O ASSITENTE SOCIAL E OS DESAFIOS DO MUNDO CONTEMPORANEO
Por: Salezio.Francisco • 27/4/2018 • 2.281 Palavras (10 Páginas) • 420 Visualizações
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A Filantropia em si é a ajuda que chega aos segmentos da sociedade civil onde a onde as políticas públicas não chegam, sendo um sistema alternativo para a situação de exclusão social[4]. No entanto com o Movimento de Reconceituação do Serviço Social o termo Assistencialismo foi eliminado das ações da prática do Serviço Social predominando assim a Assistência Social.
Em meados de 1930 as políticas sociais no Brasil decorrem por muitos momentos históricos e políticos em que o Estado cria as instituições assistenciais encontrada na Carta Constitucional de 1934 em que o mesmo controlava e determinava normas e diretrizes das práticas assistenciais.
Não havia uma compreensão da pobreza por parte do Estado sobre as “expressões da questão social”, e com a expansão do capitalismo a pauperização[5] da força de trabalho os cidadãos mais fragilizados eram assistidos pela praticas assistências de benemerência e a pobreza era tratada como disfunção individual.
Com as transformações ocorridas na sociedade no mundo do trabalho devido a tais as condições de precariedade dos trabalhadores que trabalhavam de 12 a 16 horas por dia, dormindo e se alimentando em péssimas condições sanitárias e ambientais.
Durante o período da ditadura do Estado Novo (1937/1945) no governo de Getúlio Vargas que se criou o Conselho Nacional de Serviço Social (CNSS) sendo primeira grande regulação da assistência social no país que atuava como órgão consultivo do governo e das esferas privadas e também de estudar os problemas do Serviço Social, seu intuito era centralizar e organizar as obras assistenciais públicas e privadas.
Sendo desta forma, são nesse momento que se confirmam as relações entre o Estado e segmentos da elite, que vão verificar a competência do Estado em conceder auxílios e subvenções (auxilio financeiro) as organizações da sociedade civil destinada à benemerência[6]. Em 1942 é criada, a LBA (Legião Brasileira de Assistência) surgindo a partir de um sentimento patriótico de Darcy Vargas (esposa do presidente Getúlio Vargas) reunindo as senhoras da sociedade, com o objetivo de atender as famílias dos pracinhas[7] combatentes da FEB- Força Expedicionária Brasileira da 2ª Guerra Mundial.
Segundo Sposati (2004) essa ação da LBA traz para a assistência social o vínculo emergencial e assistencial, marco que predomina na trajetória da assistência social. Ao longo do tempo a LBA (Legião Brasileira de Assistência) promoveu vários programas de assistência a pobreza, mas somente em 1976 começou a trabalhar no campo da assistencial, e para desenvolver essas funções busca auxilio nas escolas de Serviço Social, pois precisava de apoio técnico e o Serviço Social na época estava se firmando e precisava se legitimar enquanto profissão.
Em 1969, a LBA é transformada em fundação e vinculada ao Ministério do Trabalho e Previdência Social, tendo sua estrutura ampliada e passando a contar com novos projetos e programas. Durante a ditadura militar foi realizado o Seminário de Reconceituação do Serviço Social em Petrópolis com a participação de 33 especialistas e o CBCISS (Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviços Sociais ) no intuito de criar novos programas fugindo, então do caráter assistencialista.
Em 1985 no governo do presidente José Sarney, executa-se um quadro de reformas institucionais, visando o desenvolvimento econômico e social e marcado por grande pressão social. Em 1988 foi criado pela Constituição de 1988 LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social) pela Constituição Federal sendo um marco da história da assistência social, em nosso país. O LOAS ( Lei Orgânica da Assistência Social) regulamentaram artigos constitucionais e deu início a uma trajetória de conquistas e avanços, no campo dos direitos para nossa população.
Com caráter assistencial o LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social)foi instituído com o objetivo de garantir aos idosos carentes com renda mensal inferior a ¼ de salário mínimo, uma renda mensal de um salário mínimo para sua sobrevivência.
Condições de trabalho e a luta dos Assistentes Sociais no Mercado Brasileiro.
O Assistente social tem sua profissão regulamentada pela Lei n° 8.662 de 7 de Junho de 1993.Os últimos dez anos, é visível a expansão dos cursos de graduação em Serviço Social no Brasil dados do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS),em 2006 com 65 mil assistentes sociais registrados nos Cress.Já em março de 2011 o número havia saltado para 102 mil ,ou seja em cinco anos ocorreu um crescimento de 56% de profissionais inseridos no mercado de trabalho. Tal crescimento só pode ser compreendido no contexto da crise do capital,que busca novos nichos de acumulação e pela evolução” das políticas públicas.
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O mercado de trabalho para os Assistentes Sociais vem sendo gradativamente ampliado nos últimos cinco anos no Brasil A prestação de serviço social é uma das mais promissoras tendências do mercado de trabalho. O Assistente Social pode atuar nas áreas de Assistência Social Publica: Órgãos de Bem Estar Social: Secretarias Municipais e Estaduais de Assistência Social, Centros de atendimento em situação e risco social, Saúde Pública ou Privada, Previdência Social, Área empresarial como indústrias, Habitação, Educação, Área Sócio-Jurídica, Movimentos Sociais Populares, Terceiro Setor, Conselho de Políticas Públicas, ensino e Pesquisa em serviço Social.
No Setor Público temos as seguintes possibilidades de atuação: saúde, educação, da justiça e da seguridade social entre outras, executando políticas públicas sociais como representante técnico desses órgãos, exemplo, na administração central (em ministérios ou centros regionais de segurança social) e local (nos serviços municipais de habitação, de ação social, de educação, ação cultural ou de saúde etc.). No atendimento direto ao indivíduo, podem trabalhar em hospitais, centros de saúde, serviços de apoio a escolas, centro de formação profissional, estabelecimentos prisionais, centros de apoio à infância, à juventude, aos idosos, entre outras.
No Setor Privado o Assistente Social pode atuar na área de recursos humanos, no gerenciamento, planejamento estratégico, relações interpessoais, qualidade de vida do trabalhador, treinamentos organizacionais, elaboração ou implantação de projetos, programas de prevenção de riscos. Podendo trabalhar em fábricas, indústrias, clinicas particulares, escolas privadas, centros de pesquisa.
No Terceiro Setor:
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