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A CRIANÇA AUTISTA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por:   •  24/12/2018  •  2.997 Palavras (12 Páginas)  •  291 Visualizações

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Conceito de Autismo

O autismo é um distúrbio neurológico caracterizado por comprometimento da interação social, comunicação verbal e não verbal e comportamento restrito e repetitivo. Os sinais geralmente desenvolvem-se gradualmente, mas algumas crianças com autismo alcançam o marco de desenvolvimento em um ritmo normal e depois regridem. (Wikipédia, 2016.) O termo Autismo vem do grego (Autós) que significa: “Por si mesmo.” Bastante utilizado pelos psiquiatras para nomear o comportamento humano que gira em torno de si mesmo, focado no próprio individuo.

Segundo Orrú (2012) o Autismo atualmente é considerado como:

Uma síndrome comportamental com etiologias múltiplas e curso de um distúrbio de desenvolvimento [...], é uma disfunção orgânica e não um problema dos pais [...] e é de origem biológica. (P. 21)

Surgiu em 1994 a Declaração de Salamanca, que foi promovida pelo governo da Espanha e pela UNESCO, realizada na Conferência Mundial sobre as Necessidades Especiais, nesta foi reconhecida a obrigação de o ensino chegar a todos, independente de faixa etária portadores necessidades especiais, em ensino regular.

Os primeiros sintomas do autismo aparecem em geral nos três primeiros anos de vida da criança, ela é uma síndrome que se caracteriza por apresentar um agrupamento de sintomas que envolvem o comprometimento de três áreas básicas, o comportamento, a interação social e comunicação. Mas, por outro lado, podem apresentar incríveis habilidades motoras, musicais, de memória e outras, que muitas vezes, não estão de acordo com sua idade cronológica, apresentando-se bem mais “adiantada” do que deveriam estar. Tais comportamentos devem ser observados primeiramente pelos pais, pois uma criança considerada normal responde á estímulos simples como um choro quando se sente fome, dor, tristeza, já a criança autista não responde da mesma forma, criando uma espécie de isolamento.

Como a criança autista não consegue interagir de certa forma com o meio social, a mesma apresenta por diversas vezes um comportamento agressivo, impedindo uma comunicação que facilmente seria fácil de resolver. Há muitas instabilidades que interferem na aquisição da fala no desenvolvimento da criança com o TEA (Transtorno Espectro Autista) a maioria deles é a carência de estímulos recebidos pelos pais ou dos professores, ou cuidados, aspectos genéticos e seu ritmo de desenvolvimento. Caso a criança não seja estimulada e não se insira recursos pedagógicos adequados à necessidade da criança, ela não irá atingir seu potencial ao máximo, prejudicando o desenvolvimento da mesma para a fase avançada da vida. O diagnóstico do autismo no ambiente escolar, caso ainda não tenha sido percebido ou diagnosticado outrora, é feito através de avaliação do caso da criança por uma equipe multidisciplinar que seja capacitada, sendo uma tarefa difícil e complicada de ser realizada por não haver um exame clinico como o de sangue, que possa identificá-lo.

[pic 2]

Figura 1 – Sintomas do Autismo

Fonte: (Beltrame, Beatriz. Tua Saúde, 2007).

Sendo assim, o autismo é um transtorno ora incompreensível, pois apresenta uma variedade enorme de sintomas, dificultando um conceito verdadeiro, mesmo sendo estudado á anos por muitos médicos, pesquisadores e curiosos, ele é caracterizado por diversas teorias que tentam explicá-lo. Seu conceito foi expandido, admitindo-se hoje que existem graus de Autismo diferentes. As políticas educacionais vigentes e a legislação brasileira trazem o desafio de uma educação que contemple a diversidade cultural, a heterogeneidade e a integração de todos os cidadãos na escola e na sociedade em geral, este trabalho teve o enfoque na inclusão das crianças com necessidades especiais portadoras do Autismo nas escolas de ensino regular.

2.2 O Processo de Educação Inclusiva.

O mundo grita. A escola grita. Alunos com deficiência gritam. Alguém escuta? Esta questão fomenta em nós a vontade de relatar nossos gritos e, também, nossas escutas. Entendidos enquanto processo de criação do novo, fratura, no encontro que aponta para o outro (VILELA, 2008).

Nos dias atuais, nosso país passa por um período de reestruturação dos métodos de ensino para as crianças, as portas para a inclusão daquelas com necessidades especiais no meio educacional. Segundo a Constituição Federal de 1988:

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

Art. 208. O dever do Estado com a Educação será efetivado mediante a garantia de:

III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;

IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de 0 a 6 anos de idade.

Mesmo com a existência desse agregado de leis que garantem o acesso de pessoas com autismo e outras deficiências à educação inclusiva, elas ainda não podem garantir que os educadores possam auxiliá-los e garantir um ensino futuro de qualidade. Muitas vezes não apenas por falta de comprometimento por parte do educador, mas sim pelas condições precárias da educação do nosso país. Uma cobrança grande é tida por parte da sociedade com os educadores do ensino especial, diante das pesquisas feitas durante nosso período de estudo vimos que o assunto é bastante complexo e abrangente nesta área, portanto além de procurarmos nos aperfeiçoar cada vez mais necessitamos também de um amparo/ajuda do Estado e do próprio governo federal em si.

De acordo com o Decreto n° 6571, de 2008, o Atendimento Educacional Especializado, mais conhecido como (AEE) é definido como um “conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados na instituição, que é prestado para suplementar à formação de alunos no ensino regular”. (BRASIL, 2008, Art. 1, Parágrafo 1).

Entendemos

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