HISTÓRIA MEDIEVAL
Por: Hugo.bassi • 2/2/2018 • 1.600 Palavras (7 Páginas) • 273 Visualizações
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No século XIX, fase histórica das liberdades, das imunidades e dos privilégios que reforçava o liberalismo burguês, dessa maneira o equilíbrio e a harmonia na litertatura e nas artes que o Renascimento e Classicismo do século XVII tinha buscado cedia lugar, no século XIX, a paixão, exuberância e a vitalidade encontráveis na Idade Média. A verdade procurada através do raciocínio cedia lugar à valorização dos sentidos, do instinto, dos sonhos e das recordações.
Tanto a Idade Média dos renascentistas e iluministas quanto a Idade Média dos romancistas são preconceituosas, pois, esse período permanência incompreendido porque oscilava entre o pessimismo renascentista/iluminista e a exaltação romântica.
IV- A Idade Média do século XX.
Passou-se a ver a Idade Média com os olhos dela própria, não com os daqueles que viveram ou vivem um outro momento. Entendeu-se que a função do historiador é compreender e não julgar o passado. O único referencial possível para se ver a Idade Média é a própria Idade Média. Com base nessa postura a historiografia medievalista deu enorme salto qualitativo através de novas técnicas e métodos, se tornou o carro chefe da historiografia contemporânea ao propor temas, experimentar métodos, rever conceitos, dialogar intimamente com outras ciências humanas.
A historiografia é um produto cultural como qualquer outro, resulta de um complexo conjunto de condições materiais e psicológicas do ambiente individual e coletivo que a vê nascer. Sendo a história um processo, naturalmente se deve renunciar a busca de um fato especifico que teria inaugurado ou encerrado determinado período.
V – Periodização na visão de Hilário Franco Júnior.
SÉCULOS IV – VIII: PRIMEIRA IDADE MÉDIA.
Convivência e interpenetração dos três elementos históricos:
- Herança romana clássica.
- Herança germânica.
- Cristianismo.
SÉCULOS VIII – X: ALTA IDADE MÉDIA.
- Ilusória unidade política – governo de Carlos Magno
- Aliança de interesses entre os carolíngios e a igreja.
- Recuperação econômica e demográfica.
- Transformação do latim nos idiomas neolatinos.
SÉCULOS XI – XIII: IDADE MÉDIA CENTRAL.
- Feudalismo.
- Respostar a crise do século X.
- Expansão territorial e populacional. (cruzadas)
- Maior produção cultural.
- Dinamização do comércio (procura de mercadorias e disponibilidade de mão-de-obra).
- Sociedade estratificada, fechada, agrária, fragmentada politicamente.
- Domínio cultural da igreja católica.
- Transição da etapa feudo clerical para a etapa feudo burguesa com desenvolvimento urbano e mercantil.
SÉCULOS XIV – XVI: BAIXA IDADE MÉDIA.
A modernidade e a crise do século XIV em decorrência da contínua expansão atrelado ao estabelecimento de novas estruturas:
- O renascimento.
- Os descobrimentos.
- O protestantismo.
- O absolutismo.
VI – A Idade Média para os medievais.
Para compreender a Idade Média na ótica dos homens medievais deverá ser adotadas duas vertentes:
A vertente dos leigos, decorre que a postura pagã fortemente enraizada na psicologia coletiva aceitava a existência de um tempo cíclico (mito do eterno retorno), as primeiras sociedades só registravam o tempo biológico sem transformá-lo em história, sem consciência de sua irreversibilidade, isso porque viver no real era viver segundo modelos extrahumanos.
A concepção de tempo cíclico foi rejeitada pela concepção de tempo linear tarzida pelo judaísmo em que Iavé não uma dinvindade criadora de gestos e arquétipos, mas uma personalidade que intervém na história. O cristianismo retomou e desenvolveu essa idéia enfatizando o caráter linear da história, com seu ponto de partida (Gênesis), de inflexão (natividade) e chegada (o juízo final). Portanto, linear mas não ao infinito o tempo é escatológico que só Deus conhece limitando o desenrolar da história, isto é, da passagem humana na Terra.
Observa-se o peso do cristianismo na mentalidade cíclica, daí sua liturgia basear-se na repetição periódica e real de eventos como: paixão, natividade, ressureição. A cristianização das camadas populares não aboliu a teoria cíclica influenciou o cristianismo erudito e reforçou certas categorias do pensamento mítico.
A HISTÓRIA MEDIEVAL.
TEMA: Texto 02: A Idade Média por ela mesma – José Monir Nassser.
NASSER. José Monir. A idade média por ela mesma. In: Revista Conhecimento Cientifico.
“Alguns aspectos da chamada Idade das Trevas não podem ser corretamente analisadas a não ser que desprendamos de nossas concepções modernas.”
A visão do historiador Huizinga para esse período pauta-se na decadência, falta de progresso, e perdas. Entretanto algumas informações foram suprimidas pelo historiador. A Idade Média foi um período ontológicamente diferente do nosso, no sentido de que os princípios que a constituíam eram diversos daqueles que regem nosso tempo. Essa diferença pode ser vivida através dos resquícios medievais que restaram como a semelhança entre a arquitetura gótica e escolástica de São Tomaz de Aquino.
Quando visitamos catedrais góticas encontramos o ethos medieval em sua plenitude, podemos viver a mesma experiência do contraste entre a imanência
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