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ENSINAR E APRENDER MATEMÁTICA NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL I

Por:   •  27/7/2018  •  3.814 Palavras (16 Páginas)  •  579 Visualizações

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Os seus conhecimentos matemáticos foram passados por meio de calendários solares elaborados com base na inundação anual do Nilo (que ocorria depois que a estrela Sirius se levantava logo antes do sol), registros em pedras através da escrita hieroglífica (conjunto de símbolos para representar números, inventada por eles mesmos) e mais exato ainda no Papirus de Rhind (ou Ahmes) que descreve os métodos de multiplicação e divisão dos egípcios:

Os numerais e outros assuntos no Papiro de Rhind não são escritos na forma hieroglífica descrita acima, mas numa escrita mais cursiva, melhor adaptada ao uso de pena e tinta sobre folhas de papiro preparadas e conhecida como hierática (“sagrada”, para distingui-la da demótica ou popular, ainda posterior). A numeração continua decimal, mas o tedioso princípio repetitivo da numeração hieroglífica foi substituído pela introdução de sinais especiais para representar dígitos e múltiplos de potências de dez. (BOYER, 2010, p.08)

FIGURA 1- ESCRITA HIEROGLÍFICA EM PEDRA

[pic 1]

FONTE: http://www.historiadigital.org/atividades/escreva-seu-nome-em-hieroglifo/

Os gregos antigos desenvolveram vários conceitos matemáticos atribuídos também aos grandes filósofos Sócrates, Platão e Aristóteles. Já os primeiros avanços vieram através de Tales Mileto e Pitágoras de Samos. Matemática e filosofia representavam uma mesma linha de pensamento, em um ensino utilitário importantes para comerciantes menos favorecidos da época. Da Grécia surgiu o grande matemático Arquimedes de Siracusa que criou varias ferramentas para uso civil e militar, conseguia resolver problemas práticos e estreitou a relação entre a matemática e a mecânica.

Na Mesopotâmia desenvolviam um pensamento abstrato (teórico), com objetivos religiosos e rituais. Os povos viviam do pastoreio e da agricultura, entre os rios Tigre e Eufrates, atividades estas que necessitavam de contagem. Os conhecimentos matemáticos dos babilônicos eram registrados com a escrita cuneiforme desenvolvida pelos súmerios, composta por sinais complexos, derivada da palavra latina “cuneus” que significa cunha (placas de argila ainda moles eram marcadas com estiletes em forma de cunha, e em seguida cozidas até ficar dura).

Roma recebeu muitas influências da Grécia, tendo assim características distintas. Contribuiu para a matemática nomes importantes como Cláudio Ptolomeu que se aplicou a estudos sobre geometria e órbitas dos planetas, tendo como referência o centro a Terra, Apolônio Diofanto estuda e desenvolve diversos conceitos sobre álgebra.

E no tempo chamado “hoje” esta ciência continua a crescer, buscando ainda soluções para antigos e novos problemas, permitindo solucionar coisas pequenas do dia a dia, e se renovando de acordo com o desenvolvimento da humanidade.

2.2. A DIDÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA NAS SÉRIES INICIAIS

A arte de ensinar está cada vez mais sendo inovada na ânsia de alcançar o ensino e aprendizado como um todo. As didáticas de ensino estão se transformando, alocando novas metodologias, permeando assim a satisfação e autonomia do educador tal como a do educando, no que se refere a seu interesse na disciplina ministrada.

Libâneo (2001) afirma que a didática e as metodologias são elementos que parafraseiam a arte de ensinar por meios de técnicas cognitivas, estimulando os educandos e transformando-os em indivíduos críticos e criativos na sociedade.

A Didática da matemática abarca o processo de transmissão e aquisição de diferentes conteúdos desta ciência, particularmente na situação escolar e universitária. Propõe-se a descrever e explicar os fenômenos relativos às relações entre seu ensino e aprendizagem. (PARRA E SAIZ, 1996, p.04).

Portanto, a arte de ensinar matemática não se reduz a uma única maneira de ensinar ou algo pronto como nos livros didáticos, ela se torna capaz de proporcionar resultados que possivelmente serão de melhorias do ensino da matemática e traz meios para obter uma aprendizagem significativa de forma clara e bem compreendida.

Há uma grande diferença entre adaptar-se a um problema pelo meio e adaptar-se ao desejo do professor. A significação do conhecimento é completamente diferente. Uma situação de aprendizagem é uma situação onde o que se faz tem um caráter de necessidade em relação a obrigações que não são arbitrárias nem didáticas. No entanto, toda situação didática contem algo de intenção e desejo do professor. (PARRA E SAIZ, 1996, p.49).

O ensino da matemática passa por algumas dificuldades e um dos seus objetivos principais deve ser de ensinar de forma que, os alunos possam absorver esse conhecimento e estejam carregados de significados úteis em sua vida e seu dia a dia, pois é comum os alunos considerarem a disciplina somente para indivíduos inteligentes, mas ao ser ensinada com uma boa didática, a matemática é para todos. O professor deve propor ao aluno situações em que ele mesmo possa elaborar suas respostas, podendo modificá-las e fazer funcionar da maneira dele e não semelhante ao que o professor deseja.

Aos diversos métodos de ensino abarcam um conjugado de didáticas que interferem diretamente no ensino e aprendizagem. A literatura ainda afirma que: “A metodologia compreende o estudo dos métodos e o conjunto dos procedimentos de investigação das diferentes ciências quanto aos seus fundamentos e validade, distinguindo-se das técnicas que são a aplicação específica dos métodos” (LIBÂNEO, 2001, p.53).

Deste modo, nota-se que os métodos didáticos estão intrinsecamente ligados ao aprendizado e formação de cada cidadão, abrindo assim portas para o mundo pensante ao que tange a atuação do educador como um todo.

Partindo das afirmações literárias expostas, nota-se que os fundamentos metodológicos devem ser ajustados conforme a necessidade de cada disciplina, assim como a precisão de aprendizado de cada educando, visto que estes trazem consigo diversos conhecimentos.

2.3. PCN (PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS) DE MATEMÁTICA

Os Parâmetros Curriculares Nacionais, mais conhecidos como PCN’s, são documentos que norteiam e orientam os profissionais da educação, sobre quais conteúdos ensinar em cada disciplina através de uma linguagem clara, direta e objetiva. No cenário educacional desde o ano 2000, estes documentos referenciais auxiliam no nivelamento e competências mínimas exigidas para cada matéria e

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