A IMPORTÂNCIA DA CONTAÇÃO DE HISTORIAS E SUAS CONTRIBUIÇÕES NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Por: YdecRupolo • 27/9/2018 • 5.692 Palavras (23 Páginas) • 284 Visualizações
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Ao ler uma história é preciso chamar a atenção da criança usando de diferentes recursos. Devemos mostrar para a criança que ler não é apenas um ato que se transforma em hábito, mas que a leitura é uma ferramenta na formação da pessoa, em que envolve a cultura e a forma de compreender e entender o mundo. Por meio da história é possível usar de diversas atividades como deixar o livro no alcance de todos, após a leitura deixar a criança ler e escrever do jeito dela, ou seja, dar à criança a liberdade de expressar-se sobre a história lida para que através dessas atividades ela possa caminhar e assim poderá recriar sua própria história.
Justifica-se, ainda, a relevância do tema em questão, pois está relacionado com a aprendizagem e o desenvolvimento de crianças tendo em vista a arte de contar e ouvir historia no espaço escolar. Sendo assim, mostrar a importância de incentivar a criança a ter um bom desenvolvimento dentro da sala de aula, pois por meio das histórias contadas é indispensável. Pois, é através das histórias que podemos levar as crianças a viajarem no tempo e reproduzirem as mesmas, contribuindo assim para o seu desenvolvimento.
Desta forma, o presente projeto se justifica pela necessidade de reavivarmos a metodologia de contar histórias dentro do contexto escolar, utilizando a história como um excelente recurso pedagógico para o desenvolvimento pleno da criança.
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
4.1 AS CONTRADIÇÕES DA HISTORIAS PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Cada criança chega à escola com uma bagagem própria e exclusiva de experiências, ansiedades, sentimentos e atitudes. Por isso, criar e narrar histórias é, antes de tudo, ajudar a guiar e a transformar a vida delas. Porque de um simples conto pode brotar o estímulo necessário para desencadear uma mudança necessária em sua vida que irá marcá-la com bons sentimentos para a vida toda.
A contação de história é uma atividade lúdica, artística e pedagógica podendo estar ao alcance do professor na sala de aula como um instrumento de trabalho, um recurso importante para o aprendizado do aluno, e consequentemente, para a formação do aluno leitor.
Segundo Abramovich (1989), é através de uma história que se podem descobrir outros lugares, outros tempos, outros jeitos de agir e de ser, outra ética, outra ótica... É ficar sabendo História, Geografia, Filosofia, Política, Sociologia, sem precisar saber o nome disso tudo...
O professor quando conta uma história, está fazendo uma ponte entre o leitor e o livro, criando um elo imaginário, contribuindo para aquisição da linguagem, estimulando a observação, facilitando a expressão de idéias e desenvolvendo a capacidade cognitiva de perceber o livro como um instrumento de informação.
Para Coelho (1999), a história não acaba quando chega ao fim, ela permanece na mente da criança, que a incorpora como um alimento de sua imaginação criadora. Além de ser uma atividade lúdica, o ato de contar histórias trabalha a emoção, a socialização, a atenção, é uma nova forma de ensinar e de aprender.
Machado (2002) afirma que não explorar a literatura desde cedo com as crianças é uma tolice, pois permite que a criança adquira o gosto pela leitura podendo viajar de diversas maneiras para infinitos lugares, dando margem a imaginação das crianças.
Se, adquirindo o hábito da leitura, a criança passa a escrever melhor e a dispor de um repertório mais amplo de informações, a principal função que a literatura cumpre junto a seu leitor é a apresentação de novas possibilidades existenciais, sociais, políticas e educacionais. (CADEMARTORI, 1986, p.19-20).
Quando lemos para as crianças pequenas estamos monstrando o mundo em sua plenitude, ajudando-as a olhar, pensar e entender essa imensidão a que todos nós pertencemos.
Segundo Betteltheim (2002), os contos de fadas começam a exercer seu impacto benéfico nas crianças por volta dos quatros/cinco anos. Podem ser contadas as estórias que os pais gostavam quando crianças ou que tenham atração e valor para a criança.
A contação de histórias tem o poder de elevar a imaginação infantil. Ampliado o repertório da criança, através do enredo e dos personagens, o infante pode fantasiar e imaginar ser ele na história, no desenho feito por ele, no brincar de ser, no faz-de-conta, e isso é fundamental para o desenvolvimento do pensamento. É nessa relação lúdica e prazerosa com a criança que a obra literária possibilita a formação do leitor. Explorando a fantasia, a imaginação e a criatividade, fortalece uma interação com a leitura. Por isso é importante criar um vínculo entre a leitura e o brincar, pois a linguagem cultural própria da criança é o lúdico e muito, além disso, há um mundo fantástico que podem ser visto e vivido nas historias infantil. Na brincadeira do faz-de-conta as crianças desenvolvem sua imaginação trazendo no brincar o que foi lido na história. Daí, a importância do professor sempre dá espaço para o faz-de-conta, ou então produzir com as crianças dramatizações após as contações, ou produzir brinquedos a partir da imaginação e das histórias. A imaginação e a realidade têm uma relação importante para as crianças, pois ouvindo histórias sua imaginação é ampliada, e as crianças criam a partir do que a história traz, do que a narrativa traz.
Assim acontece em uma roda de contação de histórias, a imaginação e a criatividade é aguçada, além de fazer as crianças entrarem em contato com a linguagem de autores e histórias diferentes, levando-as a criar suas próprias histórias e terem vontade de falar sobre elas. E quando essa prática se torna um hábito do cotidiano da sala de aula, oferece vantagens às crianças porque, ao ouvir histórias, elas despertam o interesse pelas coisas sensíveis, criativas, inteligentes e belas, além de se sentirem importantes no ambiente escolar. Em especial, a leitura de contos de fadas para estes permite o despertar da consciência crítica, à medida que elas têm a possibilidade de transpor a princípio, o mundo imaginário para o real e, posteriormente, disputar da consciência crítica entre o real e o fictício.
Como dizem Faria e Mello (2009, p 07) “[...] ouvir uma história tem importância muito grande para a criança: faz com que ela se sinta importante, sinta que alguma coisa está sendo feita especialmente para ela”.
Partindo desse princípio, acreditamos que as atividades lúdicas envolvendo a leitura, realizadas diariamente pelos professores, bem como a disponibilização
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