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ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO II – 4º FLEX e 5º SEMESTRES (REGULAR) – OBSERVAÇÃO E INTERVENÇÃO PRÁTICA NAS SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Por:   •  9/11/2018  •  7.374 Palavras (30 Páginas)  •  330 Visualizações

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A memória esta ligada á lembranças do passado, á construção do sentido, esta vai falar das certezas, do sagrado imutável. Esta longe de ser como nos discursos patrimoniais de grupos sociais, “um dever social” ou “um dever de nada esquecer”, mas diz respeito á uma vontade genuína, cheia de vida, de realizações identificações no jogo de lembranças e esquecimentos.

A História se constitui de operações de análise do passado aberta á dúvidas e críticas, considerando o passado como algo impossível de recuperar em sua totalidade, conseguindo tirar deste uma representação imperfeita e parcial. Sintetizando então: “A memória é um absoluto e a História só conhece o relativo” (NORA, 1993, p. 9). No desafio de diálogo dos dois campos a História vale-se da memória como fonte para desenvolver suas operações de análise do passado.

Ao analisar os livros didáticos de História, com pesquisas realizadas em 16 coleções, do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, num total de 64 livros concluiu-se que: o ensino de Historia é tópica, pouco desenvolvida, limitada ao aluno do 6º ano, os procedimentos relativos ao campo da história são secundários, cuja visão possui uma narrativa acontecimal e absoluta. A memória é secundarizada, sem pontes com o universo sensível do aluno, às vezes silenciada, evidenciando a dissonância entre texto base e exercícios. Percebeu-se a simples citações bibliográficas no livro do professor, onde se deveria ir além para fortalecer o processo para educação da memória. Outros pontos á destacar:

- Em 87,5% contra 12,5%, já traz uma tendência positiva de maior discussão sobre os conceitos de história nos livros didáticos, embora ainda de forma pontual, fragmentada e sem continuidade nos demais anos de ensino, deixando também as práticas, do ensino da memória á margem.

-Em 25% contra 75%, traz uma ausência de tematizações sobre memória, nos livros didáticos pesquisados em 2011.

-No que diz respeito ao diálogo entre História e Memória nos livros;

6,25% ignoram; 50% das coleções não tratam os dois campos como complementares ou distintos, mas sinônimos; 12,5% aceitam distinção entre os campos, mas sem análise aprofundada, apenas mencionando no 6º ano , sem uma continuidade nos anos seguintes, em 18,75% não se discute e relação entre História e Memória, apenas usa-se alguns artifícios de tratamento( legendas,imagens,textos, etc.)

-em 50% dos manuais do professor é encontrada a tematização entre Historia e Memória, mais do que nos livros didáticos.

- A discussão sobre a relação dos dois campos em questão, nos manuais do professor pesquisados, há ausência em 50%, em 37,5 % há uma discussão formal e 12,5% reflexiva. De maneira formal os manuais do professor, insistem em uma narrativa explicativa, sem gerar problematizações que potencializem o debate de temas.

Os autores dos livros didáticos dão pouca projeção à discussão entre história e memória, preocupando-se apenas as narrativas do passado, valorizando somente os conteúdos históricos, separado dos sentidos de mediação pedagógica.

O saber histórico escolar, “Não pode entendido como mera e simples transposição, de um conhecimento maior, proveniente da ciência de referencia e que é vulgarizado pelo ensino.” Enfim, a memória é um campo que precisa ser explorado dentro do ensino da história, apesar da indiferença nas coleções analisadas; a história é composta de debate, divergências e variações de ponto de vista, e não um espelho fiel do passado. Na construção do conhecimento, as operações de memória estão fortemente arraigadas, não devem ser descuidadas e nem isentas de problematizações. Concluindo:

- Muitos autores não dimensionam o lugar de historia e memória, enquanto campos distintos.

- Ainda há nos livros didáticos de historia no Brasil, uma perspectiva de historia totalizante e integrada, preocupada na erudição dos fatos históricos, sem a formação do pensamento histórico, que gera uma posição intelectual diante do mundo.

Ressalta-se a memória como mecanismo, que permite a criança, jovem e adulto, conscientizar-se de seu lugar no mundo e na história, ativando rastros memórias e sentido naquilo que o constitui como pessoa em sua trajetória de vida; reencontrando assim outros rumos para o estudo da História.

2- ANALISE DO TEXTO DOS PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II (5ª A 8ª SÉRIES)

Objetivos gerais:

A disciplina de História no ensino fundamental tem como objetivo fazer com que os alunos compreendam a sua realidade, confrontem esta com outras realidades históricas, e assim orientar suas ações. Estando aptos para:

-identificar relações sociais, em seu grupo, localidade, região, país; em outros tempos e espaços;

-situar fatos históricos, e fazê-lo em uma multiplicidade de tempos;

-reconhecer interdisciplinaridade do conhecimento histórico;

-saber da conexão entre história individual e coletiva;

-conhecer e respeitar outras culturas, grupos, culturas, manifestações políticas, sociais e econômicas;

-questionar a realidade, identificar modos de ação na sociedade civil e meios políticos institucionais;

-dominar pesquisas, elaboração de textos, a análise de fontes (iconográficas matérias e escritas);

-valorizar o patrimônio sócio cultural, respeitar a diversidade social;

-respeitar o direito dos povos e grupos, o seu direito de cidadania, diferenças e lutas contra a desigualdade.

Conteúdos e Intenções:

-formar intelectual e culturalmente os estudantes;

-fazê-los conhecer as diversas sociedades historicamente constituídas,relevando as suas múltiplas temporalidades;

-mostrar a integração de historias: individuais e coletivas, na História;

Nos conteúdos o professor deve problematizar o mundo social em que ele e o aluno vivem , buscando relações na problemática

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