PROJETO: EDUCAÇÃO SEXUAL NAS ESCOLAS
Por: Evandro.2016 • 15/1/2018 • 2.093 Palavras (9 Páginas) • 409 Visualizações
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A escola possui do ensino fundamental ao ensino médio, na cidade de Uberaba/MG, instituição esta sem fins lucrativos, a qual tem sede social no mesmo município.
A escola foi fundada no ano de 1961. A diretoria é composta por um grupo eleito conforme regras de instrumento constitutivo. O suporte administrativo está estabilizado no regime interno da instituição.
A instituição ainda não tem nenhum tipo de projeto semelhante a este. Meu projeto vem dar complemento ao que já é dado em sala de aula, ajudando na formação do aluno.
Os recursos que dão suporte a rotina de despesas vem de repasse do poder público estadual.
- Justificativa (elementos)
- Sexualidade
Segundo Favelo (2013), a palavra "sexualidade" não se engloba exatamente em uma definição única e universal, existem muitas formas diferentes de sexualidade e cada uma delas tem suas particularidades. É o traço "mais íntimo do ser humano e como tal, se manifesta diferentemente em cada indivíduo de acordo com a realidade e as experiências vivenciadas pelo mesmo”.
Quando se fala de sexualidade é preciso ir além das questões biológicas que perpassam as relações de poder, dentro dos processos de significação da identidade dos sujeitos sociais, que se formam por meio da construção social do gênero, das gerações, das etnias, das condições físicas, das religiosidades, das nacionalidades, das classes sociais, etc.
Nos discursos culturais existem divisões hierárquicas em que se estabelece uma relação onde só é possível saber o que é algo, quando se sabe também o que essa coisa não é. Como por exemplo, entender o que é homem partindo do ponto da negação do que é ser mulher, o mesmo serve para o negro ser a negação do branco, o homossexual a negação do heterossexual.
Portando existe uma categorização com valor negativo e positivo, o que gera processos de exclusão binária.
Conclui-se que a sexualidade pode ser também um espaço de disputa social, representação e identidade. Percebemos então que:
Somadas a esse entendimento, as análises culturais trazem também o conceito de representação - a partir de Michael Foucault- como aquilo que discursivamente constroem a realidade. Quando olhamos para o circulo escolar e o vemos como representação, estamos considerando-o “como discurso, como signo, como prática de significação. (Silva, 2001,p. 65)” (FURLANI,2008 p. 113).
- Educação sexual nas escolas
Para construir a educação sexual dentro de escolas é preciso pensar estas representações colocadas diante de nós e perceber quais são as relações hierarquizadas e quais são as partes negativas e positivas que tornam a exclusão um fato evidentemente reproduzido nos espaços de formação humana de crianças e jovens. O papel da escola é desconstruir as hierarquias e representações estabelecidas para não ensinar um modelo excludente de pensamento para os jovens.
Para desconstruir uma ideia, um texto ou uma forma de enxergar o mundo requer desfazer o binarismo presente em nossa cultura. É preciso “buscar, perturbar, transgredir, desestabilizar e subverter a lógica do poder que estabelece aquela “verdade” como inquestionável merecedora de status quo”(FURLANI,2008,p.115).
A educação sexual deve existir dentro das escolas com um papel de não mais tratar a sexualidade como algo biológico de cunho reprodutivo, mas também trazer uma discussão sociológica, psicológica, filosófica e com representatividade da diversidade sexual existentes. A sexualidade deve ser tratada não mais legitimando apenas a heterossexualidade como a única legitima. Para isso é preciso romper com o binarismo, portanto, é preciso pensar a sexualidade com um discurso que materialize e privilegia a afetividade como:
Fator que ampara e possibilita como normal e esperada, a relação sexual entre pessoas do mesmo sexo e entre pessoas do sexo oposto. Parece-me evidente que a estratégia argumentativa do texto coloca a relação sexual entre duas pessoas como um ato justificado e autorizado, não pelo desejo futuro de reprodução, mas sim, pela afetividade e pelo prazer que, incontestavelmente, as une. (FURLANI,2008,p.117).
O material didático presente nas escolas tem enfoque apenas biológico e reprodutivo num viés necessário de reprodução de forma que chega a ser compulsória dentro das reações sexuais, como se o sexo tivesse o único objetivo a reprodução da espécie.
Entretanto, culturalmente o amor romântico é colocado numa lógica pedagógica que justifica as relações sexuais. As outras formas de sexualidades tidas como “novas”, mas que na verdade não foram colocadas em discussão e que agora estão evidentes, pois antes não eram autorizadas, hoje elas são, mas ainda sim não existe uma abordagem na escola que pluralize a questão da sexualidade.
- Objetivos e metas
O objetivo geral do projeto é contribuir para que crianças e adolescentes possam exercer, mais tarde, sua sexualidade com prazer e responsabilidade. Garantindo a todos o conhecimento que será fundamental para a formação de cidadãos responsáveis e conscientes de suas capacidades.
O objetivo específico: através da implantação do projeto, contribuir para que a criança e o jovem e adulto de amanhã, tenha uma vida mais integrada, saudável, com uma melhor auto-estima e maior conhecimento do próprio corpo e consciência de ter relações preventivas.
Objetivos operacionais: atender, instruir, esclarecer toda e qualquer duvida dos jovens referentes à sexualidade e afins.
Metas de eficiência e de eficácia serão desenvolvidas dentro do ambiente escolar, sendo assim, serão buscadas a realização das palestras nos dias determinados e assim dar envolvimento por parte do público alvo (jovens).
Através das palestras e ações pedagógicas envolvendo o tema, os jovens terão maior conhecimento sobre o assunto, crescerão com mais responsabilidade em relação á vida sexual, menos preconceito nas relações sociais e serão mais sobre o corpo e a sexualidade e com escolhas mais acertadas e atitudes preventivas.
- Detalhamento do projeto (o que vai ser feito, como será realizado)
As palestras acontecerão 2 vezes por semana, no horário da manhã das 7:00 ás 11:30 com intervalo
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