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Atps projeto multidisciplinar 4° semestre PEDAGOGIA

Por:   •  24/2/2018  •  2.392 Palavras (10 Páginas)  •  427 Visualizações

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Pedagogia de projetos: fundamentos e implicações. Maria Elisabete Prado

O trabalho por projetos requer mudanças na concepção de ensino e aprendizagem e, consequentemente, na postura do professor. Hernández (1988) enfatiza que o trabalho por projeto “não deve ser visto como uma opção puramente metodológica, mas como uma maneira de repensar a função da escola” (p.49). Essa compreensão é fundamental, porque aqueles que buscam apenas conhecer os procedimentos, os métodos para desenvolver projetos, acabam se frustrando, pois não existe um modelo ideal pronto e acabado que dê conta da complexidade que envolve a realidade da sala de aula, do contexto escolar. Portanto utilizar-se de projetos possibilita operacionalizar um planejamento mutante, inovador, desprendendo-se de um planejamento singular e repetitivo. A aprendizagem acontece em situações concretas, de interação, como um processo contínuo e dinâmico em que se afirma, se constrói e desconstrói, flexível, se faz na incerteza, apontando novas dúvidas, despertando a curiosidade, a criatividade que perturba, que gera conflitos.

Isto significa que o projeto do professor pode ser constituído pela própria prática pedagógica, a qual será antecipada (relacionando as referências das experiências anteriores e as novas possibilidades do momento), colocada em ação, analisada e reformulada. De certa forma esta situação permite ao professor assumir uma postura reflexiva e investigativa da sua ação pedagógica e, portanto, caminhar para reconstruí-la com objetivo de integrar o uso das mídias numa abordagem interdisciplinar. Seria partir do princípio quem são os alunos que habitam nossas salas de aulas, o que vestem, o que escutam, como brincam, a que assistem, se forem jovens entendemos seus diálogos estabelecidos nas redes sociais facebook, whatsApp e instagram, mensagens no telefone celular, como se constituem seus grupos, o que consomem, estamos conectados com eles, o que eles pensam, seus sonhos, seus dramas como trabalhar projetos sem mudarmos, sem nos inserirmos na cultura infantil e juvenil de nossos alunos. Muitas vezes não levamos em conta o conhecimento e a bagagem cultural que o aluno traz para a escola e este é o nosso primeiro erro enquanto construtores da aprendizagem que vai além dos muros da escola, perpassam para vida.

Nesse sentido, é necessário que o professor tenha abertura e flexibilidade para relativizar a sua prática e as estratégias pedagógicas, com vistas a propiciar ao aluno a reconstrução do conhecimento. O compromisso educacional do professor é justamente saber o quê, como, quando e por que desenvolver determinadas ações pedagógicas. É fundamental conhecer o processo de aprendizagem do aluno e ter clareza da sua intencionalidade pedagógica.

Trabalhar com projetos supõe mediar constantemente culturas, diferenças, diversidades e conhecimentos, bem como propor, com recursos didáticos atividades significativas para os alunos que despertem interesse e coparticipação, trabalhando com flexibilidade e dinamismo sabendo quando reestruturar ou reelaborar caso alunos percam o interesse pela temática do projeto.

2. SÍNTESE:

Na pedagogia de projetos, o aluno aprende no processo de produzir, levantar dúvidas, pesquisar e criar relações que incentivam novas buscas, descobertas, compreensões e reconstruções de conhecimento. Portanto, o papel do professor deixa de ser aquele que ensina por meio das transmissões de informações, para criar situações de aprendizagem cujo foco incida sobre as relações que se estabelecem nesse processo, cabendo ao professor realizar as mediações necessárias para que o aluno possa encontrar sentido naquilo que está aprendendo a partir das relações criadas nessas situações.

No entanto, para fazer a mediação pedagógica, o professor precisa acompanhar o processo de aprendizagem do aluno, ou seja, entender seu caminho, seu universo cognitivo e afetivo, bem como sua cultura, história e contexto de vida.

A pedagogia de projetos, embora constitua um novo desafio para o professor, pode viabilizar ao aluno um modo de aprender baseado na integração entre conteúdos das várias áreas de conhecimento, bem como entre diversas mídias (computador, televisão, livros) disponíveis no contexto da escola. Assim, Barbier (apud Machado, 2000, p.6) salienta ‘‘(...) o projeto não é uma simples representação do futuro, do amanhã, do possível, de uma ideia; é o futuro a fazer, um amanhã a concretizar, um possível a transformar em real, uma ideia a transformar em ato”.

A solução para uma educação que prioriza a compreensão é o uso de objetos e atividades estimulantes para que o aluno possa estar envolvido com o que faz. O professor tem que visar uma educação que prioriza a compreensão do uso de objetos ricos em oportunidades e atividades estimulantes para que permitam aos alunos explora-las e ainda possibilitar aos professores desafiar os alunos para que estes possam estar envolvidos com os projetos educacionais.

Para tanto, este professor precisa estar preparado para recriar sua prática, articulando diferentes interesses e necessidades dos alunos, o contexto, a realidade e a sua intencionalidade pedagógica. Isto significa que a prática do professor deve ser orientada por uma pedagogia relacional e muito mais complexa do que simplesmente dizer que é construtivista ou que é baseada no desenvolvimento de projetos.

PROJETO

3. Justificativa:

Vivenciamos, na atualidade, uma busca pelo corpo perfeito, por imagens que traduzem um ideal estético- feminino e masculino, um modo de portar-se, um modo de ser, de existir, porém não com a mesma intensidade. Desse modo, faz-se necessário problematizarmos como a mídia (rádio, jornais, revistas, televisão etc.) retrata homens, mulheres, jovens e crianças frente à construção de seus corpos, seus saberes e suas identidades. A mídia está construindo identidades, construindo verdades, uma identidade constituída através do consumo de imagens, de discursos presentes em nosso cotidiano, representações de feminino, masculino, representações associadas a brinquedos, brincadeiras, vestuário, profissões e principalmente a como devemos ensinar a ser menina, menino, homem e mulher!

Embasado nos filmes cabe assim a nossa prática pedagógica problematizar os discursos presentes na mídia e levar o aluno através do referido projeto despertar para o problema de forma tranquila, percebendo a riqueza e a beleza da sua infância bem como a importância de ser menino e menina, construtores da sua

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