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Arquitetura medieval

Por:   •  20/12/2017  •  3.025 Palavras (13 Páginas)  •  328 Visualizações

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Os mosaicos bizantinos são a expressão mais conhecida desta arte. Eles não tinham somente uma função decorativa, também serviam para ensinar os cristãos analfabetos acerca das histórias da bíblia, ilustrando cenas da trajetória de Jesus Cristo.

As principais características da arquitetura bizantina são a planta cruciforme grega em suas igrejas, podendo ser arredondadas, octogonais ou quadriláteras por fora; a valorização de um exterior simples enquanto o interior era opulento e rico em detalhes e ornamentos; a presença marcante de temas religiosos em seus mosaicos extremamente coloridos, sendo que alguns tinham inclusive o fundo em ouro; as grandes cúpulas que cobriam as igrejas; a sustentação através de pendentes e pilares; amplas naves centrais com uma ou duas naves laterais; entalhes em mármore nas paredes, pisos e teto; altos clerestórios; uso de materiais nobres como mármore e ouro; e a decoração simbólica representando temas religiosos.

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Esquema básico das igrejas Bizantinas.

2.2 Contexto Histórico

O crescente problema nas fronteiras causado pela invasão dos bárbaros, além do enfraquecimento do império de Roma, fez com que o imperador Constantino optasse por transferir o império para outro lugar, a cidade de Bizâncio, que posteriormente ficou conhecida como Constantinopla.

O seu apogeu ocorre no século VI, durante o reinado do imperador Justiniano sucedido por um movimento iconoclástico, que consistiu na destruição de qualquer imagem santa, devido ao conflito político entre os imperadores e o clero. Após a crise iconoclasta, houve uma nova era de ouro da arte bizantina que se estendeu até o fim do império no século XV. Ainda hoje podemos notar influências bizantinas dentro da religião Ortodoxa e também em regiões como a Rússia.

2.3 Obras Principais

Como boa parte da arquitetura antiga, a arquitetura bizantina também se caracterizou pelas obras religiosas. O maior e mais famoso exemplo deste tipo de arquitetura é a Basílica de Santa Sofia, ou Hagia Sofia, mas podemos citar também a basílica San Vitale, a de São João e a basílica dos Santos Sérgio e Baco.

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Basílica de Santa Sofia em Istambul, Turquia: vista externa e interna.

A Basílica de Santa Sofia foi construída pelo imperador Justiniano entre os anos de 532 a 537 e se tornou a mais conhecida igreja bizantina. Por fora o templo era muito simples, porém internamente apresentava grande suntuosidade, utilizando muitos ornamentos e mosaicos com cenas do Evangelho.

Podemos notar que todas as características do estilo bizantino se encontram presentes: a suntuosidade interna, os materiais nobres, mosaicos, as grandiosas cúpulas, etc. A base do domo principal é vazada por quarenta janelas em arco que permitem a entrada da luz, dando leveza à estrutura e oferecendo a ilusão de um halo celestial.

Na cidade italiana de Ravena, conquistada pelos bizantinos, desenvolveu-se um estilo sincrético, fundindo elementos latinos e orientais, onde se destacam as Igrejas de Santo Apolinário e San Vital, destacando-se esta última onde existe uma cúpula central sustentada por colunas e os mosaicos como elementos decorativos.

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Basílica de San Vital em Ravena, Itália: Vista externa e interna.

2.4 Manifestação em São Paulo

Como manifestação da arquitetura Bizantina em São Paulo, nós escolhemos a Catedral Ortodoxa de São Paulo, localizada no bairro do Paraíso. Sua construção teve início da década de 1940 com um projeto do arquiteto Paulo Taufik Camasmie, e foi inspirada na Basílica de Santa Sofia.

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Catedral Ortodoxa de São Paulo: Vista externa e interna.

A imponente cúpula central dourada abriga abóbadas centrais e mezaninos laterais com afrescos pintados por Joseph Trabulsi, na década de 1950 e um iconostácio com 65 ícones, todo feito em mármore, entalhado à mão, com ícones do iconógrafo russo Krivotz. Seu interior é revestido de mármore, o mesmo usado no iconostácio, além de contar com fileiras de colunas marmorizadas com ornamentos dourados em estilo coríntio.

Passou por uma restauração que teve como foco principal a recuperação da fachada, a impermeabilização e o reforço da estrutura do teto e também o revestimento das cúpulas com lâminas de metal dourado.

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Integrante do grupo em visita a catedral.

3. ARQUITETURA ROMÂNICA

3.1 O que foi?

A Arte românica é o nome dado ao estilo artístico para designar as obras arquitetônicas na Europa nos séculos XI e XII, e que se manifestou nas grandes construções monásticas sob a influência da Ordem de Cluny. Foi uma arte que se inspirou nas formas e nas técnicas da Antiga Roma e que apresentou influências paleocristãs, bizantinas, islâmicas, celtas e germânicas.

O primeiro aspecto que nos chama atenção nas igrejas românicas é que elas são extremamente robustas e solidas seus aspectos mais significativo são utilização da abobada, dos pilares maciços que a sustentam e das paredes espessas com aberturas estreitas usadas com janelas. Daí vem o nome “Fortaleza de Deus”.

As igrejas românicas podiam ser construídas com dois tipos de abobadas as de Berço, consiste em um semicírculo ampliado lateralmente pelas paredes, que aparenta duas desvantagens: o excesso de peso do teto de alvenaria, que poderia resultar em sérios desabamentos, e a redução de luminosidade interna, resultante das janelas estreitas. A abertura de vão grandes era impossível pois enfraquecia as paredes e aumentava o risco de desmoronamento. E tinham as Abobadas Arestas criada para superar as limitações da abobada Berço consiste em uma intersecção em ângulo reto, de duas abobadas de Berço apoiadas sobre pilares, com isso tinham uma certa leveza e fazia com que a iluminação interna fosse maior. Como esse tipo de abobada exige um plano quadrado para se apoiar, a nave central ficou dividida em dois setores quadrados, esse aspecto refletiu na forma compacta de muitas igrejas românicas.

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Embora

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