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A atuação do Pedagogo na área hospitalar

Por:   •  8/12/2017  •  6.039 Palavras (25 Páginas)  •  461 Visualizações

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“O efeito do ambiente estranho, provocado pelo hospital, pode ser atenuado adotando se medidas simples como, por exemplo, pintar as paredes de cores variadas (...)’’(MATOS; MUGIATTI, 2007, p.70)”.

Outro fator importante e a organização e caracterização desse espaço, em que os alunos têm uma visão negativa da sala de um hospital, o pedagogo busca transformações e a criação em um ambiente mais acolhedor e agradável, de forma a modificar as cores dos uniformes dos médicos, enfermeiro, o trabalho em grupo com a mobilização de todo corpo médico, a utilização de um fala de fácil compreensão da criança para que o sujeito se envolva por completo nas atividades propostas, reduzindo sua angustia por não poder estar junto com seus colegas de classe no ambiente escolar e junto aos seus familiares que tanto se faze necessário nesse momento de dificuldade em relação ao seu estado de saúde. O afeto a motivação a colaboração por parte dos profissionais da área se torne imprescindível nessa fase de constantes mudanças.

“A pedagogia hospitalar se trata, de um trabalho de equipe, tanto no terreno prático como no teórico”. No fundo se pretende atender as necessidades fundamentais da pessoa enferma, as necessidades humanas que perpassam a ação comum do pessoal sanitário, muitos centros hospitalares já uma pessoa especializada (assistente social, serviço pastoral...) para tais funções; mas estas devem ampliar se, e já e chegado o momento do programar especificamente todo o serviço educativo no hospital. Com isso o campo educativo se amplia, a pedagogia social cresce e os pedagogos se tornam mais necessários. (GONZÁLES-SIMANCAS; POLAINO-LORENTE1990, p.11)’’.

PEDAGOGIA HOSPITALAR: Um breve histórico

A definição do termo Pedagogia, sua relação com a educação e a delimitação do seu campo de atuação, são elementos importantes para as discussões acerca do papel desse profissional nos diversos espaços, a Pedagogia é um campo de conhecimento sobre a problemática educativa.

Para Libâneo a pedagogia ainda tem uma visão simplista e reducionista voltado para a formação do professor, mas há uma grande diversidade na atuação do pedagogo, pois a educação ocorre em todos os lugares, sendo assim a pedagogia passa a ter um significado mais amplo. Onde há ação educativa, há atuação pedagógica, o pedagogo pode atuar em duas esferas educativas, escolar e extraescolar.

O campo extraescolar e muito amplo abre-se aqui um novo espaço para educação, dando uma estrutura interessante no processo ensino aprendizagem em espaços extraescolar, podendo promover acesso à sociedade daqueles que estão excluídos por causa de uma enfermidade, surgindo assim à atuação do pedagogo na área hospitalar, com objetivo de resgatar um pouco de dignidades entre esses pacientes que foram afastados das escolas formais.

Assim na França em 1935 começa a serem produzidas por Henri Sellier, as primeiras práticas educacionais voltadas para o atendimento de crianças doentes, que logo em seguida o modelo de ensino fora das escolas influenciou a Alemanha, Estados Unidos, e por fim toda a Europa.

Segundo Chiraldelli foi a parti de então que se teve a preocupação de trabalhar as práticas educacionais com as crianças que eram impossibilitadas de frequentar uma classe escolar tradicional por estar tratando de doenças infecciosas, como tuberculose, poliomielite, ou doenças que fosse necessário fazer um longo período de repouso para melhor recuperação da saúde. A criação das práticas educacionais fora do espaço escolar teve outra grande importância em seu papel social e humanizador, quando ocorreu a segunda guerra mundial entre o período de 1939 até o ano de 1945. Guerra que deixou inúmeros mortos, cidades destruídas, várias pessoas mutiladas incluindo diversas crianças, deixando as sem família sem moradia.

Já em 1939 o ministério da educação da França criou o cargo de professor hospitalar, que tinha como objetivo de oferecer as crianças condições de continuares seus estudos sem que essa fase de tratamento médico pudesse vir a ocasionar evasão, exclusão ou atraso no processo de ensino/aprendizagem.

A pedagogia hospitalar no Brasil começa a ter início por volta de 1931 na cidade de São Paulo no Hospital da Santa Casa que já trabalhava com assistência pedagógica apenas para pessoas com deficiência física. No Rio de Janeiro por volta de 1950 criou se a primeira classe escolar dentro do hospital municipal de Jesus, que trabalhava com crianças internadas. Durante o período de internação as crianças recebiam todo acompanhamento necessário para melhores condições da saúde da criança por parte da equipe medica, o acompanhamento pedagógico era diversificado, sempre respeitando as condições físicas, psicológicas, de cada sujeito considerando as especificidades individuais.

A Pedagogia Hospitalar, que é uma área especializada no atendimento a criança e adolescentes em situação de internamento hospitalar, cujo principal objetivo é estabelecer o desenvolvimento emocional e cognitivo dos pacientes. A implantação da classe escolar dentro do hospital tinha como objetivo atender as crianças de forma semelhantes a sua rotina escolar fora do hospital, o pedagogo trabalha para dar continuidade no processo de ensino/ aprendizado do aluno, tornando a permanência no hospital menos dolorosa tanto para a criança que está hospitalizada, quanto para os familiares que ficam apreensivos com os possíveis diagnósticos, ou tratamento médico.

Ceccim afirma que o atendimento escolar nos hospitais vem se expandindo, no atendimento a criança hospitalizada. A visão humanística que muitos dos hospitais do Brasil procuram enfatizar na sua prática, vem demonstrando que não é só o corpo que deve ser "olhado", mas o ser integral, suas necessidades físicas, psíquicas e sociais. O pedagogo, ao promover experiências vivencia dentro de um hospital - brincar, pensar, criar, trocar - estará favorecendo seu desenvolvimento, que não deve ser interrompido em função de uma hospitalização.

No Brasil, a legislação reconheceu por meio do Estatuto da Criança e do Adolescente Hospitalizado, através da Resolução nº 41 de outubro de 1995, no item 9, o “Direito de desfrutar de alguma forma de recreação, programas de educação para a saúde, acompanhamento do currículo escolar durante sua permanência hospitalar”. Em 2002 o Ministério da Educação, por meio de sua Secretaria de Educação Especial, elaborou um documento de estratégias e orientações para o Atendimento Escolar Hospitalar, assegurando o acesso à educação básica.

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