A GLOBALIZAÇÃO NOS ASPECTOS EDUCACIONAIS E CULTURAIS
Por: eduardamaia17 • 11/3/2018 • 3.163 Palavras (13 Páginas) • 386 Visualizações
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Segundo Candau (2002) a Globalização é: “um tema muito tratado em nossos dias por pensadores, intelectuais e analistas de diversos campos”. Trazendo diversas vantagens para o aprendizado em diferentes ramos do saber, entre estes está: um “mercado sem limites entre as nações, ideal de liberdade máxima”.
Ainda, de acordo com a autora Vera Maria Candau (2002), o fenômeno da globalização se torna essencial para construção de valores culturais e educacionais. Visto que a globalização se apresenta como um processo de “desfazer fronteiras ou barreiras” para alcançar diversas culturas.
Neste processo de construção do conhecimento incluem-se inúmeras medidas visando à redução de gastos e tempo. O que se pode perceber na explicação de Da Matta (1996) op cit Candau, quando traz a tona o que ele chama de a “a receita da globalização”.
Uma discussão entre vários estudiosos sobre o processo de globalização se dá entre vários aspectos que marcam a construção de um mundo unificado do ponto de vista econômico e cultural.
Logo, podemos perceber a Globalização a partir de três perspectivas básicas, vejamos:
1) “[...] Na visão de Santos (1997), ela é plural (há várias globalizações), visto que o termo globalização só deveria ser usado no plural; 2) [...] segundo Da Matta (1996), ela é não linear, ou seja, não havendo etapas a vencer para se chegar àquilo que seria uma instância final e englobadora de toda a história humana; 3) [...] Já na afirmação de Canclini (1996) ela é não recente devido os fatores ( global e local, moderno e tradicional coexistem há muito no espaço social). (CANDAU, 2002).
Historicamente, o fenômeno da Globalização teve o seu auge principalmente com os diversos avanços tecnológicos, que proporcionaram melhorias no meio da comunicação e informação, esse foi um dos aspectos para que a globalização no Brasil se desenvolvesse e se tornasse uma ferramenta poderosíssima para educação e para a conexão mundial.
Visto que, no mundo globalizado a qualidade de ensino pode ser influenciada pelas tecnologias de comunicação, as quais se estabelecem a cada dia no âmbito escolar, ou seja, na esfera educacional.
Mais como todo processo de desenvolvimento, traz benefícios e conseqüências negativas para a humanidade em diversos campos de conhecimento, com a globalização não foi diferente. Diante disto, somos levados a questionarmos os benefícios do fenômeno da globalização para a Educação e processo de aprendizagem, levando em consideração as identidades culturais, o multiculturalismo e a construção de identidade para o desenvolvimento de uma sociedade igualitária e sem preconceitos.
Sendo assim, se fará necessário abordar de forma subjetiva sobre a Globalização nos aspectos educacionais, culturais e sociais.
De acordo com Candau (2002) o fenômeno da Globalização oferece a possibilidade de se pensar igualmente as diferentes dimensões e as modalidades de imbricação, ou seja, dispor as ocorrências de modo que umas se sobreponham em parte às outras, ou estejam ligadas de maneira estrita, como no caso de interligação ou conexão mundial.
A autora Vera Lucia Candau, menciona a importância de se pensar no processo de globalização como ação de manifestação da capacidade decisória dos governos nacionais, assim como, o “enfraquecimento do sentimento de identidade nacional dando abertura para o aparecimento de múltiplas identidades”.
Levando-nos a refletir sobre a tensão que surge no âmbito global e local apontado por Santos (1997) apud Candau, para o fato de que não existe “globalização genuína”, devido este termo ser proveniente de uma origem local, impondo e refletindo assimetrias dos processos de globalização.
Para Santos (1997) citado por Candau (2002) havia quatro formas de produção da globalização, sendo: “o localismo globalizado; globalismo localizado; o cosmopolitismo; e o patrimônio comum da humanidade”. (grifos nosso).
No seu entendimento estes quatro tipos de globalização distinguiriam a globalização em vários seguimentos e diferentes culturas. No entanto, a autora aborda sobre o processo de Globalização, afirmando que estas análises contribuem para aprofundar a compreensão da complexidade deste fenômeno, onde este não deveria ser visto como “silenciador das diferenças na sociedade” e sim como maneira de penetrar no âmago das implicações sobre a formação educacional e cultural da sociedade.
Aponta a educação intercultural pleiteando uma “[...] prática docente em que um dos objetivos seja voltado para o respeito ao outro, em suas diferenças” (CANDAU, 2002, p. 36).
Assim, concordamos com o pensamento Freireano onde nos diz que: “[...] a educação e a cultura humanizam homens e mulheres e que através do diálogo permite a interação entre eles, a educação intercultural”. (grifos nosso).
Visto que, nesta perspectiva Freireana, se dá a valorização e a promoção do encontro e interação de culturas, favorecendo o enfrentamento dos conflitos, com vistas a superar os mecanismos de controle social que contribuem para incidência de preconceitos.
O que nos leva a compreendermos, que se trata nesta mesma linha de raciocínio, sobre a relação educacional, cultural, político, social e/ou econômico que influencia a formação da sociedade e os direitos humanos.
Concorda-se com a autora, quando nos leva a entendermos, que estes aspectos são de suma importância para formação de qualquer grupo social. Sendo considerado por Candau (2002) que o grande desafio lançado à sociedade atualmente “é o de articular, da melhor maneira possível, os valores de autonomia, liberdade, direito à diferença e os valores da solidariedade e da igualdade”. (grifos nosso).
Sendo assim, nos aguça a buscarmos a compreensão sobre Cultura, visto que esta marca diferentes Regiões, Estados e Países.
Segundo FREIRE (1982) a Cultura é: “[...] uma relação social que se transforma e transforma homens e mulheres participantes desta relação, mesmo tendo experiências de vida diferenciadas entre si e modos de vida específicos, eles não deixam de se relacionar com o contexto social mais global.
Ainda, segundo FREIRE (1982), o ser humano é um ser histórico: “[...] que através do seu trabalho vai mudando as faces da sociedade e do mundo, dando-lhes novos contornos. Esse fazer de homens e mulheres tem na cultura seu referencial”.
Vimos, no
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