em sociedade. No período feudal, na era cristã, mediante o moralismo católico, os deficientes eram vistos como figuras que representavam o pecado e assim eram colocados na fogueira da inquisição.

O século XVIII e meados do século XIX no Brasil foram marcados pela criação de instituições que na verdade serviam como depósito para pessoas consideradas deficientes, e o objetivo real era a segregação, pois não existia o menor interesse no tratamento, cuidado e inserção dessas pessoas na sociedade.

Ao final do século XIX e início do século XX foram criadas escolas especiais que visavam uma educação diferenciada às pessoas consideradas deficientes com o propósito de poupar gastos do governo com a manutenção de manicômios, asilos, evitando a segregação.

Na década de 80, houve uma forte luta pelos direitos das pessoas com deficiências, algo que mudaria a realidade social das mesmas. A Constituição Federal Brasileira garantiria a integração escolar e atendimento educacional dessas pessoas, porém, foi demonstrado que na prática a realidade é diferente daquelas que as leis afirmam.

O fracasso dos professores diante desse desafio, a falta de estrutura arquitetônica que não colaborava com a inserção, a falta de dedicação e a ignorância do que se é possível fazer com aquele que é diferente reproduziu alguns aspectos negativos que precisavam ser mudados. Logo depois a reformulação da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – 9.094/96) veio reforçar a obrigatoriedade da educação para os deficientes assegurando a importância do preparo dos professores para que os mesmos pudessem compreender a diversidade dos educandos.

Na atualidade os caminhos projetados são no intuito de fazer uma inclusão mais justa, onde se insira realmente as pessoas portadoras de necessidades especiais, proporcionando-as uma melhor qualidade de vida, onde se sintam verdadeiramente parte do contexto das pessoas consideradas normais.

O PROFESSOR E A PRÁTICA PEDAGÓGICA NO PROCESSO EDUCATIVO PARA ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS

Atualmente um tem sido discutido no mundo inteiro um assunto verdadeiramente relevante que é a inclusão de portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino. Muitos são os problemas enfrentados pelas escolas na adequação desse novo modelo de ensino, pois a legislação é bem clara no que se refere à obrigatoriedade de amparar e matricular todos os alunos, indiferente de suas diferenças e necessidades.

Dentre esses problemas está o despreparo dos professores do ensino regular diante desse desafio, uma vez que os fundamentos teóricos – metodológicos da Educação Inclusiva se norteiam nos princípios de uma educação de qualidade para todos.

Para que a Educação Inclusiva venha atingir os objetivos tão sonhados para os alunos especiais é necessário que os professores sejam preparados para trabalhar com as diferenças, respeitando as peculariedades apresentadas por esses alunos.

Isso implica em uma formação de processo contínuo, uma capacitação que possibilite o professor modificar suas posturas e criar instrumentos de inclusão voltados às características, potencialidades e necessidades desses alunos. Uma formação de profissionais reflexivos, pesquisadores, visando à construção de uma escola que proporcione o bem estar a todos, principalmente dos alunos que necessitam de um atendimento especial.

Para se incluir indivíduos com necessidades educacionais especiais em uma escola de ensino regular é preciso além do preparo de professores, uma reforma no sistema educacional, isto é, uma flexibilização ou adaptação no currículo no que se refere a modificações nas características do ensino, nas metodologias e nas avaliações. Tudo isso é um grande desafio, mas se houver dedicação e boa vontade por parte de todos os envolvidos no sistema escolar, visando realmente um ensino de qualidade para todos, sim dará muito certo.

Considerações finais

As grandes conquistas não acontecem da noite para o dia, é preciso haver muita dedicação e perseverança, e a inclusão escolar se constitui uma conquista, um grande desafio para o sistema de ensino. Realmente todo indivíduo tem direito a uma educação de qualidade, mas tudo isso não pode ser feito de qualquer jeito, é preciso construir uma escola inclusiva de qualidade, um lugar de desenvolvimento de todos, principalmente dos portadores de necessidades especiais. É preciso que sejam criadas formas de ensino

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