Classes Sociais e Movimentos Sociais no Brasil e Movimentos Sociais e Serviço Social

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A importância da organização desses grupos mobilizados é enorme e a força da ação coletiva só é efetiva quando dirigida. Dessa forma, o surgimento de líderes que representem diretamente as demandas de terminado grupo e a organização em nome de exigências ou ideias comuns formam os pilares e a força desses grupos.

Percebe-se que os movimentos sociais estão diretamente ligados à resolução de problemas sociais, e não à reivindicação de posses materiais. No entanto, eles não se resumem apenas à reivindicação de direitos ou à demanda pela representação de um grupo, pois um movimento pode surgir como agente construtor de uma proposta de reorganização social para mudar um ou outro aspecto de uma sociedade.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Geralmente os movimento surgem da iniciativa pública, tendo sua motivação e origem nas inúmeras injustiças sociais, como foi o caso do Fórum Social Mundial, citado e desenvolvido neste trabalho.

A ação coletiva de um grupo organizado tem como finalidadeconseguir transformações sociais a partir da luta política. Devemos destacar que os movimentos sociais possuem uma relação conflituosa com o Estado. Isto porque eles desejam alterar a própria composição do mesmo. O objetivo é alcançar alguma melhoria social e alterar o "status quo" que favorece as elites estabelecidas.

Também podem ser definidos como o modo como os cidadãos encontram para protestar ou reivindicar direitos que lhes são garantidos por lei. Assim, eles tendem a surgir quando um determinado grupo nota que faz parte de um agrupamento comum, levando-os a defenderem politicamente as causas que acham pertinentes e essenciais.

Outro ponto a ser destacado é o fato de que as marchas, paradas ou ocupações podem ser percebidas como formas de comunicação simbólica. Elas utilizam metáforas para quebrarem provisoriamente a rotina e reconstruírem a ordem social com suas identidades e papéis sociais.

É fácil notar que, na procura de transformar s sociedade e garantir os direitos que julgam necessários à justiça social, os movimentos sociais resistem às diferenças impostas pelos grupos dominantes. Ou seja, ao mesmo tempo em que são subjugados combatem e surgem como agentes moderadores desse mesmo espaço do qual foram exilados. Desta forma, os movimentos sociais são agentes modeladores que produzem seu próprio espaço como forma de resistência e sobrevivência.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GOHN, Maria da Glória. Movimentos Sociais na contemporaneidade. In: Revista Brasileira de Educação. v. 16 n. 47 maio-ago. 2011. (material disponível na rota de aprendizagem).

MELUCCI, Alberto. “Movimentos Sociais, Renovação Cultural e o Papel do Conhecimento”. In: Lua Nova. São Paulo Cedec, n. 17, jun/87. pp. 49-66. (1994),

MÜLLER, Cintia Beatriz. Teoria dos Movimentos Sociais. Curitiba: Intersaberes, 2013.

VIEIRA, Luiz Vicente. Os movimentos sociais e o espaço autônomo do “Político”: o resgate de um conceito a partir de Rousseau e Carl Schmitt. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004, (col. Filosofia – 167).