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O que é ser pedagogo

Por:   •  24/11/2017  •  7.482 Palavras (30 Páginas)  •  312 Visualizações

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não são professores. Quando o trabalho acontece em uma instituição educacional, faz necessário, de algum modo, ser representantativo do projeto pedagógico instituicional . Por esse motivos, não é um trabalho simples, pois , mais do que saberes, exige interação com outros sujeitos , possibilidades de linguagens em interlocução e conciliação entre a proposta e um referencial teórico-metodológico. E esta tem sido questão quando se aborda o tema.

Para a formação de nossos alunos a sociedade requer pedagogos com uma formação constante que ultrapassa a simples seleção de escolha de procedimentos, de métodos e técnicas para o ensino. A sala de aula, assim como a escola esta inserida numa sociedade que afetam o sistema de ensino e precisa de um pedagogo que compreenda essas mudanças e delas participe como cidadão.

A Prática Pedagógica deixa em evidência o que a sociedade atual requer, um educador que perceba o ser humano a partir de sua inserção no meio em que vive, considerando os fatores que influenciam a maneira como percebe a realidade, seus valores, sentimentos, modos de agir e de situar-se no mundo. Um educador que perceba a pessoa como agente ou sujeito de seu próprio crescimento, garantindo-lhe o envolvimento ativo no processo de aprendizagem. Um educador que constitua numa mediação entre o universo cultural do aluno e o saber escolar, assegurando-lhe com efetividade o acesso ao conhecimento científico, cultural e artístico e a todos os conhecimentos socialmente construído e historicamente acumulado como patrimônio.

Um educador que privilegie e estimule o desenvolvimento do raciocínio, da análise, de julgamento e de reflexão, enfim de todas as habilidades mentais necessárias à formação do cidadão crítico e atuante. Um educador pautado em princípios éticos e morais que conduzam á formação de uns cidadãos íntegros, responsáveis, conscientes e coerentes. Um educador centrado no diálogo, em que o direito à voz, à livre expressão, à criação e à participação seja respeitado e valorizado. Um educador que faculte ao aluno vivência de práticas solidárias, e democráticas, a compreensão, e o respeito aos seus direitos e aos direitos dos outros. Diante dessa grande demanda específica do trabalho do pedagogo é primordial o planejar, porque o conhecimento vindo da realidade exige do professor

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uma relação interativa de ação-reflexão-ação num processo avaliativo e permanente. Em um planejamento que envolve sempre elaboração, execução e avaliação.

Dentro desse contexto da realidade do ambiente escolar e não escolar, todo professor pedagogo se torna um eterno aprendiz e sua prática pedagógica se caracteriza como uma prática social, da mediação de um trabalho para um mundo melhor, mais justo, mais solidário onde nossos alunos serão autônomos, conscientes, capazes de melhorem a sua própria existência e o mundo ao seu redor.

“Fala-se hoje, com insistência, no professor pesquisador. No meu entender o que há de pesquisador no professor não é uma qualidade ou uma forma de ser ou de atuar que acrescente a de ensinar. Faz parte da natureza da prática docente a indagação, a busca, a pesquisa. O de que se precisa é que, em sua formação permanente, o professor se perceba e se assuma, porque professor, como pesquisador.” (Paulo Freire 1996, p.29 apud (NOWISKI Evely de Moraes, LAROCCA, Priscila, ROSSO, Ademir José de, 2008, p.7)).

Assim, entende-se que a pesquisa é um processo que deve ser contínuo desde o início da formação dos pedagogos. A formação continuada para professores é hoje reconhecida como o ponto crítico na reforma da educação no Brasil, este tema está na pauta de qualquer discussão sobre a melhoria do ensino e existe uma grande preocupação nessa área, evidenciada no crescente interesse em pesquisas.

É claro que o pedagogo exerce uma importante profissão, trabalha com o ser humano em uma prática social, que modifica os seres humanos nos seus estados físicos, mentais, espirituais culturais que dá uma configuração a nossa existência humana individual e grupal. Uma vez que o campo educativo é bastante vasto e complexo ocorre em muitos lugares e sob variadas modalidades; na família, no trabalho, na rua, na fábrica, nos meios de comunicação na política e na escola.

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Atualmente, é impossível reduzir a ação pedagógica à docência, pois a Pedagogia ficaria limitada a um reducionismo conceitual que a desvincularia do campo teórico-investigativo.

Portanto, como ser pedagogo diante dos constantes desafios da educação contemporânea?

O pedagogo deve ser, hoje, o profissional que atue nas várias instâncias da prática educativa, direta ou indiretamente ligadas às organizações e aos processos de transmissão, assimilação e modos de ação dos saberes, com vistas à formação e ao desenvolvimento contínuo das capacidades humanas intelectuais, sociais, cognitivas e afetivas, com a intenção de dar condições ao ser humano de alcançar patamares necessários à produção de novos saberes, habilidades, atitudes e valores, essenciais aos enfrentamentos e às exigências contínuas da sua vida diária.

O pedagogo tem a tarefa singular de criar as condições para que desabrochem e entrelacem, na vida concreta das pessoas, a comunicação entre elas, suas linguagens e comportamentos, de modo a poder constituir uma ecologia cognitiva favorável à auto-organização unificada de processos vitais e processos cognitivos.

No entanto, percebe-se nas experiências educacionais atuais que o fio de pensamento do ensinante, muitas vezes, não coincide com o fio do imaginário e do pensamento próprio dos aprendentes. A prática pedagógica ideal seria aquela capaz de conseguir tecer redes com todos os fios dos ensinantes e aprendentes e fazer uma pesca abundante de conhecimentos. É essencial colocar no centro da visão pedagógica as experiências de aprendizagem enquanto tais, e não apenas a melhoria do ensino enquanto transmissão instrucional de saberes já prontos. A escola e o agir pedagógico têm uma função social específica, na medida em que existem para proporcionar oportunidades básicas para a criação e a transformação do conhecimento.

É importante ressaltar também que, sem qualidade cognitiva

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