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A VOLTA DO LÚDICO A EDUCAÇÃO INFANTIL.

Por:   •  6/8/2018  •  7.333 Palavras (30 Páginas)  •  222 Visualizações

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As práticas pedagógicas são culturais, históricas e florescem em função das necessidades sociais emergentes e do acervo de conhecimento disponível, acervo esse que permite a elaboração de uma nova teoria, capaz de justificar a nova prática necessária. Assim também aconteceu e acontecerá com a alfabetização. Seu entendimento sofreu transformações significativas ao longo do tempo, implicando em novas pesquisas, metodologias e redimensionamentos. Destacamos que, para o profissional da área de educação, a percepção sobre os jogos e as brincadeiras é de suma importância, pois implica uma ponderação sobre o real valor dessas ferramentas como mediadoras da aprendizagem lúdica. Além disso, os jogos e as brincadeiras contribuem em muito para a formação do eu crítico, pensante, solidário, cooperativo, com iniciativa, participativo e responsável pela iniciativa pessoal e grupal. Examinando a temática por esse prisma, é notório que precisamos entender a relevância da utilização dos jogos e brincadeiras na prática pedagógica, perceber que a escola precisa abrir um espaço para que alunos vivenciem a ludicidade como meio para desenvolverem a atenção, o raciocínio, a criatividade e a aprendizagem significativa na alfabetização.

- OS PENSADORES

Fundamentando-se em estudos realizados, entendo que as brincadeiras pode ser uma formula transformadora que auxiliará a ação Lúdica nas Escolas. Se acreditarmos que as crianças são criativas, imaginativos, podemos tornar possível em impossível, utilizando uma linguagem universal, as Brincadeiras.

- Lev Vygotsky

Segundo Aranha (2002), para Vygotsky, a brincadeira, o jogo, são atividades especificas da infância, nas quais as crianças recriam a realidade. É uma atividade social. Ele fala, também, sobre ZDP – Zona de Desenvolvimento Proximal, que é a distância entre o nível atual de desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver um problema independentemente, e o nível Potencial, resolução do problema sob orientação. O professor é quem tem a noção desta Zona Proximal, pois está interligada a capacidade da criança, e as brincadeiras oferecidas devem respeitar a ZDP e estimular.

Vygotsky classifica o brincar em 3 fases:

- Primeira Fase: Começa a falar, andar e a movimentar-se em volta das coisas. Nesta fase, o ambiente a alcança por meio de um adulto.

- Segunda Fase: Se caracteriza pela imitação, a criança copia o Adulto.

- Terceira Fase: Se caracteriza pelas convenções que surgem através das regras e normas a elas associadas.

Vygotsky (1991) afirma que, é enorme a influência do Brinquedo no desenvolvimento da Criança. É no brinquedo e no jogo que a criança aprende a agir.

Para ele, a aprendizagem é um processo social e, por isso, deve ser mediada. Nessa concepção, o papel da escola é orientar o trabalho educativo para estágios de desenvolvimento ainda não alcançados pelo aluno, impulsionando novos conhecimentos e novas conquistas a partir do que já sabe, constituindo uma ação colaborativa entre o educador e o aluno. Vygotsky sempre buscou compreender a origem e o desenvolvimento dos processos psicológicos ao longo da história da espécie humana, levando sempre em conta a individualidade de cada sujeito, o qual está imerso no meio cultural que o define. Para ele, o homem constitui-se enquanto ser social e necessita do outro para desenvolver-se. Vygotsky, ao longo de sua obra, discute aspectos da infância, destacando-se suas contribuições acerca do papel que o brinquedo desempenha, fazendo referência a sua capacidade de estruturar o funcionamento psíquico da criança.

- Henry Wallon

Henri Paul Hyacinthe Wallon nasceu em Paris, França, em 1879. Graduou-se em Medicina e Psicologia. Também cursou Filosofia. Na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), atuou como médico, ajudando a cuidar de pessoas com distúrbios psiquiátricos.

Em 1925, criou um Laboratório de Psicologia Biológica da criança. Quatro anos mais tarde, tornou-se Professor da Universidade Sorbonne e Vice-Presidente do Grupo Francês de Educação Nova - instituição que ajudou a revolucionar o sistema de ensino daquele País e da qual foi presidente de 1946 até morrer, também em Paris, em 1962. Durante toda a sua vida, dedicou-se a conhecer a infância e os caminhos da inteligência nas crianças.

Falar que a escola deve proporcionar formação integral (intelectual, afetiva e social) às crianças é comum hoje em dia. No início do século passado, porém, essa ideia foi uma verdadeira revolução no ensino. Uma revolução comandada por um médico, psicólogo e filósofo francês chamado Henri Wallon. Sua teoria pedagógica, que diz que o desenvolvimento intelectual envolve muito mais do que um simples cérebro, abalou as convicções numa época em que memória e erudição eram o máximo em termos de construção do conhecimento. Militante apaixonado, o médico, psicólogo e filósofo francês mostrou que as crianças têm também corpo e emoções (e não apenas cabeça) na sala de aula. Ao longo de toda a vida, dedicou-se a conhecer a infância e os caminhos da inteligência nas crianças.

Em sua concepção, o termo infantil significa lúdico, pois toda a atividade da criança é lúdica quando exercida por ela mesma. O Brincar é uma forma livre e pessoal. Ele destaca o caráter emocional em que os jogos se desenvolvem, interessando-se pelas reações Sociais infantis. Há um grande valor educacional nas Brincadeiras e jogos em grupos. Em contrapartida, ele afirma que a família e muitos educadores não permitem que a criança evolua sozinha, não deixando que ela faça sozinha coisas que é capaz como: comer, vestir-se, escovar os dentes, etc. A Liberdade, a ficção e fantasias mantêm grandes afinidades nas brincadeiras.

- Jean Paiget

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Jean Piaget (1896-1980) foi o nome mais influente no campo da educação durante a segunda metade do século 20, a ponto de quase se tornar sinônimo de pedagogia. Não existe, entretanto, um método Piaget, como ele próprio gostava de frisar. Ele nunca atuou como pedagogo. Antes de mais nada, Piaget foi biólogo e dedicou a vida a submeter à observação científica rigorosa o processo de aquisição de conhecimento pelo ser humano, particularmente a criança. Do estudo das concepções infantis de tempo, espaço, causalidade física, movimento e velocidade, Piaget criou um campo

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