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Apontamentos Mundo Contemporâneo

Por:   •  13/5/2018  •  2.526 Palavras (11 Páginas)  •  363 Visualizações

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No campo da religião observamos uma laicização, ou seja, a separação da igreja da política. Os estados passam assim e ser laicos, colocando fim à relação de influência entre estes que caracterizava o mundo antigo.

Mas é apenas o mundo antigo que constitui o mundo contemporâneo? Não.

Visto que o mundo em que vivemos actualmente pode ser denominado de contemporâneo, mas tendo também em conta que o mundo não começou agora foram necessárias a criação de várias terminologias para diferenciar os diferentes mundos que contribuíram para a evolução do actual.

Começando pelo Mundo Antigo, mencionado acima, o Mundo Contemporâneo divide-se depois em dois mundos: o Mundo Moderno, que sucede o mundo antigo, e o Mundo Actual (Pós-Moderno), ou seja, o mais recente.

O Mundo Moderno surge na pós-revolução industrial inglesa, num período de indústria, de inovação, de descobertas práticas, não na tecnologia mas na técnica.

Economicamente passa a ser um mundo orientado pela capacidade de produção com os recursos que cada um tem, dando inicio à produção em massa, orientada pela lei da oferta e da procura; o que também dinamizou bastante o mercado de trabalho.

Politicamente este é marcado pela revolução francesa: pela democracia, a igualdade, a liberdade e a fraternidade.

Muito por alto, aquilo que diversifica o Mundo Moderno do Mundo Actual (pós-moderno) é a diversidade de modelos, a pluralidade na compreensão da realidade e as novas formas de produção e de conhecimento na segunda.

Ao passarmos do mundo moderno para o Mundo Actual (pós-moderno) deixamos de falar de técnicas e passamos a falar em tecnologia, que acaba por levar a crises de desemprego e económicas devido à automatização.

Politicamente são cada vez mais defendidos os modelos representativos e menos os direitos. O sistema democrático passa a ser praticamente imposto, internacionalmente.

Não existe nenhuma explicação sustentada para esta ter o nome de “pós-moderna”.

Mas apesar das diferenças entre o mundo antigo, o moderno e o actual existe ainda no mundo todos estes modelos. Eles coexistem connosco, existindo ainda países que se encontram em transição de um modelo para o outro. É por este motivo que não podemos caracterizar o mundo contemporâneo sem mencionar todos os modelos.

Ao longo dos tempos os modelos económicos têm também vindo a evoluir e, por conseguinte, a mudar. As Economias Antigas (séc. 16 – 17) baseavam-se na autoprodução para autoconsumo, não existindo acumulação. A ideia principal é retirar o maior benefício da relação custo-benefício, fazendo por vezes troca de produtos, em função das necessidades.

As economias antigas eram economias bastante básicas, de pequena dimensão, pouco hierarquizadas (não existindo muitas profissões), e não remunerada por ser meramente para consumo.

Com a revolução industrial surgiram as Economias Contemporâneas Modernas, marcando a passagem de economias simples, como as antigas, para economias complexas. Esta transição mudou o tipo e o processo de trabalho, as técnicas, quantidades e qualidades do produto, o padrão do consumo com o seu aumento, e os produtos produzidos passam a ser bens não perecíveis. Esta economia não é, claramente, uma economia focada no autoconsumo e portanto permitia enriquecer.

A Revolução Industrial é, portanto, um marco bastante importante na história, principalmente para as mudanças na economia. Esta aconteceu em Inglaterra durante o século 18, graças a traços caraterizadores:

- Política económica liberal* (que valoriza o investimento privado, na medida em que o estado não se sobrepõe aos investidores privados pois estes investem poupando ao estado a necessidade de o fazer);

*(por Adam Smith)

- Liberalização económica;

- Progresso técnico (investimento em máquinas);

- Aumento da produtividade a curto prazo;

- Valorização da propriedade privada;

- Ideia de expansão da produção exportando.

- Disponibilidade financeira*;

* Por parte da burguesia inglesa, que tinha mais posses do que a nobreza na época, devido às propriedades que possuíam no exterior/nas colónias).

A capacidade e vontade para investir com o objetivo de reinvestir para rentabilizar levaram à criação de fábricas (de pequena dimensão, mas de mão-de-obra intensiva e em terras que já possuíam), à aquisição de matérias-primas e máquinas e à contratação de mão-de-obra abundante e barata.

- Riqueza de matérias-primas e minerais*;

* Possuíam importantes reservas de carvão mineral, ferro, estanho e, principalmente algodão e lã que utilizavam na principal industria, a manufatureira.

- Abundância de mão-de-obra*;

* Devido a:

- Expansão demográfica com o êxodo rural;

- Trabalho feminino e infantil (em maior número por ser mais barato, ou seja, o ‘mais mal’ pago);

- Ausência de esquemas de proteção social, que justificam a falta de condições de trabalho (falta de contratos, trabalho precário);

- Elevada rotatividade, pela perda da posição de trabalho com uma grande facilidade.

Estas características deram origem a uma “Questão Social”, devido à falta de condições/estruturas para toda a população que se deslocou do meio rural para a cidade. A seriedade desta situação era tal que despertou uma série de suicídios pela dificuldade de enquadramento que parte da população encarou quando se deparou com a realidade que era a cidade.

Esta “Questão” era fora do comum pois o país encontrava-se num período de crescimento e não de crise.

- Evolução técnica* (fordismo, linhas de montagem, etc);

* Com esta evolução observou-se:

» Uma aplicação prática das recentes inovações ao processo produtivo

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