AS CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS DO ENSINAR, APRENDER E DO AVALIAR
Por: Jose.Nascimento • 20/11/2017 • 1.661 Palavras (7 Páginas) • 718 Visualizações
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O termo avaliar, é a forma de busca para refletirmos sobre a prática pedagógica desenvolvida. Avaliar é conclusão dos resultados obtidos dentro do processo de aprendizagem.A avaliação, entendida como auto – avaliação, constitui o motor de todo o processo de construção do conhecimento. Tanto os que ensinam quanto os que aprendem devem obter dados e valorizar a coerência das ideias expostas e dos procedimentos que se aplicam. Em função dessa informação, devem tomar decisões sobre a introdução de possíveis mudanças.
As concepções de avaliação, segundo Paulo Freire:
“A avaliação é a mediação entre o ensino do professor e as aprendizagens do professor e as aprendizagens do aluno, é o fio da comunicação entre formas de ensinar e formas de aprender. É preciso considerar que os alunos aprendem diferentemente porque têm histórias de vida diferentes, são sujeitos históricos, e isso condiciona sua relação com o mundo e influencia sua forma de aprender. Avaliar, então é também buscar informações sobre o aluno (sua vida, sua comunidade, sua família, seus sonhos...) é conhecer o sujeito e seu jeito de aprender”.
Entretanto, a avaliação vai muito além de provas, o professor avalia o seu aluno diariamente obtendo informações que permeiam o meio inserido. Sendo ciente que cada um tem o seu modo e o seu tempo de aprender.A partir das concepções do ensinar, aprender e avaliar, é visível ver que se baseia em um triângulo do saber, no qual é necessário desenvolver um de cada vez, como acontece na aprendizagem do educando. É preciso ter o seu tempo dentro das suas especialidades, desenvolvendo cada etapa, com muita cautela e discernimento. O aluno tem a possibilidades de aprendizagens naturalmente, sendo possível tentar, testar, experimentar, modificar e transformar todo o meio inserido.
Diante de todas as informações compartilhadas com as entrevistadas, foi possível concluir que as professoras desenvolvem uma prática renovada progressivista, onde o papel da escola é promover a satisfação do aluno, porém atendendo as exigências da sociedade. Exigências, nas quais todos participam ativamente na construção do conhecimento. Os conteúdo são construídos a partir das experiências, vivências e convivência social com o grupo. Onde o aprender é o aprender. Suas metodologias são adequadas ao aluno, tendo o aprendizagem marcado pela prática. O aluno é o protagonista da aprendizagem. O papel do professor é ajudá-lo no desenvolvimento livre e espontâneo. A tendência liberal renovada progressivista é para as escolas que pretendem dar ao aluno a liberdade de conhecimento. Onde possua um laboratório para suas aprendizagem.
Assim, o aluno passar a ter total autonomia em sua aprendizagem, estando aptoao envolvimento em seu processo de estrutura cognitiva, tornando – o consciente de seus atributos, como protagonista ativo de sua aprendizagem. O professor possui diante a educação o principal papel, porém não deve ser o responsável principal do processo, tendo em vista ele como mediar e orientador da prática, é necessário que a comunidade participe ativamente dessa construção de saberes, uma vez, que todo esse processo será o alicerce por toda vida.
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CONCLUSÃO
O processo de ensino – aprendizagem, é desenvolvido para que o educando possa abstrair novos saberes, e a partir dessas aprendizagem, será possível a realização da reflexão da prática pedagógica. E por meio da auto – avaliação, é possível que o educador passar a refletir sobre suas práxis.
Consolidando essa abordagem, SILVA (2014) afirma que:
Como pressupostos de aprendizagem, aprender se torna uma atividade de descoberta, é uma auto – aprendizagem, sendo o ambiente apenas um meio estimulador. Só é retido aquilo que se incorpora à atividade do aluno, através da descoberta pessoal; o que é incorporado passa a compor a estrutura cognitiva para ser empregado em novas situações. É a tomada de consciência, segundo Piaget”.
Dessa forma, a professora compartilha com seus alunos os conteúdos a serem desenvolvidos, para a aplicação da didática. E o aluno tem a possibilidade de se auto avaliar, por meio de atividades dirigidas, sejam elas lúdicas ou concretas. E assim, o professor através de observações diárias, é possível a avaliação de todos os aspectos do aluno, tendo uma visão ampla de seu desenvolvimento.
O professor progressivista é aquele que visa à facilitação da aprendizagem do aluno, tornando-o autônomo e livre para aprender e alimentar a sua estrutura cognitiva.
Por isso, acredito na celebre frase de Paulo Freire (1996), que se diz, “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou a sua construção”.
A educação é a transformação em busca das mudanças que almejamos para nosso futuro. É preciso estar sempre refletindo, para as novas buscas, novas experiências, e sempre ter a convicção que a educação que hoje se dá será a base por toda caminhada.
REFERENCIAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da Escola Pública. São Paulo: Loyola, 1990.
MALAGUZZI, Loris. Histórias, Ideias e Filosofia Básica. IN: EDWARDS, Carolyn (org.). As Cem Linguagens da Criança:A abordagem de Reggio Emília na Educação da Primeira Infância/Carolyn Edwards, Lella Gandini, George Forman; tradução Dayse Batista. – Porto Alegre: Artmed, 1999. 320 p.
PIAGET, J. Seis estudos de Psicologia. Rio de Janeiro: Forense Universitária Ltda, 1990, p.12.
SÁ, Robison. Tendência liberal renovada progressivista. Disponível em: http://www.infoescola.com/pedagogia/tendencia-liberal-renovada-progressivista/Acessado em:
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