CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA NA ESCOLA, ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO
Por: Evandro.2016 • 3/10/2018 • 3.026 Palavras (13 Páginas) • 291 Visualizações
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A pesquisa será realizada em duas escolas da rede publica regular, com cerca de quatro crianças com deficiência motora e seus educadores, visando priorizar as questões de locomoção com cadeira de rodas.
As técnicas e os instrumentos de pesquisa serão realizados através de observação não participante, no qual haverá o contato com as escolas observadas, porém não haverá integração com a mesma, apenas fazendo o papel de espectador.
Por fim, vale ressaltar que serão garantidos aos participantes da pesquisa total discrição ao que diz respeito a sua identidade e características, respeitando suas individualidades dentro deste processo de inclusão, ressaltando que sua contribuição para a pesquisa é muito importante e que a mesma terá o propósito de melhorar a qualidade do ensino nas suas instituições principalmente buscando o melhor desempenho do aluno.
7 EMBASAMENTO TÉORICO
Atualmente um dos grandes desafios encontrados nas escolas da rede pública brasileira é o tema Inclusão escolar , pois é um assunto bastante debatido nas instituições de ensino e principalmente pela sociedade, pois, visa um olhar mais aprofundado sobre questões que muitas vezes são deixadas de lado que é justamente incluir crianças com necessidades especiais nas escolas. Perante a lei, toda instituição de ensino tem o dever de garantir vagas em escolas de redes publicas para alunos com qualquer tipo de deficiência, mas muitas vezes, este direito não é concedido, existindo somente a AACD/APAE como instituição de ensino. As escolas das redes públicas, em sua maioria não possuem profissionais capacitados para desenvolver esse trabalho profissional este que deve proporcionar ao educando uma aprendizagem significativa para as crianças que precisam ser vistas com maior dedicação, cuidado e também amor, aguçando sua vontade de aprender, segundo Luiz (2008), “o atendimento educacional especializado deve ser oferecido, preferencialmente, dentro das escolas comuns”.
Partindo destes conceitos, é importante destacar a relevância que os educadores têm neste processo de construção de conhecimento. O professor é a ferramenta mais importante e integradora na vida do educando, é ele que sabe quais os objetivos a serem conquistados pelo aluno, o que ainda pode ser buscado e aperfeiçoado, quais são seus maiores medos, quais as maiores qualidades, facilidades, dificuldades, entre outras características encontradas. O docente que encarar o desafio de trabalhar com alunos com deficiência motora, terá de dedicar-se ao máximo, pois, o mesmo terá pela frente uma tarefa bastante difícil, mas ao mesmo tempo, muito prazerosa e gratificante.
Qualquer aluno, seja ele uma criança considerada normal ou uma criança com algum tipo de deficiência, tem o professor como mestre, para as crianças os professores são pessoas especiais e os educandos fazem de tudo para ganharem a amizade dos mesmos, e é justamente assim que o docente deve se mostrar, ser amigo e companheiro, para que o conhecimento não se dê por algum tipo de obrigação ou medo, mas sim, com um processo natural de realizações, sendo prazeroso para ambas as partes, buscando sempre o bem estar de todas partes envolvidas.
A cooperação do professor é uma das condições fundamentais para o sucesso da inclusão da criança na escola regular ( GRAFF, 2002). É ele quem vai detectar no dia a dia quais ajustes podem e devem ser feitos no ambiente, é quem vai colaborar na interação da criança com outros colegas, bem como criar situações satisfatórias para a criança desenvolver uma boa convivência social (HOLDEN; STEWART, 2002 apud ROSA et al., 2008).
Outro fato que chama muita atenção é em relação aos professores considerarem-se despreparados para trabalhar com a inclusão. Muitas vezes os educadores preferem passar a tarefa de incluir a seus colegas especializados, ficando assim acomodados. É importante os mesmos acreditarem no seu potencial, não empurrem seus alunos para diante e finjam que não há nada que possam fazer. É preciso ensinar a todos, cumprindo seu papel de docente, abraçando a escola inclusiva como caminho para a construção de uma sociedade mais fraterna e humana, tendo um ensino de qualidade que é baseado numa postura de ética e transformação. De acordo com Mantoan (2003, p.78) “o argumento mais frequente dos professores, quando resistem à inclusão, é não estarem ou não terem sido preparados para esse trabalho”.
Depois de inserida no ambiente escolar, um dos aspectos de grande credibilidade é a importância familiar na aprendizagem do aluno. A família é a base para a criança, se os pais não demostrarem conforto e confiança na escola, as crianças também não terão. São os pais, os primeiros professores dos filhos, eles sabem suas principais características, seus medos, e suas qualidades, são eles que poderão juntamente com os professores buscar uma melhor qualidade na educação do aluno, sabendo qualificar quais foram os progressos tanto na área da educação, quanto no relacionamento interpessoal. O ambiente familiar no geral, mas principalmente a figura paterna e materna, devem manter contato próximo com a instituição de ensino, buscando sempre conhecer quais foram os avanços alcançados pela criança, quais estão sendo as principais dificuldades encontradas mostrando ao educando que a escola e a família possuem laços de amizade trazendo assim maior conforto para criança.
Conforme Buckley e Bird (1998),“ o papel dos pais e o seu bom relacionamento com a escola são de fundamental importância para o sucesso da inclusão, pois eles têm experiências e habilidades para ensinar o próprio filho”.
São muitos os benefícios que a inserção em uma escola regular trará a crianças com de deficiência motora. Um dos aspectos mais relevantes é a estimulação da motricidade, a mesma acontece de forma tranquila através da interação da criança com o meio que a circunda, as crianças observam como as outras pessoas do meio se comunicam e através disto, começam a obter novos conhecimentos, e muitas vezes o movimento que possui algumas limitações, pode aos poucos evoluir junto com a construção do conhecimento, Luiz (2008) destaca que:
Sabendo-se que o desenvolvimento cognitivo da criança decorre da sua interação com o ambiente, se faz necessária uma estimulação bem estruturada para promover o desenvolvimento da criança com SD, minimizando suas dificuldades e evidenciando a possibilidade de plasticidade cerebral. Nesse sentido, a aquisição de linguagem é resultado de um processo de interação do sujeito com o outro e com o meio social, tornando a inclusão fundamental,
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