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Formação do Mundo Contemporaneo

Por:   •  13/4/2018  •  5.097 Palavras (21 Páginas)  •  250 Visualizações

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A respeito da frase do intelectual Edward Said:

Todo império [...] começa dizendo a si e ao mundo que não é igual aos impérios do passado [...] que sua missão não é pilhar e controlar, mas sim educar e libertar”

ele se refere ao argumento que as potências europeias usavam para justificar a dominação nos continentes africano e asiático. Vale lembrar que o período foi marcado pela teoria evolucionista de Darwin, onde o mesmo afirmava que as espécies sofreram mudanças e por ventura se adaptaram ao meio. Então, usaram disso para consolidar a dominação imperialista dizendo que o europeu era uma raça superior aos negros e aos amarelos. Essa teoria foi denominada de “Darwinismo Social”. Então o Europeu afirmava que estava indo para esses continentes levar a civilização e o desenvolvimento. Diziam que os africanos e asiáticos eram uns selvagens. Isso fazia com que a opinião pública não ficasse contra o Neocolonialismo.

Outro fator importante foi que nesse período surgiram novas ciências como a sociologia, geografia, antropologia, entre outras para consolidar a dominação. Elas estudavam esses povos a fim de dar vantagem ao europeu. Misturando-os aos seus objetos de estudos que eram os nativos dessas regiões.

O grande problema do Neocolonialismo foi que a Europa ao invés de levar desenvolvimentismo, levou “somente” o desenvolvimento. Ou seja, criaram estruturas voltadas para a economia da região. Por exemplo, criaram ferrovias e ampliaram portos. Porém, a África e Ásia não tiveram recursos para aproveitar esses investimentos, então boa parte deles ficou abandonada. Além disso, a população local não tirou proveito dessa melhora estrutural ficando somente com os piores empregos. Se os Europeus levassem o desenvolvimentismo para a região investiriam paralelamente em saúde, educação e outros benefícios para a população. Assim os trabalhadores seriam capacitados a assumir altos cargos nas fábricas e a África e Ásia não seriam tão dependentes da economia europeia posteriormente.

No fim das contas, as potências europeias capitalistas que promoveram o neocolonialismo eram pouco diferentes dos antigos impérios ao longo da história, como o Romano e o Turco-Otomano. Eles dominavam regiões, e exploraram de acordo com seu interesse. Uma diferença é que eles tentavam mascarar suas ações. Uma relação de mão única onde somente um ganhava. O fato é que grande parte dos problemas enfrentados pela África e Ásia hoje se devem a “esses bons gestos” do europeu em ajudar o continente.

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3 ANALISE O CENÁRIO EUROPEU ANTERIOR À PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL. E COMO ELA RESULTOU NO CONFLITO EM QUESTÃO?

As principais causas da Primeira Guerra Mundial são de ordem econômica. Os impérios Europeus acirravam os ânimos entre si devido a busca de regiões ricas em matérias primas para suas indústrias e de mercados consumidores para os seus produtos industrializados.

Em meados do século XIX, pós a separação territorial pelo Congresso de Viena, via-se uma Alemanha dividida em vários reinos dispersos pela Europa. Os únicos fatores que ligavam esses diversos reinos, encabeçados pela Áustria e Prússia, principalmente, era a língua e a cultura. A necessidade de uma unidade política era clara, muitas regiões ainda viviam do sistema feudal, enquanto nações mais desenvolvidas e industrializadas já impunham o imperialismo em busca de mercados para seus produtos. A Prússia, industrializada, seria o ponto de partida, encorajada pelo Chanceler de Ferro, Otto Von Bismarck.

De forma semelhante, a Península Itálica estava dividida em vários reinos, que eram Estados independentes. Alguns destes reinos eram, inclusive, governados de forma autoritária por famílias reais da Áustria e da França. A Igreja Católica também tinha grande poder político em algumas regiões.

A região norte da Península Itálica, principalmente o reino de Piemonte-Sardenha, era muito mais desenvolvida do que o centro e o sul. Interessava à nobreza e, principalmente, à burguesia industrial que ocorresse a unificação, pois assim aumentaria o mercado consumidor, além de facilitar o comércio com a unificação de padrões, impostos, moeda, e outros.

A unificação alemã e italiana foi tardia comparada às outras nações europeias, levando um considerável atraso na corrida imperialista na áfrica e na Ásia. O choque de interesses entre as potências imperialistas se agravou com a entrada das mesmas na corrida imperialista. Alemães e italianos estavam insatisfeitos com a repartição do mundo colonial queriam uma redivisão dos territórios, embora o problema da perda terreno na disputa por colônias tenha sido causado pela unificação tardia.

Havia uma forte concorrência comercial entre os países europeus, principalmente na disputa pelos mercados consumidores. Esta concorrência gerou vários conflitos de interesses entre as nações. Ao mesmo tempo, os países estavam empenhados numa rápida corrida armamentista, já como uma maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro próximo.

No final do século do século XIX e começo do XX, as nações europeias passaram a investir fortemente na fabricação de armamentos. O aumento das tensões gerava insegurança, fazendo assim que os investimentos militares aumentassem diante de uma possibilidade de conflito armado na região;

A questão dos nacionalismos também esteve presente na Europa pré-guerra. Além das rivalidades históricas, havia o pan-germanismo e o pan-eslavismo. No primeiro caso era o ideal alemão de formar um grande império, unindo os países de origem germânica. Já o pan-eslavismo era um sentimento forte existente na Rússia e que envolvia também outros países de origem eslava.

Existia também, entre duas nações poderosas da época, uma rivalidade muito grande. A França havia perdido, no final do século XIX, a região da Alsácia-Lorena para a Alemanha, durante a Guerra Franco Prussiana. O revanchismo francês estava no ar, e os franceses esperando uma oportunidade para retomar a rica região perdida.

Ciente de que a França partiria para a revanche contra o seu país, o chanceler alemão Bismarck decidiu isolá-la. Inicialmente, a Alemanha aliou-se ao Império Austro-Húngaro, com o qual tinha estreitos laços culturais. Posteriormente, cortejou e conseguiu aliar-se à Itália. A França, por sua vez, reagiu ao isolamento em que se encontravam fazendo um acordo militar secreto com a Rússia, país que temia o avanço alemão

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