Desafio profissional

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Ivani: A motivação maior foi ver as crianças saberem ler e escrever, elas poderem optar por questões na sociedade, e sentirem que fazem parte da história no mundo.

- Quais metodologia e abordagem de ensino, você emprega no seu dia a dia?

Adriana: Busco a interação professor/aluno, trabalhando de forma lúdica e interativa, seguindo as Orientações Curriculares da rede.

Mara Lúcia: No inicio da minha carreira usava uma abordagem tradicional com conteúdo voltado, na educação infantil, dos alunos estarem preparados para serem alfabetizados no 1º ano ,dando importância à coordenação motora fina e a muitos itens que os professores do fundamental achavam importantes para que esse aluno estivesse maduro para enfrentar esse novo desafio.

Depois de alguns anos chegou na prefeitura cursos de formação e qualificação, mostrando uma nova abordagem na época, o construtivismo.Estudamos muito Piaget que é, sem dúvida, o mais importante teórico do construtivismo.

E nesta época os meus alunos se tornaram "cobaias" no bom sentido. Colocava em prática aquilo que aprendia nos cursos.

Graças a Deus evolui e estudei outros teóricos:

Henri Wallon, L.S. Vigotsky, A. N. Leontiev, A. R. Luria e EmÌlia Ferreiro.

O que facilitou muito e meu trabalho, porque pude fazer uma mescla de procedimentos adaptando a realidade das escolas onde trabalhei.O que acho mais importante é o respeito com o tempo de aprendizado de cada aluno e que essa seja construída levando em conta o seu conhecimento prévio. O material utilizado em sala de aula é criado para atender as necessidades daquela sala e dos seus interesses tornando a aprendizagem significativa.

Ivani: Abordagem e metodologia construtivista que propõe que o aluno participe ativamente do próprio aprendizado, mediante a experimentação, a pesquisa em grupo, o estimulo a dúvida e o desenvolvimento do raciocínio, entre outros procedimentos. A partir de sua ação, vai estabelecendo as propriedades dos objetos e construindo as características do mundo, mas também trabalho o tradicional e o sócio- construtivista, pois e a metodologia do Estado.

- Quais desafios você enfrenta na docência?

Adriana: Muitos desafios: indisciplina dos alunos, falta de apoio efetivo dos Gestores e, muitas vezes, dos pais.

Mara Lúcia: Os desafios são vários como em qualquer profissão. Mas atualmente alguns pontos incomodam mais, na educação infantil, o numero de alunos por sala (35) crianças de 3 a 5 anos.Inclusões de alunos com deficiências sem atendimento especifico nem ajuda de profissionais extra classe. Falta de materiais para a elaboração de projetos. Dificuldade em ter a presença dos pais quando solicitado na escola.

Ivani: Um dos maiores desafios é a indisciplina em sala de aula, o professor hoje ocupa varias posições dentro da sala, por exemplo: psicóloga, cuidadora e muitas outras, mas a parte pedagógica e conteúdo vão ficando de lado, pois os pais não dão importância a isso e sim se o aluno vai passar de ano e não se o mesmo já foi alfabetizado.

- Como você aprendeu a ler e escrever? E o que mudou em relação a forma como ensina as crianças hoje?

Adriana: Aprendi pelo método tradicional, com a Cartilha Caminho Suave. Hoje, na forma de ensinar, mudou praticamente tudo e não acho este um bom caminho. Na minha opinião, deveria haver um equilíbrio entre o método tradicional e o construtivista, buscando o melhor de cada um em relação a cada aluno.

Mara Lúcia: Eu aprendi pelo método alfabético um dos mais antigos sistemas de alfabetização, também conhecido como soletração, tem como princípio de que a leitura parte da decoração oral das letras do alfabeto, depois, todas as suas combinações silábicas e, em seguida, as palavras. A partir daí, a criança começa a ler sentenças curtas e vai evoluindo até conhecer histórias.

Atualmente já uso uma mistura, da abordagem construtivista, (elaborando material que esteja próxima da realidade que os alunos vivem e coisas do seu interesse para a elaboração de projetos) e a conscientização fônica( para construir as palavras, partindo do nome próprio que é muito significativo nesta idade).

Acho que a diferença é que antigamente não ensinávamos as crianças a pensarem, a construir o seu aprendizado partindo de algo significativo, dávamos tudo pronto e ele tinha que decorar e reproduzir.

Ivani: Na primeira série que era antigamente, tinha uma amiga que me ajudava muito, pois eu chorava todo tempo, por não saber ler e nem escrever, este também foi um dos motivos pelo qual escolhi esta profissão, não tive um professor que me ajudasse como deveria, hoje faço o que posso para que o aluno seja alfabetizado, pois sei o quanto é difícil não fazer parte da sua própria historia. O que mudou principalmente em mim foi o fato de que através da afetividade e muito amor e que se consegue alfabetizar e conquistar todos os objetivos do que abrange a pedagogia, assim desenvolver o potencial, a criatividade das crianças, pois todos tem o seu tempo, sem forçar nada tudo naturalmente, só posso dizer que amo a minha profissão

Considerações Finais:

A TRAJETÓRIA E O CONCEITO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

A educação infantil no Brasil, foi uma conquista das mulheres com a revolução industrial, onde se fazia necessário a mão de obra. As mulheres precisavam trabalhar e assim, de um lugar para deixar as crianças que até então ficavam sob os cuidados da mãe.

Com os movimentos feministas, as mulheres que tinham ido estudar na Europa, voltavam com um olhar novo, voltado para as crianças.

No final do século XVIII, começaram a ser escritas as cartilhas de alfabetização no Brasil. A escrita ficava restrita a cópias e a caligrafia, ao treino com cópias e ditados.

Mas a partir de 1920, a oposição dos professores ao método da cartilha na alfabetização, tentando assim, encontrar um novo método para o aprendizado da alfabetização.

Logo em 1970, passou a ser importante a alfabetização com novos métodos de aprendizagem, como: histórias, contos

A alfabetização torna-se fundamento e objetivo das escola, com o início da Proclamação da República