Relatório de Caracterização de uma Escola
Por: Ednelso245 • 26/12/2017 • 1.709 Palavras (7 Páginas) • 284 Visualizações
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9. DESCRIÇÃO E ANÁLISE REFLEXIVA DAS ATIVIDADES DE GESTÃO
As atividades de gestão, observadas e analisadas no presente estágio, foram muito interessantes e instrutivas, pude perceber claramente o cumprimento entre o que está escrito na Proposta Pedagógica Da EM e o que acontece na instituição no seu dia a dia. O Regimento Interno, no que se refere à documentação, funções de professores e funcionários, funciona de acordo, percebe-se, que a gestora tenta desempenhar suas funções, referentes à documentação, matrículas, transferências, atestados, atendimento ao público e demais atribuições com certa ética e responsabilidade. A gestão financeira a princípio é equilibrada, a equipe diretiva administra os recursos financeiros, aplicando em melhorias para a EM. Busca ainda arrecadar dinheiro através de venda de pastéis para complementar as finanças. Pode-se dizer que a gestão administrativa funciona a contento dentro do que aparentemente apresenta.
Os funcionários de manutenção e limpeza nem sempre demonstram esforço e boa vontade em suas funções. O que parece é que não gostam muito do que fazem, dão conta do seu trabalho, já que a EM não é tão grande assim e funciona no período integral, e mesmo assim o número de funcionários é insuficiente e sempre acontece de um ou outro ficar atestado por motivos de saúde ou outros. Quanto à cozinheira e as auxiliares, me pareceu que nem sempre desempenham suas funções a contento, pois ouço muitas reclamações de professores quanto à quantidade e qualidade das refeições servidas.
Os professores encontram-se bastante desmotivados, frente à equipe diretiva e de coordenação da EM e suas ações. Mostram-se também muito preocupados e angustiados frente à falta de pulso firme desta diante de situações que assim exigem.
É visível a preocupação dos professores durante a realização das atividades de estágio. Num total de 12 professores pode se dizer que 2 não estão preocupados com o ensino-aprendizagem. Mas entre eles notam-se diferenças de atitude. Enquanto alguns só criticam, acusando a direção e a coordenação da EM por tudo o que acontece de errado e contam os dias que faltam para terminar o ano letivo, outros se preocupam e tentam desempenhar seu papel de professor da melhor maneira como também buscam soluções para os problemas e se empenham na tarefa de educar, ciente de que essa é a profissão que exercem e independente do que está acontecendo e têm o dever de ensinar com competência e seriedade.
A equipe diretiva da EM que compreende a diretora, Supervisora pedagógica, assistente pedagógica e técnica de educação também aparentam estar significativamente confusas , apesar de fazerem um grande esforço para tentar acertar, pois não possuem preparo suficiente para dar conta do recado. A diretora é bastante fechada e centralizadora, poucas vezes consulta os professores e funcionários, sobre decisões importantes. É possível ver claramente que está no comando e não possui um perfil democrático para tomar decisões. Isso causa transtornos e insatisfações. Além disso, ela se envolve bastante em tramites burocráticos e de gerenciamento burocrático dos Recursos Humanos, faltando assim tempo para pensar na EM como um todo.
A Supervisora é preparada para o cargo ao qual ocupa. Tendo potencial para desenvolver um trabalho de qualidade, conhece a fundo a comunidade da EM, está ciente dos reais problemas do mesmo, porém assim fica na dependência das decisões da direção. Mas mesmo assim faz o planejamento pedagógico e acompanha e orienta professores em todo o processo de ensino-aprendizagem, conforme pede a proposta de trabalho. Garantindo assim um ensino-aprendizagem de qualidade
Durante o estágio observei que a coordenação da EM é vista pelos professores com bons olhos, com algumas reclamações, no entanto é um parcela mínima.
Não tive a oportunidade de realizar uma atividade de gestão, até mesmo por que, não daria tempo, pois tinha muita documentação para analisar e estudar Proposta Pedagógica e outros. Também a observação e análise do cotidiano da equipe diretiva, pedagógica, e do funcionamento da EM, tomou praticamente todo o tempo do estágio.
10. CONCLUSÃO
Esse trabalho identificou a importância da escola ver a si mesma como parte integrante da comunidade, e, reciprocamente, dessa reconhecer a escola como uma instituição sua, da qual pode participar e cuidar.
As ações escolares restringem-se a procedimentos administrativos e pedagógicos, encaminhados pela direção e pelos corpos técnico e docente, sem maiores interações com os alunos e a comunidade, os quais figuram apenas como peças obrigatórias ao funcionamento escolar que não conta com espaços de congregação comunitária como a APP e Conselho Escolar, que não atua com plenitude.
Entendemos que a instituição responsável pela escola pública deveria dispensar maior atenção às unidades sob sua responsabilidade, implementando ações para modificar o quadro situacional relatado pelos nossos informantes.
A escola conveniada, por sua vez, revelou-se como unidade aberta à sua comunidade: busca sistematicamente construir um processo de educação que considere a diferença relacionada à especificidade dos seus alunos atendidos, as necessidades e os anseios dos que ela assiste, visando realizar uma educação de qualidade direcionada para a realidade e para a superação dos problemas sociais presentes em nossa sociedade.É evidente que toda a infraestrutura de uma instituição é um fator muito importante, mas consideramos que as diferenças de postura e de vivências fazem com que os alunos e a comunidade percebam a escola de modo diferenciado.
As situações apresentadas nos levam a crer na necessidade de modificar as relações no cotidiano escolar, incentivando novos olhares para a educação, identificando necessidades, buscando ofertar um ensino significativo para a comunidade, afinal
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