A INCLUSÃO DE SURDOS NA PERSPECTIVA DOS ESTUDOS CULTURAIS

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mímica, podemos perceber com esse questionamento o desconhecimento da língua de sinais por parte de professores e alunos ouvintes. Há uma preocupação em torno desse ensino/aprendizagem com relação ao aluno surdo em sala de aula, no qual se ele não consegue entender não há como ele aprender e incluir não são apenas conviver em sala de ala e sim conseguir aprender a absorver o conteúdo em sala. Em relação com as dificuldades de inclusão no contexto escolar, os alunos surdos nomearam uma série de dificuldades: falta de instrutor; aprendizado da Língua Portuguesa; inadequação do ambiente escolar; número insuficiente de intérprete; falta de capacitação dos professores para aprendizado da LIBRAS; falta de material didático específico. As narrações demonstraram que ainda existem problemas com a inclusão do surdo dentro de uma sala de aula, não existem salas e nem material apropriado que façam os surdos aprender, as salas de aulas e os materiais didáticos são adaptados apenas para os ouvintes, assim esses fatores dificultam muito a inclusão desses alunos em sala de aula. Contudo faz-se necessário a conscientização de todos para que haver a verdadeira inclusão, aquela que o aluno surdo possa aprender entender e se comunicar. Nos depoimentos foi perguntado aos alunos surdos como é “Ser Surdo” em seus relatos notou-se que a grande maioria “mostrou que o olhar dos surdos para si mesmos recaiu sobre aspectos limitadores ou incompletos, acompanhando um movimento da cultura ocidental de ser ou representar a si mesmos, a partir de algum modelo de estética, de inteligência, de normalidade”.

Os depoimentos dos participantes levam a crer na concepção do autor, que o currículo ainda não foi adaptado para esses alunos surdos, ele almeja para os surdos um currículo que considere experiências e o referencial histórico que os surdos têm construído, sem desconsiderar as interfaces com a(s) cultura(s) e a(s) realidade(s) ouvinte(s), já que muitas dimensões entre identidade e alteridade estão envolvidas no processo social. Não é apenas a inclusão da Língua de Sinais que vai orientar uma nova abordagem curricular, mas a observação e aceitação dos surdos em sua totalidade, em suas especificidades, diferenças grupais e individuais e, ao mesmo tempo, nos aspectos específicos de sua cognição (FRANCO, 1999). O autor vislumbra um seio escolar democrático no qual todos possam desfrutar de seus ensinamentos, enraizar nas pessoas a cultura da inclusão como forma normal a ser concebida entre o meio escolar, fazendo necessário a conscientização de todos para que haver a verdadeira inclusão, aquela que o aluno surdo possa aprender entender e se comunicar. Mais uma vez vale dizer que o currículo também precisa ser repensado, fazendo dele um currículo para todos: ouvintes e surdos.

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, Joelma Remígio de; DORZIAT, Ana; LIMA, Niédja Maria Ferreira. A inclusão de surdos na perspectiva dos estudos culturais. Disponível em: < file:///C:/Users/ACER%20PC/ Downloads /A%20INCLUS%C3% 83O%20DE% 20SURDOS%20NA%20PERSPECTIVA%20DOS%20ESTUDOS%20 CULTURAIS.pdf> Acesso em: 28 de setembro de 2015.

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