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Fichamento O milagre Brasileiro

Por:   •  8/5/2018  •  1.257 Palavras (6 Páginas)  •  354 Visualizações

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O governo buscava encontrar mecanismos que legitimassem o regime como necessário para completar o processo de restabelecimento da ordem econômica e política ameaçada, assumindo então, um formato autoritário, para o sucesso no campo econômico. O governo também procurava superar o subdesenvolvimento de modo que fosse possível diminuir a distância entre o Brasil e os países desenvolvidos. “Para alcançá-los até o fim do século XX, precisaria crescer pelo menos 7% ao ano, incorporar as tecnologias mais modernas aos segmentos mais dinâmicos da sociedade e integrar segmentos e regiões atrasados ao núcleo mais moderno da economia.” (p.221).

Em 1971 o I Plano Nacional de Desenvolvimento (I PND) propunha por meio de elevadas taxas de crescimento, transformar o Brasil em “nação desenvolvida”, sendo essa a principal marca do “milagre” econômico. Dessa forma, “a expressão ‘milagre brasileiro’ passou a ser usada como sinônimo de BOOM econômico observado desde 1968 – e também como instrumento de propaganda do governo” (p. 219). “No entanto, o que ocorreu foi uma mudança da prioridade de combate a inflação à necessidade de crescimento para esvaziar a oposição ao regime militar por meio da adoção de certas linhas de ação. “O combate a inflação deixou de ser feito através da contenção creditícia e passou para a esfera do controle de preços dos segmentos não competitivos da economia, de forma a levá-los a reduzir progressivamente suas margens de lucro à medida que aumentavam suas vendas.” (p.224)

Com as medias de política econômica, o crescimento do Produto Industrial foi sempre maior ao Produto Interno Bruto, e os maiores resultados foram obtidos pelo comércio exterior, que cresceu mais rápido do que o PIB, criando um novo quadro para o comércio exterior. “A política cambial foi radicalmente alterada com a introdução do regime de minidesvalorizações cambais, desaparecendo o risco de uma alteração brusca no valor externo da moeda nacional e facilitando o cálculo econômico de prazo mais longo.” (p. 226)

Portanto, o aumento de importações foi maior do que das exportações, fazendo com que a balança comercial fosse levemente negativa em 1971 e 1972, desse modo, com o financiamento do déficit de transações corrente fácil naquela conjuntura, o endividamento externo não foi visto como um problema, pois para o governo, era destinado a financiar a expansão de negócios do setor privado.

No governo Médici, a ideia de que estava em processo a construção de um “Brasil Potência” passou a ser a principal propaganda do governo para sua legitimidade, que mudou do plano político para o plano econômico. Assim, criticas à estratégia de desenvolvimento econômico permitiram “a constatação de que a distribuição de renda tinha piorado no Brasil na década de 1960 e as denúncias dos economistas da oposição mostraram que este era o calcanhar-de-aquiles do governo.” (p.231)

No entanto, a desigualdade da distribuição foi a combinação de ganhos relativamente pequenos nos grupos de renda próximos ao salário mínimo, e de ganhos extremamente elevados nos grupos de renda alta. Desse modo, os economistas Prado e Earp concluem que o milagre econômico foi produto de uma confluência histórica, no qual significa que condições externas que seriam favoráveis reforçaram espaços de crescimento pelas reformas conservadoras no governo Castelo Branco. Desse modo, o “Milagre Econômico Brasileiro” foi produto de uma confluência de fatores, sendo internos ou externos.

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