HOMOFOBIA E DIVERSIDADE SEXUAL A QUESTÃO DA HOMOFOBIA E DIVERSIDADE SEXUAL
Por: Ednelso245 • 14/11/2017 • 1.784 Palavras (8 Páginas) • 489 Visualizações
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se tratar das desigualdades sociais, e por isso se tornou comum os movimentos em prol de direitos garantidos, mas esses direitos só serão garantidos por meios de lutas para que haja construção de cidadania. Dentro deste contexto chegou o momento de lutar pelo direito de expressar a orientação sexual, pelo não preconceito, pelo direito de ser diferente e principalmente contra a homofobia. E para discutir e mudar as concepções que temos sobre as coisas e os fenômenos sociais, faz se necessário cada vez mais, nos instrumentalizarmos através do conhecimento de que a humanidade não é estática e está em constante transformação, e cada época é diferente, pensando nisso surge a necessidade de repensar novos modelos da reinserção das diversidades.
2.2- Homofobia no contexto escolar
Dentro do contexto histórico da homofobia faz se necessário refletir e discutimos a sexualidade, e direitos humanos no ambiente escolar. Já que falar sobre a homossexualidade e a homofobia ainda é um tabu e nossas escolas, e causam diversas reações desde surpresa, horror vergonha, risos, desconfiança ou desdém. Uma coisa é certa, homofobia incomoda e é um tema evitado nas escolas. Importante destacar que no campo educacional a constituição federal assegura o seguinte: Constituição da República Federativa do Brasil. Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Perante o artigo 205 a como os princípios da não discriminação abraçando os programas com elementos norteadores para a construção de uma escola mais democrática e diversa com respeito à dignidade e diversidade, capazes de construir criar novas formas de viver, pensar, sentir e agir. Isto não se deve, simplesmente, ao fato de que somos indivíduos diferentes, cada um com sua “opinião” particular. Os indivíduos não constroem suas “opiniões pessoais” solitariamente. Somente através das interações que vivemos com as pessoas do nosso mundo social que nos possibilitam os questionamentos. Assim o papel da escola neste processo na construção de uma nova mentalidade, e constituição de valores que visibilizem as diversidades e elaborem vivências igualitárias. Faz-se necessário criar condições de acesso à inclusão da diversidade sexual, a valorização das diferenças, o respeito à opção sexual no meio social e educacional.
2.3- Influência religiosa
Ao longo da história percebemos as influências religiosas no que se refere à homossexualidade. Pode se afirmar que na atualidade a maioria das religiões ainda considera a prática homossexual como sendo uma conduta que deve ser evitada. Na visão das lideranças católicas, evangélicas, judias e das religiões mediúnicas como kardecistas e afro-brasileiras sobre a questões relacionadas à homossexualidade em especial sobre novas propostas jurídicas sobre a homofobia, à polêmica do casamento gay, nos direitos previdenciários e adoção, estamos em uma época em que movimentos religiosos fundamentalistas procuram impor seus valores a um estado laico, e ao mesmo tempo, movimentos sociais defendem direitos civis dos homossexuais e a criminalização da homofobia, para a igreja homossexualidade é complexa e não entra no mérito das causas, mas sem dúvida tem um catecismo com palavras pesadas que declara que os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados e contrárias à lei natural, e que esses fecham o ato do dom da vida, não procedem duma verdadeira complementaridade afetiva sexual, e que não podem, em caso algum, ser aprovado. Já para os que tem uma tendência homossexual esse catecismo induz a pratica da homofobia na sociedade, os ensinamentos de que o heterossexual é natural divino e de que o homossexual é anormal diabólico ainda é forte nos púlpitos das igrejas, apesar da constituição federal garantir o direito aos homossexuais à união estável, ainda não é o bastante, pois o preconceito sofrido por estes grupos ainda existe, mesmo com os direitos prescritos na constituição. E esses direitos de liberdade de expressão são atropelados.
2.4 Políticas de segurança pública contra a homofobia
Embora se viva num país democrático onde é assegurado pela constituição que todos são iguais, mas em muitas das vezes ocorre violação destes direitos por uma minoria machista e preconceituosa, combater a homofobia não é tarefa fácil, constantemente é lançado nos tribunais decisões e acordos que garante direitos aos homossexuais, e também o poder legislativo atua na criação e implantação de leis que garantam os direitos a esses cidadãos. Identificar uma ação homo fóbica não é difícil o difícil é conscientizar que esta ação é preconceituosa. Porém as políticas públicas de combate à homofobia como programa “Brasil sem homofobia” criada pelos ministérios e secretarias do governo federal em 2004, veio para fortalecer os movimentos GLBTT na luta pelo respeito e espaço na sociedade, outra conquista alcançada foi em 2006,quando o congresso nacional aprovou a lei 11.303/06,conhecida como Maria da Penha, lei que trata a questão da violência, independente da orientação sexual, esta conquista abriu portas para o legislador aprovar a lei de combate à homofobia que chega ao senado tardiamente tendo em vista o alto índice de violência contra os homossexuais no país. O programa Brasil sem homofobia se estende em todos os órgãos públicos, e a sociedade brasileira, este programa visa o combate à homofobia e a promoção da cidadania dos gays, lésbicas e bissexuais garantidas uma maior aceitação e respeito à diversidade humana. O principal interesse do programa Brasil sem homofobia é mostra para a sociedade que enquanto existir cidadãos com direitos fundamentais privados ou desrespeitados, não haverá uma sociedade justa, igualitária, democrática e tolerante.
3. Conclusão
Tendo em vista o aspecto observado historicamente percebe-se que a homofobia, ocorre nas diversas esferas da sociedade, e nos leva a repensar valores culturais, éticos e morais, que herdamos dos nossos antepassados, na verdade é uma cultura egocêntrica, onde não se permite ou não se aceita outro ser diferente. Tanto se fala em direitos iguais, em liberdade de expressão, em um país democrático rico em
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