PARADIGMAS DO MUNDO CONTEMPORÂNEO E EDUCAÇÃO TRANSFORMADORA: CURRÍCULO E AVALIAÇÃO
Por: Carolina234 • 22/7/2018 • 3.898 Palavras (16 Páginas) • 633 Visualizações
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Key words: Educational Paradigms; Teacher Education; Teaching practice.
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- INTRODUÇÃO
Este projeto de pesquisa tem como finalidade mostrar que o paradigmas educacional é fundamental para uma aprendizagem crítica e transformadora. Porém para compreender melhor o que é um paradigma inovador e o que ocorreu para que muitos docentes desenvolvesse uma ação reprodutiva e fragmentada deve-se realizar uma investigação histórica a fim de identificar quais foram os paradigmas que caracterizaram a ciência e a educação.
Essa proposta requer um docente que possa superar o paradigma da fragmentação, buscando caminhos novos, com uma visão sistêmica, exercendo de forma significativa, no qual seu papel de mediador seja convincente e que possa colaborar para o desenvolvimento integral. No entanto, sabe-se que a instituição escolar e o educador devem e precisam estar preparados para realizar com efetividade o processo de mudanças na ação do educador.
Neste sentido, o paradigmas inovador procura estimular o aluno a ser reflexivo, investigador, pesquisador entre outros, surgindo um bom relacionamento dialógico com o docente, com os colegas, com a escola e o ambiente onde está inserido.
Os paradigmas da ciência influenciam todas as áreas do conhecimento, e de forma específica a Educação e por consequência a prática pedagógica e a formação de professores, surge a importância de estudar e aprofundar esta temática a fim de colaborar nas mudanças e transformações na Educação. Entende-se por paradigmas, de acordo com Moraes (1998) todos os modelos e padrões compartilhados por grupos sociais que permitem explicações de certos aspectos da realidade. A influência que estes paradigmas exercem na educação acarretam em buscar conhece-los identificar quais os desafios que um docente enfrenta hoje para garantir um aprendizado de qualidade. Um paradigma significa um tipo de relação muito forte, que pode ser de conjunção ou disjunção, que possui uma natureza lógica entre um conjunto de conceitos na concepção de Morin (1994). Também é importante considerar como afirmar Behrens e Oliari (2007) que a aceitação ou resistência a um paradigma reflete diretamente na abordagem teórica e prática da atuação dos profissionais em todas as áreas do conhecimento. Para Behrens e Oliari (2007) o ser humano edifica seus paradigmas e olha o mundo por meio deles, discerne entre o que é certo e errado, daí a importância do olhar dos pesquisadores e professores.
Neste sentido, reforça a importância do papel do educador e do contexto social na construção do conhecimento pelo o educando. No trabalho de Vygotsky,a dialética da mudança é clara: as atividades na sala de aula são influenciadas pela sociedade, mas ao mesmo tempo, podem também, influenciada. Como conclusão Hatano escreve:
Se nós queremos estabelecer uma concepção ou teoria de aquisição de conhecimento geralmente aceita, deveríamos estimular o diálogo (ou “poliágolo”) entre teoria ou programas de pesquisa. Esta prática pode nos conduzir ao fortalecimento de uma teoria pela incorporação de insights de uma outra o que pode algumas vezes ser considerado problemático. (Hatano, 1993: 163-1640).
Sendo assim, é importante dizer que o indivíduo e educador precisam estar preparados, pois vivemos hoje sob a crise do paradigmas moderno. Considera-se como ponto positivo para este trabalho de pesquisa o fato, de estarmos abordando um tema da atualidade e que tem despertado o interesse não só das instituições escolares, mas também da sociedade, em função da importância que esta prática para o ser humano. Diante desse propósito, torna-se primordial refletir sobre a importância do paradigmas do mundo moderno no ambiente escolar. Ao desenvolver esse trabalho de pesquisa, cuja função é propiciar e garantir uma aprendizagem, de qualidade e que ocorra com sucesso, torna-se necessário que o professor considere a organização de uma ação educativa que priorize o espaço necessário para uma educação transformadora.
Nesse sentido, a pesquisa está caracterizada como pesquisa bibliográfica, de caráter qualitativa, amparada em autores:Behrens, Oliari, Moraes entre outros.
Portanto, falar sobre o paradigma é relatar a importância da existência na atualidade.
2 RECORTE HISTÓRICO SOBRE PARADIGMAS EDUCACIONAL
O ensino das ciências no Brasil apresenta uma grande variação de paradigmas educacionais relatados pela História da Educação brasileira. A caminhada histórica paradigmática tem seu início no período que convencionaram denominar como Paradigma Tradicional da Educação. Este, segundo Behrens (2000, p.43), “caracteriza-se por uma postura pedagógica de valorização do ensino humanísticos e cultural geral”. Trata-se de uma escola que tem por objetivo preparar o intelecto, a partir de um conhecimento dedutivo cujos resultados são armazenados pelos pelos alunos que é neste contexto um receptor passivo dos conhecimentos e conteúdo preestabelecidos. O professor, neste contexto, é a fonte do saber e uma autoridade, é o responsável pela modelação dos alunos a partir de um conteúdo prévio e previsto. Logo, o conteúdo é apresentado como “pronto e acabado” e os alunos, em resposta, silenciam e acumulam informações (BEHRENS, 2003).
Por volta de 1930, no Brasil, aparece o Paradigma Escolanovista que se trata de uma pedagogia liberal- progressista e não diretiva fundamentada nos princípios de John Dewey (1959), que preconizava um aprendizado individualizado. Para tanto, a escola devia equilibrar tais necessidades individuais ao meio, proporcionando experiência vivenciadas. É o aprender a aprender. Além dos princípios de Dewey, fundamentava-se também nas teorias comportamentais da psicologia cognitiva como Gestalt, teoria do desenvolvimento de Piaget e freudianas entre outras (BEHRENS,2000; MIGUEL,2004).Behrens (2000) observa que está pedagogia foi proposta por Anísio Teixeira e concretizou em uma época bastante conturbada permeada por questões antagônicas de cunho político, econômico e social. Desenvolve-se dentro de um clima bastante democrático em que o professor tem um paepl de auxiliar das experiências propostas, priorizando o sujeito dentro do contexto social. A avaliação tem como tônica brindar o processo e não o produto, enfatizando a qualidade ante a quantidade (BEHRENS, 2000; GUIRALDELLI JR.,
2002).
Na década de 1970
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