AD Literatura na formação do leitor

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da retórica e da poética. Tem um objetivo definido e causa curiosidade e inquietação no leitor. Por extensão, se refere especificamente à arte ou ofício de escrever de forma artística. O termo Literatura também é usado como referência a um corpo ou um conjunto escolhido de textos como, por exemplo, a literatura médica. Como sugestão um poema de Tom Jobim:

Falando de Amor

Tom Jobim

Se eu pudesse por um dia

Esse amor, essa alegria

Eu te juro, te daria

Se pudesse esse amor todo dia

Chega perto, vem sem medo

Chega mais meu coração

Vem ouvir esse segredo

Escondido num choro canção

Se soubesses como eu gosto

Do teu cheiro, teu jeito de flor

Não negavas um beijinho

A quem anda perdido de amor

Chora flauta, chora pinho

Choro eu o teu cantor

Chora manso, bem baixinho

Nesse choro falando de amor

Quando passas, tão bonita

Nessa rua banhada de sol

Minha alma segue aflita

E eu me esqueço até do futebol

Vem depressa, vem sem medo

Foi pra ti meu coração

Que eu guardei esse segredo

Escondido num choro canção

Lá no fundo do meu coração

Questão 3: (valor: 2,5)

O autor Italo Calvino, em seu ensaio intitulado Por que ler os Clássicos. Tradução de Nilson Moulin. São Paulo: Companhia das Letras, 1993, afirma:

Dizem-se clássicos aqueles livros que constituem uma riqueza para quem os tenha lido e amado; mas constituem uma riqueza não menor para quem se reserva a sorte de lê-los pela primeira vez nas melhores condições para apreciá-los.

De fato, as leituras da juventude podem ser pouco profícuas pela impaciência, distração, inexperiência das instruções para o uso, inexperiência da vida. Podem ser (talvez ao mesmo tempo) formativas no sentido de que dão uma forma às experiências futuras, fornecendo modelos, recipientes, termos de comparação, esquemas de classificação, escalas de valores, paradigmas de beleza: todas, coisas que continuam a valer mesmo que nos recordemos pouco ou nada do livro da juventude. Relendo o livro na idade madura, acontece reencontrar aquelas constantes que já fazem parte de nossos mecanismos interiores e cuja origem já havíamos esquecido. (p.10)

Retome a leitura da aula 4- Leitura e literatura na escola 1: o que se lê? A seguir, escreva um texto, por meio do qual você dialogue com as ideias do autor transcritas acima e responda à questão: “o que se lê?”

Resposta questão 3:

Após ler o texto da aula 4 do livro Literatura na Formação do Leitor, concordo com a citação do autor Italo Cauvino. A indicação de livros clássicos são excelentes escolhas, pois de alguma forma, em algum momento da vida o leitor poderá resgatar valores aprendidos no momento da leitura. A sugestão dos livros deve considerar a liberdade de escolha dos alunos Segundo Wanderley Gerardi o professor deveria criar um circuito de leitura entre seus alunos , deixando-os ler livremente pela indicação de colegas, pela curiosidade, pela capa, pelo título, etc. É perfeitamente possível a criação desse circuito dentro das salas de aulas através de rodízios de livros e os clássicos devem fazer parte desse rodízio, a diversidade é importante pois o livro que interessa a um não é o mesmo que interessa a outros. De acordo com o autor o professor deve ser um leitor incansável para atuar como orientador dos alunos em suas escolhas por livros, no entanto as condições de trabalhos desses professores, muitas vezes adversas, acabam o prejudicando nessa tarefa, sendo as escolhas de temas pré selecionados impostas por escolas e editoras, o que não desperta a atenção do aluno

O texto literário contribui para a formação do indivíduo leitor à partir do momento em que se trabalha o texto pelo texto e não o texto como pretexto.

Questão 4: (valor: 2,5)

Após refletirmos sobre leitura e literatura no momento inicial desta disciplina, nas aulas 3, 4, 5 e 6, enfatizamos o trabalho específico com o texto literário em sala de aula.

Selecione um texto literário clássico (ou um fragmento representativo) e adequado aos anos iniciais do Ensino Fundamental. Anexe-o à prova. A partir dele, proponha uma atividade para ser realizada pelos alunos. Por fim, indique em que medida a atividade proposta contribui para a formação de um leitor proficiente.

Resposta questão 4:

Teresinha e Gabriela (Ruth Rocha)

Gabriela menina, Gabriela levada.

Ô, menina encapetada…

Gabriela sapeca:

– Menina, como é que você se chama?

– Eu não me chamo, não, os outros é que me chamam Gabriela.

Gabriela serelepe:

– Menina, para onde vai essa rua?

– A rua não vai, não, a gente é que vai nela.

Gabriela na escola:

– Gabriela, quem foi que descobriu o Brasil?

– Ah, professora, isso é fácil, eu só queria saber quem foi que

cobriu.

Gabriela não deixava a professora em paz:

– Professora, céu da boca tem estrelas?

– Professora, barriga da perna tem umbigo?

– Professora, pé de alface tem calos?

Gabriela era quem inventava as brincadeiras:

–

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