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Desafio Profissional

Por:   •  25/5/2018  •  1.881 Palavras (8 Páginas)  •  350 Visualizações

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Já a gestão democrática, também amparada pela legislação brasileira, pressupõe a participação efetiva dos vários segmentos da comunidade escolar pais, professores, estudantes e funcionários, em todos os aspectos da organização da escola. O conceito de gestão democrática ou escola democrática visa a promoção de um ensino de qualidade, para que a escola com a colaboração da comunidade e de seus alunos, possa atuar nas necessidades da comunidade e de acordo com os interesses de seus educandos.

O pressuposto assumido pela UNESCO (1985) de que o direito de aprender constitui-se pilar fundamental para o desenvolvimento humano em qualquer tempo , mostra que é direito do indivíduo aprender, adquirir conhecimentos em qualquer período de sua existência, mas na prática para que esse direito seja assegurado se faz necessário superar desafios como as diferenças culturais, sociais e econômicas, as experiências de vida, e suas concepções.

Considerando os pressupostos da EJA, seu Currículo deve atender à necessidade do estudante, considerando seus saberes e suas experiência empíricas e de relações sociais para a partir daí relacionar esses conhecimentos às teorias formais e apresentar novos conceitos e conteúdos, respeitando as particularidades e o tempo de cada um.

O processo avaliativo, deve considerar a autonomia do aluno em sintetizar e relacionar os conhecimentos adquiridos formalmente através da escola e os saberes empíricos adquiridos na vida prática, suas experiências de vida.

Não são descartados os métodos avaliativos formais, como testes e trabalhos, mas eles não são únicos meios de avaliar o desempenho do aluno, pois considera se outros fatores que representam o desenvolvimento integral do individuo, também nos aspectos sociais, afetivos e individuais.

Para que todos os aspectos acima citados sejam melhor avaliados, essa avaliação deve ser continua, para que não tenha resultado baseado em um momento específico e fora do contexto que não permita a observação de todo o progresso e desenvolvimento do aluno.

Cabe ao professor selecionar e organizar os conteúdos relevantes ao processo de aprendizagem dos alunos, seguindo os conteúdos programáticos estabelecidos para cada fase, série ou ano, mas enfatizando aqueles que colaboram e até interferem no processo, como é o caso da variação linguística.

A linguagem tem um papel importante no processo educacional. Podemos perceber que a variação linguística é um traço marcante em nosso país, pois temos uma língua única marcada por todas as influencias de várias nações e povos que construíram nossa nação, sendo assim a língua portuguesa do Brasil é muito diferente até mesmo de sua língua de origem falada em Portugal.

Alem das várias influencias, nossa língua ainda se multiplica em sotaques, costumes e linguajares distintos em diferentes regiões do país, que é grande em extensão e abriga no mesmo território nacional costumes lingüísticos tão diferentes que nem parece pertencer a mesma língua.

No entanto apesar de respeitar as variações lingüísticas dos alunos que nem sempre dominam a forma padrão da linguagem, também cabe ao professor inserir o aluno a norma culta e padrão tanto escrita como falada, para que o sujeito seja capaz de usar diferentes tipos de discurso de acordo com a finalidade, pra que se fala, e o receptor, com quem se fala.

Como a linguagem possibilita acesso a muitas situações sociais, a escola deve se preocupar em apresentar a norma culta aos estudantes, para que eles tenham mais uma variedade à sua disposição, a fim de empregá-la quando for necessário. (BAZZONI; CLETO; RAMOS, 2009, p. 12)

Assim se faz fundamental apresentar aos alunos da EJA o conteúdo de variação lingüística, para que percebam a necessidade de aprender e dominar a língua, não por questões de falar “certo” ou “errado”, o que pode ser um questionamentos dos alunos , não para criticar ou ser criticado, não para ter ou sofrer preconceito lingüístico, mas sim para que tenha a opção de escolher o tipo de linguagem que se quer usar em diferentes situações. É importante que o aluno entenda a variação linguística e use esse recurso a seu favor, seja no ambiente de trabalho, na busca de um novo emprego, ou em reuniões sociais, formais e informais.

Contudo de forma alguma a escola pretende anular ou padronizar as variações lingüísticas dos alunos, pois sua linguagem faz parte de sua identidade, seus costumes e as características do grupo a que pertence, conforme nos mostra Bagno (2005) à questão da variação de uma língua está ligada à relação entre a língua e grupos sociais que dela se utilizam e cabe a todos respeitar essas variações e costumes.

2.2 PLANO DE AULA

2.2.1 OBJETIVOS DA AULA

- Reconhecer a importância de adequação da linguagem em diferentes contextos sociais.

- Possibilitar o conhecimento das variedades lingüísticas e ao não preconceito linguístico.

- Identificar as diferenças entre a língua falada e a língua escrita.

2.2.2 CONTEÚDOS

- Leitura

- Escrita

- Transcrição da fala oral na escrita

2.2.3 METODOLOGIA (Quais atividades serão propostas e quais estratégias serão utilizadas na realização de cada uma delas?)

- Iniciar a aula com explicação oral informando que os diferentes dialetos e registros comprovam que a língua é um conjunto de variedades, ou seja, há diversas maneiras de falar ou escrever. Em relação à fala, julgar que existe o certo e o errado significa desconsiderar e desprestigiar determinado dialeto ou registro, manifestações culturais, sociais e históricas legítimas de um grupo. Dizer que alguém fala o português melhor ou pior do que alguém, desconsiderando fatores sociais como o nível de escolaridade ou grupo e classes diferentes, só reforça o preconceito lingüístico.

- Distribuir uma folha com os textos: Samba do Ernesto de Adoniram Barbosa e Vícios da fala de Oswaldo de Andrade, os alunos farão leitura oral compartilhada, em seguida devem selecionar nos textos, algumas palavras que conseguirem identificar como forma não padrão da língua que eles costumam falar, após a seleção das palavras questionar oralmente se eles conhecem a forma ortograficamente correta das palavras, para avaliar se fazem

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