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A Educação inclusiva nas escolas

Por:   •  29/10/2018  •  1.898 Palavras (8 Páginas)  •  434 Visualizações

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socialmente. Ou seja, se afirmar pelo trabalho. (VIÉGAS; CARNEIRO 2003, p. 27)

Portanto, em se tratando de educar para incluir, como é afirmada pela constituição, as pessoas com necessidades especiais tem o direito de se inserir no mercado de trabalho, o que exige uma prática pedagógica que defenda as necessidades desses alunos.

A prática da inclusão escolar, segundo Mantoan (2003), pauta-se na capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes; é acolher todas as pessoas, sem exceção. É construir formas de interagir com o outro, que, uma vez incluídas, poderão ser atendidas suas necessidades especiais.

Para Mantoan (2003), os pais no Brasil, contrariamente a outros países, na sua maioria, ainda não se posicionaram em favor da inclusão escolar de seus filhos. Um dos motivos é o medo da discriminação, ou ainda, o pensamento de que os mesmos são incapazes de aprender, confirmando sua exclusão social e escolar.

O desafio da Educação Inclusiva nas escolas

Como já foi citado anteriormente, o conceito sobre educação vem sofrendo grandes mudanças positivas ao longo dos últimos anos. Nunca se falou tanto sobre a educação num mundo globalizado e competitivo. A educação como mera transmissão de conhecimento para o aluno, não respeitando a autonomia de cada um, ficou esquecida e não mais se sustenta.

Para que haja realmente uma educação inclusiva é necessário, antes de tudo, compreender a realidade presente nas salas de aula. Realidade na qual os educadores não se encontram, nem se sentem preparados para trabalhar com alunos com algum tipo de deficiência. Embora as escolas tenham conhecimento da obrigatoriedade dessa inclusão e receba as matrículas desses alunos com necessidades especiais, têm procurado de todas as formas reestruturar seu espaço físico e capacitar seus educadores, ainda existem obstáculos que as impedem de realizar um trabalho coerente com suas práticas pedagógicas. O medo e a fragilidade em conviver com a “diferença”, a incerteza quanto ao aprendizado de um aluno com necessidades especiais, ainda são grandes obstáculos que impossibilitam o avanço de práticas de aprendizagem relevantes.

A sociedade inclusiva que tanto se almeja pauta-se na compreensão da palavra “inclusão”. Educação inclusiva significa que todos têm direito de estudar numa escola regular com outros educandos, construindo juntos o conhecimento. Incluir não se resume apenas na inserção do aluno com necessidades especiais no ensino regular, o que acontece em muitas escolas, sem um acompanhamento específico. Os educadores precisam de apoio técnico e pedagógico para que tenha condições de ajudar esses alunos na busca do conhecimento. Inclusão esta, que também não ocorrerá, se não houver, por parte dos educadores, formação, pesquisa e conhecimento.

Ainda assim, para que haja uma verdadeira educação inclusiva, todas as crianças precisam ter a mesma oportunidade de acesso, permanência e aproveitamento na escola, independente de qualquer característica específica que o aluno possua. Quando é detectada alguma deficiência, o educando precisa ter apoio técnico, acesso e contato com recursos pedagógicos que ajude-o a desenvolver as atividades de forma que aprenda, cada um a seu tempo, as tarefas que são comuns aos demais alunos da classe.

Na educação inclusiva o aluno produz seu próprio conhecimento. Os educadores apenas facilitam o processo de aprendizagem desse aluno, com ajuda de profissionais de saúde e educação especializados em alunos com deficiência. O aluno com deficiência, em contato com alunos sem deficiência, aprende mais rapidamente, pois encontram no colega um modelo positivo de aprendizagem, podem ajudar e ser ajudados, a lidar e superar as dificuldades e aprendem a conviver com os demais colegas. Já os alunos sem deficiência, aprendem a conviver com as diferenças individuais, a respeitar os limites e o ritmo do outro. Isso tudo embasa o anseio mútuo por uma sociedade mais justa e igualitária, onde todos são, ao mesmo tempo, iguais e diferentes.

Conclusão

Considerando o que foi refletido anteriormente, a inclusão não acontece em apenas inserir o aluno com necessidades educacionais especiais numa classe regular de ensino. Isso não é, nem jamais será uma educação inclusiva. Dessa forma, o aluno está apenas integrado, não incluído. É necessário não apenas colocá-lo numa sala de aula, mas com o apoio de profissionais auxiliares, proporcionando-lhe meios que possibilitem seu desenvolvimento junto aos outros colegas. Ainda, para que essa prática inclusiva aconteça, é necessário remover as barreiras para a aprendizagem, sacudindo as estruturas tradicionais sobre as quais a escola está assentada, todos trabalhando em equipe e democraticamente, estando aberta à diversidade. Mais do que uma escola transmissora de conteúdos, uma escola onde se pratica a formação e o exercício da cidadania, alicerçada em princípios que visem uma educação digna, igualitária e de qualidade para todos, contando com o apoio da família, comunidade e de todos os cidadãos.

Referências bibliográficas:

- Joelson Alves Onofre- Professor de Filosofia, Especialista em Educação e Relações Étnico- Raciais, Membro do Núcleo de Informação, Estudo e Pesquisa Aprendendo Dawn- Itabuna/ BA.

- Carvalho, Rosita Edler. Removendo barreiras para a prendizagem: uma educação inclusiva- Porto Alegre:

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