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HISTÓRIA MEDIEVAL

Por:   •  2/2/2018  •  1.600 Palavras (7 Páginas)  •  222 Visualizações

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No século XIX, fase histórica das liberdades, das imunidades e dos privilégios que reforçava o liberalismo burguês, dessa maneira o equilíbrio e a harmonia na litertatura e nas artes que o Renascimento e Classicismo do século XVII tinha buscado cedia lugar, no século XIX, a paixão, exuberância e a vitalidade encontráveis na Idade Média. A verdade procurada através do raciocínio cedia lugar à valorização dos sentidos, do instinto, dos sonhos e das recordações.

Tanto a Idade Média dos renascentistas e iluministas quanto a Idade Média dos romancistas são preconceituosas, pois, esse período permanência incompreendido porque oscilava entre o pessimismo renascentista/iluminista e a exaltação romântica.

IV- A Idade Média do século XX.

Passou-se a ver a Idade Média com os olhos dela própria, não com os daqueles que viveram ou vivem um outro momento. Entendeu-se que a função do historiador é compreender e não julgar o passado. O único referencial possível para se ver a Idade Média é a própria Idade Média. Com base nessa postura a historiografia medievalista deu enorme salto qualitativo através de novas técnicas e métodos, se tornou o carro chefe da historiografia contemporânea ao propor temas, experimentar métodos, rever conceitos, dialogar intimamente com outras ciências humanas.

A historiografia é um produto cultural como qualquer outro, resulta de um complexo conjunto de condições materiais e psicológicas do ambiente individual e coletivo que a vê nascer. Sendo a história um processo, naturalmente se deve renunciar a busca de um fato especifico que teria inaugurado ou encerrado determinado período.

V – Periodização na visão de Hilário Franco Júnior.

SÉCULOS IV – VIII: PRIMEIRA IDADE MÉDIA.

Convivência e interpenetração dos três elementos históricos:

- Herança romana clássica.

- Herança germânica.

- Cristianismo.

SÉCULOS VIII – X: ALTA IDADE MÉDIA.

- Ilusória unidade política – governo de Carlos Magno

- Aliança de interesses entre os carolíngios e a igreja.

- Recuperação econômica e demográfica.

- Transformação do latim nos idiomas neolatinos.

SÉCULOS XI – XIII: IDADE MÉDIA CENTRAL.

- Feudalismo.

- Respostar a crise do século X.

- Expansão territorial e populacional. (cruzadas)

- Maior produção cultural.

- Dinamização do comércio (procura de mercadorias e disponibilidade de mão-de-obra).

- Sociedade estratificada, fechada, agrária, fragmentada politicamente.

- Domínio cultural da igreja católica.

- Transição da etapa feudo clerical para a etapa feudo burguesa com desenvolvimento urbano e mercantil.

SÉCULOS XIV – XVI: BAIXA IDADE MÉDIA.

A modernidade e a crise do século XIV em decorrência da contínua expansão atrelado ao estabelecimento de novas estruturas:

- O renascimento.

- Os descobrimentos.

- O protestantismo.

- O absolutismo.

VI – A Idade Média para os medievais.

Para compreender a Idade Média na ótica dos homens medievais deverá ser adotadas duas vertentes:

A vertente dos leigos, decorre que a postura pagã fortemente enraizada na psicologia coletiva aceitava a existência de um tempo cíclico (mito do eterno retorno), as primeiras sociedades só registravam o tempo biológico sem transformá-lo em história, sem consciência de sua irreversibilidade, isso porque viver no real era viver segundo modelos extrahumanos.

A concepção de tempo cíclico foi rejeitada pela concepção de tempo linear tarzida pelo judaísmo em que Iavé não uma dinvindade criadora de gestos e arquétipos, mas uma personalidade que intervém na história. O cristianismo retomou e desenvolveu essa idéia enfatizando o caráter linear da história, com seu ponto de partida (Gênesis), de inflexão (natividade) e chegada (o juízo final). Portanto, linear mas não ao infinito o tempo é escatológico que só Deus conhece limitando o desenrolar da história, isto é, da passagem humana na Terra.

Observa-se o peso do cristianismo na mentalidade cíclica, daí sua liturgia basear-se na repetição periódica e real de eventos como: paixão, natividade, ressureição. A cristianização das camadas populares não aboliu a teoria cíclica influenciou o cristianismo erudito e reforçou certas categorias do pensamento mítico.

A HISTÓRIA MEDIEVAL.

TEMA: Texto 02: A Idade Média por ela mesma – José Monir Nassser.

NASSER. José Monir. A idade média por ela mesma. In: Revista Conhecimento Cientifico.

“Alguns aspectos da chamada Idade das Trevas não podem ser corretamente analisadas a não ser que desprendamos de nossas concepções modernas.”

A visão do historiador Huizinga para esse período pauta-se na decadência, falta de progresso, e perdas. Entretanto algumas informações foram suprimidas pelo historiador. A Idade Média foi um período ontológicamente diferente do nosso, no sentido de que os princípios que a constituíam eram diversos daqueles que regem nosso tempo. Essa diferença pode ser vivida através dos resquícios medievais que restaram como a semelhança entre a arquitetura gótica e escolástica de São Tomaz de Aquino.

Quando visitamos catedrais góticas encontramos o ethos medieval em sua plenitude, podemos viver a mesma experiência do contraste entre a imanência

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