ATPS Pedagogia Arte
Por: Sara • 9/3/2018 • 4.003 Palavras (17 Páginas) • 375 Visualizações
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Na escola, também havia festas juninas e quando pequena, participava com as danças. Havia muitos ensaios e, nos apresentávamos para todos os pais. Depois de adolescente, perdi o interesse pela dança e por muitas outras coisas que tinha na infância.
Hoje, trabalho com crianças e gosto muito de usar a criatividade e sempre estar inventando coisas novas para atrair a atenção dos pequenos.
Relato da aluna Mônica: Me recordo pouco de aulas de educação artística, onde tínhamos materiais diferentes disponíveis para que pudéssemos criar ou que ajudassem no desenvolvimento de nossa criatividade, me lembro que sempre recebíamos desenhos para colorir, onde todas as crianças recebiam o mesmo desenho, ou seja, todas as crianças faziam trabalhos iguais, as vezes até com as mesmas cores, nos primeiros anos, não realizamos trabalhos diferentes eram sempre desenhos pare que pintássemos com lápis de cor ou giz de cera.
Apenas no decorrer dos anos, um professor mudou essa situação, e nos trazia atividades variadas, com ênfase no artesanato. Nos ensinou a fazer diversos trabalhos como bonequinhas de lã, almofadas de lã, bibelôs com bolinhas de gude e massa de durepoxi, foram diversos trabalhos, aprendi diversas coisas diferentes e me sentia geralmente muito satisfeita com o resultado, era muito satisfatório compartilhar com os colegas o resultado, cada um mostrava o seu, e tínhamos ideias bem deferentes, o que tornava a aula ainda mais interessante.
Relato da aluna Sandra:
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As gerações a massa de modelar fez a alegria da molecada, eu me lembro que na minha época por volta do ano de 1978, eu estava cursando a 1ºsérie do 1ºgrau, a minha professora preparou uma aula para que nós fizéssemos a massinha de modelar caseira, foi tão divertido que eu nunca mais esqueci!.. Com a ajuda de todos os alunos que trouxeram os ingredientes de casa, pudemos realizar essa atividade.
Uns trouxeram farinha de trigo, outros trouxeram um pouco de sal, outros vinagre e alguns trouxeram um pouco de óleo e o restante trouxeram corante alimentício nas cores de suas preferência, e todos colocaram a mão na massa para prepará-la, depois de pronta a massa ficou muito boa, maleável, com variadas cores e bastante versátil para que pudéssemos brincar, eu me lembro que adorei !..
E depois de prontas as massinhas, todos colocaram a mão na massa novamente, dessa vez foi para criar vários objetos para as nossas brincadeiras. Eu só sei de uma coisa, passamos por várias fases na nossa vida e essa foi uma das fases mais linda da minha vida, nunca irei esquecer, porque vou levá-la por todo o meu caminhar!
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Semelhanças e contrastes das vivencias da equipe.
Notamos que foram distintas as vivencias dos integrantes da equipe, no caso de alguns sempre tiveram sua criatividade estimulada no ambiente escolar, de forma que se sentiam livre para criar e expressar-se, onde relatam sempre professores atenciosos e comprometidos com seu trabalho, dispostas a ajudar e orientar as crianças no desenvolvimento dos trabalhos. Já em outro caso a aluna relata ter tido pouco incentivo, pois as aulas eram sempre de pintura, uma coisa mecânica e repetitiva, onde foram necessários vários anos para mudar a situação, foi preciso um profissional com visão diferente para proporcionar as crianças uma atividade mais prazerosa e estimulante.
Essas atividades na maioria das vezes buscavam trabalhar as habilidades artísticas, expressivas e criatividade, pois as crianças sentiam-se livres para criar seus bonecos de argila ou bibelôs, em ambas as situações os alunos relatam interesse pelas aulas.
Além das atividades de criação e expressão, imaginação e ressignificação, o professor deve buscar meios de proporcionar vivencias artísticas que vão além disso, que vão além de onde a escola está habituada, é preciso auxiliar a criança a desenvolver-se em sua criticidade e reflexão, proporcionando-lhes meios que para que conheçam distintas culturas, artes e época, e saibam compreender seu papel na sociedade, ajuda-las a tornar-se sujeitos ativos no meio em que vivem.
Através da arte devemos compreender que as coisas além de belas, tem um significado, a arte exprime não só o que a pessoa pensa, mas o que ela realmente é, a arte é a mais completa expressão do ser humano.
- Qual é o papel da arte na educação contemporânea.
Quando se fala em “consciência estética”, acredita-se que elementos formais necessários para a compreensão da arte, principalmente das artes visuais, são ferramentas que podem facilitar a articulação que a criança faz entre o meio em que está inserida e seus processos cognitivos, favorecendo uma construção crítica e reflexiva de sua realidade.
Duarte Júnior (1988) esclarece que, ao contrário da produção artística adulta, para a criança, a arte não possui valor estético. Em contrapartida, a atividade artística proporciona o desenvolvimento da consciência estética, com um olhar mais crítico/sensível sobre a realidade, superando a simples apreciação da arte. Sugere que, antes de avaliar se os trabalhos da criança são adequados ou não, é preciso atentar às relações que ela estabelece com seu meio. A consciência estética “compreende, justamente, uma atitude mais harmoniosa e equilibrada perante o mundo, em que os sentimentos, a razão e a imaginação se integram, em que os sentidos e valores dados a vida, são assumidos no agir cotidiano” (DUARTE JÚNIOR, 1988, p. 115). Ainda, segundo o autor, acontece, a partir do desenvolvimento dessa consciência, a busca de uma visão global do sentido da existência, um sentido pessoal, criado a partir de nossos sentimentos e de nossa compreensão (racional, lógica) do mundo em que se vive.
Pode-se dizer, com base em Duarte Júnior (1988), que uma arte-educação focada na sensibilidade, que desperte consciência estética, eleva a capacidade crítica e reflexiva, possibilitando ao educando condições de selecionar e recriar valores e sentidos adequados a sua existência. A educação, nessa perspectiva, necessita um olhar focado para a consciência reflexiva do educando em relação a si e ao seu meio. O contato com obras de arte e regras de apreciação não necessita ser utilizado como modelo comparativo, já que a produção da criança, na da arte-educação, é um meio para que esta se expresse, expresse o seu sentir, o seu pensar, o seu perceber, organizando e tomando consciência de
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