Classes sociais e movimentos sociais
Por: Kleber.Oliveira • 6/4/2018 • 1.620 Palavras (7 Páginas) • 441 Visualizações
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3 – Teorias norte-americana contemporânea: Primeiro, as classes sociais são definidas não apenas pela quantidade de dinheiro ou bens que possuam mas também pelos: sistema de comportamento (atitudes), conjunto de valores e modo de vida. Segundo, baseada numa visão pluralista de diversos grupos de interesses e de pressão na sociedade, a classe é analisada num sistema politico de democracia representativa.
- MOVIMENTOS SOCIAIS:
No cenário internacional, dentre os autores que tem dado as maiores contribuições para o estudo dos movimentos sociais destacamos Alberto Touraine, Manuel Catells, Sidney Tarrow e Charles Tilly Melucci destaca a questão da identidade coletiva como categoria central em sua abordagem. Ele afirma que a análise dos movimentos sociais oferece uma chave teórica e metodológica que pode ser aplicada para além do campo emporico das ações coletivas.
Touraine, em 1988, definiu os movimentos sociais como ações coletivas que combinam “a defesa de interesse com a designação de um opositor. Luta-se contra um adversário social em nome de valores culturais”. Segundo ele, há três de conflitos envolvidos nos movimentos sociais, um localizado na esfera da mudança social e o terceiro na esfera cultural.
Manuel Castells os redefiniu como “ações coletivas propositivas as quais resultam, na vitória oi no fracasso, em transformações nos valores e instituições da sociedade”.
Sidney Tarrow (1994) sonsidera os movimentos como forma de opnião de massa. Conceituando um movimento social como fenômeno de opinião de massa lesada, mobilizada em contato com as autoridades.
- MOVIMENTO-CLASSE: Uma visão Integrada
Movimento social refere-se à ação dos homens na história. Esta ação envolve um fazer – por meio de um conjunto de práticas sociais – e um pensar – por meio de um conjunto de ideias que motiva ou dá fundamentos à ação.
- Movimentos sociais são ações coletivas de caráter sociopolíticos, construídas por atores sociais pertencentes a diferentes classes e camadas sociais. Eles politizam suas demandas e criam um campo político de força social na sociedade civil. Suas ações estruturam-se a partir de repertórios criados sobre temas e problemas em situações de: conflitos, litígios e desputas. As ações desenvolvem um processo social e político cultural que cria uma identidade coletiva ao movimento, a partir de interesses em comum. Esta identidade decorre da força do princípio da solidariedade é construída a partir da base referencial de valores culturais e políticos compartilhados pelo grupo. (Gohn, 1997b)
No que se trata a tipos, pode-se ter movimentos de diferentes classes e camadas sociais. O tipo de ação social envolvido é que será o indicador do caráter do movimento. Podem ter movimentos transformadores, reformistas, redentores e alternativos. Giddens (1993) aglutina os movimentos entre as ações que são geradas por tensões estruturais, crenças generalizadas, distúrbios e violências, e movimentos que são deflagrados por situações de controle social. Touraine (1989), apresenta um leque maior de registros históricos de movimentos sociais, subdividindo-os em messiânicos, camponeses, de defesa comunitária, de defesa da identidade, lutas urbanas, novos movimentos sociais, movimentos históricos, movimentos políticos e lutas culturais.
- Movimentos e Classes sociais no Brasil
A sociedade brasileira é pontilhada de lutas e movimentos sociais contra a dominação, a exploração econômica e contra a exclusão social. A memória histórica registra lutas de índios, negros, brancos e mestiços pobres que viviam nos vilarejos, e brancos pertencentes as camadas médias, influenciados pelas ideologias libertárias, contra a opressão dos colonizadores europeus. Eis a lista das lutas mais famosas no Brasil colônia, e na fase do império.
- Zumbi dos palmares (1630-95), Inconfidência Mineira (1789), Conspiração dos alfaiates (Minas, 1798), Revolução pernambucana (1817), Balaiada (Maranhão, 1830-1841) Revolta dos Males (Bahia, 1835), Cabanagem (Pará, 1835), Revolução Praieira (Pernambuco, 1847-49), Revolta de Ibicaba (Estado de São Paulo, 1851), Revolta de Vassouras (Estado do Rio, 1858), Quebra Quilos (Pernambuco, 1873), Revolta Mukers (Rio Grande do Sul, 1874), Revolta do Vintém (Rio de Janeiro, 1880), Canudos (Bahia, 1874-97, massacrada pelas forcas da República). Estes são alguns dos exemplos mais conhecidos até o século xx.
Ocorreram revoltas da população reivindicando serviços urbanos, ou protestando contra políticas locais como a Revolta contra Vacina (Rio de Janeiro, 1905), Revolta do Contestado (Paraná, 1912), Ligas contra o Analfabetismo (1915), Ligas Nacionalistas, pelo voto secreto e expansão da educação (1917), revoltas contra o preço do pão, por feiras-livre, contra a inspeção de bagagens nas estações de trens, contra a colocação de trilhos para os bondes, atos contra o desemprego e a carestia em São Paulo e no Rio de Janeiro etc.
Nos anos 20 surgem várias lutas e movimentos das camadas médias da população urbana e recoltas de militares, bem como movimentos messiânicos e de cangaceiros no sertão nordestino do país.
O movimento articulado pelas elites que ficou conhecido como Revolução de 30 demarca um novo tempo no país, em termos de consolidação de novas regras que buscam inseri-lo no cenário internacional, não apenas como produtor agrícola, mas também como produtor de bens de consumo industrializados e gêneros alimentícios de primeira necessidade.
Vários movimentos sociais ocorreram entre 1930-37. O golpe do Estado Novo em 1937 liderado pelo ex presidente Getúlio
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