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A EDUCAÇÃO INFANTIL E O LÚDICO

Por:   •  23/7/2018  •  9.434 Palavras (38 Páginas)  •  447 Visualizações

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No capítulo III será apontado o papel do educador e sua responsabilidade na educação infantil, no capítulo IV discutiremos a importância do lúdico na educação infantil e por fim, serão feitas as considerações finais.

Para a elaboração desse trabalho foram feitas análises bibliográficas, e levantamento de dados através de autores estudiosos educação infantil, acervos educacionais e sites especializados neste assunto.

Ficará evidenciada nesse projeto a importância do lúdico como ferramenta importante na educação infantil e no desenvolvimento da criança.

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CAPÍTULO I

1 JOGOS

1.1 CONCEITOS DE JOGOS

“Denomina-se jogo, situações como disputar uma partida de xadrez, um gato que empurra uma bola de lã, um tabuleiro com piões e uma criança que brinca com boneca.” (Kishimoto, 1998, p.1)

Porém, ainda segundo Kishimoto, jogo é algo de difícil definição, visto que esta é uma palavra de múltiplas interpretações, tome-se como exemplo a definição de jogo pelo dicionário Aurélio Conciso (1998):

S. m. 1. Atividade física ou mental organizada por um sistema de regras que definem a perda ou o ganho. 2. Brinquedo, passatempo, divertimento. 3. Passatempo ou loteria sujeito a regras e no qual, ás vezes, se arrisca dinheiro. 4. Regras que devem ser observadas quando se joga. 5. Jogo de azar (...) “brinquedo (ê). S. m.1. Objeto que serve para as crianças brincarem. 2. Jogo (1) de crianças; brincadeira. 3. Divertimento, passatempo, brincadeira (...)” “brincadeira S. f. 1. Ato ou efeito de brincar; brinco. 2. Divertimento, sobretudo entre crianças; brinquedo, jogo. 3. Passatempo, entretimento, entretenimento, divertimento.(...)”

Contudo, cada jogo tem sua particularidade, por exemplo, entre brincar de “mamãe e filhinha”, jogar bola, brincar na areia e construir um barquinho, a diferença está, entre usar a imaginação, utilizar-se de regras a serem cumpridas, no prazer em manipular objetos na areia e a exigência mental e destreza manual para a execução da atividade.

A autora Kishimoto traz ainda a seguinte definição:

(...) o termo brinquedo será entendido sempre como objeto, suporte da brincadeira, brincadeira como descrição de uma conduta estruturada, com regras e jogo infantil para designar tanto o objeto e as regras do jogo da criança. (brinquedo e brincadeiras). (KISHIMOTO, 1998, p.7)

”Dar-se-á, preferência ao emprego do termo jogo, quando se referir a uma descrição de uma ação lúdica envolvendo situações estruturadas pelo próprio tipo de material como no xadrez, trilha e dominó.” (KISHIMOTO, 1998, p.7).

Já a autora Adriana Friedmann acredita no jogo como “atividade dinâmica, que se transforma de um contexto para outro: daí sua riqueza. Essa qualidade de transformação dos contextos das brincadeiras não pode ser ignorada.” (FRIEDMANN, 1996, p.20).

Friedmann afirma que não há uma teoria completa sobre o jogo, que existem várias formas e que é muito difícil esgotar esse tema uma vez que cada educador possui uma maneira diferente de agir em determinadas situações. Frisa ainda que ao se utilizar do jogo na educação infantil faz-se necessário destacar sua qualidade tendo em seus desdobramentos para o processo de ensino e aprendizagem.

Há jogo a partir do momento em que a criança aprende a designar algo como jogo; ela não chega a isso sozinha. Ter consciência de jogar resulta de uma aprendizagem linguística advinda dos contextos da criança desde as primeiras semanas de sua existência. (BROUGERE, 1998, p. 18)

Para o autor a criança obtém o conhecimento no decorrer do tempo, ela não consegue entender por si só o que é o jogo, é necessário que ela compreenda o que é jogar, e essa compreensão se dará através do que o intermediário, no caso o educador, estará transmitindo, as maneiras de executar as atividades, as regras estabelecidas de cada jogo. A brincadeira é mais especificamente a ação que a criança realiza quando concretiza as regras do jogo, é o lúdico em ação.

O jogo possui um sistema de regras que podem ser explícitas (exemplo: xadrez ou amarelinha) ou implícitas (mamãe e filhinha). São as regras internas implícitas que organizam e dirigem a brincadeira. Outra característica do jogo é que este se materializa num objeto como o xadrez que ganha vida no tabuleiro.

1.2 JOGOS EDUCATIVOS

Jogos educativos podem ser definidos como aqueles que contribuem para a formação da criança e geralmente são direcionados para a educação infantil. Eles são divididos em dois grupos, os de enredo e os de regras. Os primeiros são chamados de imaginativos, como por exemplo, já citado anteriormente, o “mamãe e filhinha”, ele estimula o desenvolvimento cognitivo e afetivo-social da criança, pois elas vivenciam o comportamento do adulto. Quanto ao segundo, podemos citar o jogo de dominó onde a imaginação fica limitada, pois são as normas que norteiam o jogo.

O jogo toma um aspecto muito significativo no momento em que ele se desvincula de ser meio para atingir a um fim qualquer. Revendo a história do jogo, certificamo-nos de que sua importância foi percebida em todos os tempos, principalmente quando se apresentava com fator essencial na construção da personalidade da criança. (ARAÚJO, 1992, p. 13)

Para ARAÚJO, o jogo educativo só passa a ter significado quando se tem um objetivo a ser alcançado, ou seja, deixa de ser uma brincadeira e passa a ser uma atividade que contribuirá para o desenvolvimento intelectual da criança.

1.3 HISTÓRIA DOS JOGOS

A história do jogo não pode ser analisada isoladamente deve-se considerar a concepção de criança e a educação da época a ser estudada.

A ausência de estudos sobre a história e evolução do jogo e do brinquedo no Brasil faz com que autores estudiosos do tema tomem como parâmetro a história do brinquedo na sociedade francesa e também alguns textos oriundos da Grécia e Roma antigas.

Entre os romanos os jogos “destinados ao preparo físico voltam-se para a formação de soldados e cidadãos obedientes e devotos e a influência grega acrescenta-lhes cultura física, formação estética e espiritual”. (KISHIMOTO, 1998, p. 15)

Platão falava

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