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Libras

Por:   •  9/4/2018  •  2.861 Palavras (12 Páginas)  •  268 Visualizações

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Para o aluno que solicita atendimento especializado, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disponibiliza serviço de intérprete de Libras e leitura labial. Os aplicadores especializados participam de um alinhamento específico para o exame, com a duração de 32 horas. Esses profissionais atuam em dupla em salas, com até seis participantes.

"Libras tem uma estrutura específica, diferente do português. Pelo processo educacional comprometido, que nunca foi acessível, eles têm o português como segunda língua e mal dado", explica a professora doutora em linguística pela UnB e itinerante da área de surdez da Escola Bilíngue Libras e Português Escrito de Taguatinga, Sandra Patrícia do Nascimento. De acordo com ela, somente com a Lei de Libras nº 10.436/2002, regulamentada em 2005, que o português passou a ser ensinado adequadamente a esses estudantes.

Para a geração que não teve essa formação, segundo a professora, a tradução oferecida no exame não garante isonomia aos candidatos. A coordenadora pedagógica do ensino médio da escola, Gisele Morisson Feltrini complementa que o ideal para o surdo seria efetuar prova por meio de vídeo em Libras, feita em computadores e com a presença de intérpretes para auxiliar em caso de dúvidas.

"Comparando, nós ouvintes, a gente vai, volta na questão, responde a primeira, depois pula, vai para a décima. Quando você senta no computador, é possível selecionar as questões, voltar em caso de dúvida", disse.

O Inep informou que a questão está em fase inicial de discussão. O Enem será efetuado nos dias 8 e 9 de novembro. O exame tem 8,7 milhões de inscritos e ocorrerá em 1,7 mil cidades brasileiras.

Fonte: http://educacao.uol.com.br/noticias/2014/11/03/estudantes-surdos-tem-dificuldade-para-se-preparar-para-o-enem.htm

Acesso: 05/11/2014

Tendo como base o que foi estudado nas Unidades 1 e 2 do material pedagógico da nossa disciplina construa um texto argumentativo de, no mínimo 8 linhas, que contemple sobre os aspectos da primeira língua (L1) e segunda língua (L2). Na elaboração de seu texto inclua uma citação direta pertinente ao texto. Lembro que a avaliação desta atividade será feita com base na consistência de sua argumentação. (2,5 pontos)

Caminhos de resposta:

Breve reflexão sobre a história dos surdos realizando considerações sobre as possibilidades reais de inserção do surdo no contexto educacional brasileiro tendo como pressuposto a Libras como L1 e o português como L2.

R: Conforme determina o Decreto nº 5.626 de 22 de dezembro de 2005, que regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002 o surdo tem direito ao ensino bilíngue (Libras como primeira língua (L1) e a Língua Portuguesa como segunda língua (L2)) desde a educação infantil, tanto nas escolas públicas quanto nas escolas privadas. Porém, quase dez anos após a regulamentação da Lei, percebe-se que a inserção do aluno na escola regular ainda enfrenta enormes barreiras no que diz respeito ao uso da Libras, tendo em vista que a equipe escolar pouco ou nada sabe sobre a língua materna dos surdos, tampouco conhece a estrutura gramatical da Libras e quando recebe um aluno surdo, ignora a necessidade de a Libras estar presente no cotidiano escolar, como forma de comunicação deste aluno.

Esse desconhecimento, aliado ao fato de que a criança surda primeiro precisar aprender sua língua materna (L1), e posteriormente a Língua Portuguesa, cria uma falsa imagem de que o sujeito surdo não tem competência para aprender igual aos ouvintes, como se a capacidade cognitiva dessas crianças fosse deficitária.

É necessário criar oportunidades para a aprendizagem da Libras, divulgado e oferecendo cursos de Libras para toda comunidade escolar, especialmente aos professores e alunos, bem como para toda a comunidade em geral. A partir do momento que a Libras se tornar acessível a toda a comunidade, estaremos suprindo a necessidade que as pessoas, surdas e ouvintes, têm de estar em constante comunicação pois, segundo Bouvet (apud LACERDA, 1998, p.72) a linguagem de sinais torna possível "[...] uma comunicação eficiente e completa como aquela desenvolvida por sujeitos ouvintes”.

LACERDA, C.B.F. Um pouco da história das diferentes abordagens na educação dos surdos. Cad. CEDES [online]. 1998, v. 19, n. 46, p. 68-80. ISSN 0101-3262.

LODI, Ana Claudia Balieiro; MOURA, Maria Cecília de. Primeira Língua e Constituição do Sujeito: Uma transformação Social. ETD – Educação Temática Digital, Campinas, 2006. Disponível em:> Acesso em: 19 abr. 2015.

SALES, Adriane Menezes. A Complexidade do ato tradutório, suas implicações ética e estéticas nas (inter) ações e (inter)relações entre surdos e ouvintes. Disponível em: http://textosgege.blogspot.com.br/2010/10/complexidade-do-ato-tradutorio-suas.html> Acesso em: 30 abr. 2015

Questão 2)

Leia o relato da experiência da infância de Sam Supalla; um Surdo norte-americano que tem várias gerações de família de Surdos:

[...]. Após alguns encontros tentativos, eles tornaram-se amigos. Ela era uma companheira satisfatória, porém havia o problema de sua “estranheza”. Ela não conseguia falar com ela da maneira que conseguia falar com seus irmãos mais velhos e com seus pais. Ela parecia ter uma dificuldade extrema de compreender mesmo os gestos mais simples ou mais rudes. [...]. Um dia, Sam lembra-se vivamente, que ele finalmente entendeu que a sua amiga era de fato estranha. Eles estavam brincando na casa dela, quando de repente a mãe dela chegou até eles e animadamente começou a mexer sua própria boca. Como se por mágica, a garota pegou uma casa de boneca e levou-a para um outro local. Sam estava perplexo e foi para casa perguntar a sua mãe sobre exatamente que tipo de aflição que a menina da porta ao lado tinha. Sua mãe explicou a ele que ela era ouvinte e por razão disto ela não sabia sinalizar; em vez disso, ela e a sua mãe falam, movimentam suas bocas para falarem entre si. Sam então perguntou se esta menina e a família dela era as únicas “daquele jeito”. A mãe dele explicou que não, de fato, quase todas as pessoas eram como seus vizinhos. Era a sua própria família que era incomum. Aquele foi um momento memorável para Sam. Ele lembra de pensar o quanto estava curiosa a menina da porta ao lado, e se ela era ouvinte, como as pessoas ouvintes eram curiosas.

PADDEN;

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