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Evolução História e Desenvolvimento da Equação Niosh

Por:   •  4/1/2018  •  7.378 Palavras (30 Páginas)  •  325 Visualizações

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Os critérios ou dados, são os seguintes: Critério Epidemiológico

Critério Biomecânico Critério Fisiológicos Critério Psicofísicos

Vamos abordar cada um dos critérios que foram desenvolvidos para quantificar a relação entre o stress imposto e o esforço resultante, procurando controlar o risco de esforço e problemas da coluna.

1.1 Dados Epidemiológicos

Em relação aos dados epidemiológicos, estes são apresentados de uma forma “confusa” devido à falta clareza, quer na identificação, quer na quantificação dos factores de risco da lesão da coluna lombar. No entanto alguns factores de risco foram identificados, como por exemplo, história familiar, altura, diâmetro do canal vertebral, massa corporal, trabalho pesado, elevação de cargas, puxar, empurrar, posturas prolongadas. Todas estes factores e assim como muitos outros pertencem a cinco categorias: genética, morfológico, psicológico, fisiológico e mecânico.

Mas o que é epidemiologia? Epidemiologia é o estudo dos problemas que ocorrem na população (Friedman, 1974). A epidemiologia procura responder a questões, como por exemplo: Porque existem tantos problemas (lesões) da coluna lombar na manipulação manual de cargas? Como é que estas lesões podem ser prevenidas?

No geral, a epidemiologia preocupa-se em determinar as lesões para que no futuro se possa determinar a probabilidade dessas lesões.

Snook (1978), com base em informação epidemiológica, afirma que, mais de um terço das lesões da coluna podem ser evitadas. É também de referir (estudo feito pela Liberty Mutual Insurance Company) que mais de um quarto dos trabalhos requerem manipulação manual de cargas com uma magnitude aceitável para menos de 75% dos trabalhadores. Estes trabalhos eram responsáveis por metade das queixas apresentadas ao nível da coluna. Isto implica que 2/3 de todas lesões da coluna associadas à manipulação de cargas

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podem ser prevenidas se o trabalho estiver adaptado a 75% das pessoas. No entanto 1/3 das lesões irão ocorrer apesar de qualquer intervenção de melhoria no posto em causa.

Diversos estudos epidemiológicos concluíram que o peso da carga e

frequência de elevação estão entre os factores mais críticos, no que se refere aos riscos de lesão. Chaffin & Park (1973) verificaram que existe uma grande correlação entre a capacidade individual de elevação e o índice de incidência dos problemas da coluna lombar. Chaffin et al. (1976) também verificou que, quanto maior o peso a elevar, maior o grau da lesão. Posteriormente, chegaram à conclusão que existe uma grande correlação entre as forças compressivas na L5/S1 e a incidência de dores na coluna lombar. Verificaram que, um trabalhador que tem um trabalho que excede uma força compressiva de 6236N, tem oito vezes mais probabilidade de ter lesões na coluna lombar, do que um indivíduo que tenha um trabalho com forças compressivas na ordem dos 2673N. Estas forças compressivas foram determinadas através de modelos estáticos de força.

Ayoub (1989), usando o conceito JSI (Job Stress Index: relação entre as exigências do trabalho e a capacidade do operador), verificou que quando temos JSI superiores a 1.5, a ocorrência de lesões aumenta substancialmente.[pic 2]

Gráfico 1. Relação entre o Job Severity Index e lesões cumulativas

No gráfico 1 (a) podemos observar a relação entre o JSI e as lesões cumulativas (lesões/100h de trabalho). O risco de lesão aumenta

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substancialmente a partir de um JSI de 1.5. Isto conduz-nos, ao facto que todo

o trabalho deve situar-se com um nível de risco inferior ao valor referido

[pic 3]

Gráfico 2. Relação entre o JSI e as lesões por incapacidade

A probabilidade de ocorrência de lesão que originem incapacidade é muito maior a partir do valor JSI de 1.5 (gráfico 2).

[pic 4]

Gráfico 3. Relação entre o JSI e a severidade da les ão

Por fim, no gráfico 3 temos a relação entre o JSI e o grau de severidade (dias perdidos/lesões por incapacidade). Como já referi, a partir do JSI de 1.5 o risco de ocorrência de lesão aumenta substancialmente. O máximo peso associado ao JSI de 1.5 é de 27.14kg e a força compressiva na coluna é de 3930N (sexo

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masculino). Este último valor corresponde a 69% da força máxima de compressão (5700N; Jager & Luttmann,1991). No que se refere ao sexo feminino, as mesmas exigências levariam a estabelecer uma força máxima de compressão de 2689N, o que corresponderia a um peso de 20kg.

Outros estudos, concluíram que a existe uma relação qualitativa entre os factores de risco relacionados com o trabalho e as lesões MMC. Snook et al. (1978) afirmou que 18% das lesões da coluna tinham origem na rotação do operador.

Os dados epidemiológicos combatem com grandes dificuldades porque, são

feitos com pequeno número de pessoas, falta de controlo, conduzidos por pequenos períodos de tempo e recolha de informação subjectiva.

Em forma de conclusão, podemos dizer que forças compressivas superiores a

3930N (homens) e superiores a 2689N (Mulheres) podem dar origem a problemas na coluna lombar. Actividades de MMC que ultrapassem a força compressiva de 6236N conduzem a sérias lesões da coluna lombar.

1.2 Dados Biomecânicos

Se mantiver, em termos biomecânicos uma margem de segurança, então o problema das lesões da coluna podem ser em parte controlados. Com base em critérios biomecânicos, o stress mecânico (forças que actuam na coluna lombar) foi calculado a partir de duas medidas: forças de Compressão e corte

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