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Carl Phillip Emanuel

Por:   •  30/4/2018  •  12.045 Palavras (49 Páginas)  •  323 Visualizações

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Índice

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- 1Biografia

- 1.1Primeiros anos

- 1.2Berlim

- 1.3Hamburgo

- 2Obra

- 2.1Visão geral

- 2.2Música para teclado solo

- 2.3Música orquestral

- 2.4Música de câmara

- 2.5Música sacra

- 2.6Canções

- 3Instrumentista e professor

- 4Fortuna crítica e legado

- 5Referências

- 6Ver também

- 7Ligações externas

Biografia[editar | editar código-fonte]

Primeiros anos[editar | editar código-fonte]

[pic 6]

Retrato de Bach realizado por seu primo Gottlieb Friedrich Bach em torno de 1733

Carl Philipp Emanuel Bach nasceu em Weimar em 8 de março de 1714, como o segundo dos filhos de Johann Sebastian Bach com sua primeira esposa, Maria Barbara Bach, que era sua prima.[1] Embora seu pai seja universalmente conhecido como "Bach", neste artigo o nome "Bach" remeterá sempre a Carl Philipp Emanuel. Ao contrário da sua música, que vem sendo intensamente estudada, sua biografia está ainda cheia de lacunas. Escassa correspondência de caráter pessoal sobreviveu, outras fontes coevas quase só mencionam seu trabalho musical e a autobiografia que deixou é muito breve e imprecisa.[2][3]

Bach fazia parte de uma família que há gerações vinha dando músicos notáveis. Seu pai hoje é tido como um dos maiores gênios da música ocidental, vários de seus irmãos foram músicos talentosos, e teve como padrinho um famoso compositor, Georg Philipp Telemann. Sua mãe faleceu quando ele tinha seis anos, mas o pai casou novamente e sua madrasta, Anna Magdalena Wilcke, como toda a família Bach, tinha pendor musical. Bach cresceu, pois, em um ambiente saturado de música, revelando seu próprio talento muito cedo. Em 1720 o pai mudou-se para Leipzig, um dos maiores centros culturais da Alemanha, onde Bach foi matriculado na escola da Igreja de São Tomás, da qual o pai havia se tornado kantor.[1]

A partir dos quinze anos começou a participar regularmente dos concertos organizados por seu pai tanto na Igreja como na sociedade musical do Collegium Musicum, e passou a servir também como secretário e copista para o pai.[4] Depois de receber a formação básica, em 1731 ingressou na Universidade de Leipzig para estudar Direito.[1] Sobre sua vida antes de chegar a Leipzig nada se sabe a não ser que começou a receber treinamento musical do pai. Nesta cidade começou a compor, sobrevivendo desta fase dez sonatas para teclado, uma suite, dois concertos e sete trios.[5]

Em 1733 Bach tentou empregar-se como organista em Naumburg. Não teve sucesso, mas a tentativa mostra que sua educação musical já estava completa. No ano seguinte transferiu-se para Frankfurt a fim de continuar seus estudos superiores na Universidade Viadrina, graduando-se em 1738, mas então decidiu abandonar este caminho profissional, determinado a devotar-se completamente à música. Em Frankfurt dirigiu a apresentação de várias obras vocais e instrumentais, chamando a atenção da corte.[1]

Berlim[editar | editar código-fonte]

Ainda em 1738 mudou-se para Berlim, onde provavelmente logo entrou para o serviço de Frederico, príncipe herdeiro da Prússia, mas só foi oficialmente efetivado após sua subida ao trono em 1740 como Frederico II, mais tarde chamado O Grande, que rodeou-se de intelectuais e artistas e manteve uma corte brilhante, sendo ele mesmo um bom flautista e compositor de algum mérito. Para ele Bach dedicou em 1742 uma de suas primeiras composições importantes, um ciclo de seis sonatas para teclado.[1] O rei deve tê-lo estimado muito, uma vez que lhe pagava um dos mais altos salários entre os músicos da corte. Frederico tornou Berlim uma das mais importantes capitais da Europa, e a nobreza e a burguesia acompanhavam o interesse da corte pela arte, criando condições para um grande florescimento cultural, onde a música ocupava um lugar de destaque.[6]

[pic 7]

Detalhe de pintura de Adolph von Menzel mostrando Frederico II tocando flauta acompanhado por Bach

Em 1744 Bach casou-se com Johanna Maria Dannemann, filha de um comerciante de vinho, que lhe daria três filhos: Johann Adam (1745–1789, mais tarde conhecido como Johann August), que se tornou advogado, Anna Carolina Philippina (1747–1805), que levou adiante os negócios que herdaria do pai, que incluíam uma editora de partituras, e Johann Sebastian (1748–1778), que tinha talento para a pintura mas faleceu ainda jovem em Roma.[1][7]

O trabalho de Bach na corte era principalmente dar aulas a outros músicos e tocar teclado, muitas vezes como acompanhador do próprio rei. Suas obrigações oficiais não eram excessivamente pesadas e lhe davam tempo para participar de um crescente número de concertos públicos, e provavelmente organizou vários deles, além de dedicar-se privadamente e com muito afinco à composição, uma atividade que não fazia parte das atribuições de seu emprego. A Guerra dos Sete Anos, iniciada em 1756, que transtornou o cotidiano de Berlim e praticamente suspendeu as atividades culturais da corte, parece ter sido a principal perturbação de uma rotina que transcorreu com tranquilidade, alternando-se entre a capital e Potsdam, a residência de verão da corte.[1] Pôde também fazer algumas viagens para outras cidades, como Buckeburgo, Hamburgo, Eisenach, Gotae Cassel, onde apresentou obras suas e estabeleceu contatos com parentes e figuras influentes da nobreza. Ao mesmo tempo, era frequentemente convidado para saraus e debates culturais realizados nas casas de Christian Gottfried Krause, o mais representativo membro da escola de lieder de Berlim, do crítico musical Friedrich Wilhelm Marpurg, e do compositor e musicólogo Johann Philipp Kirnberger.[7]

Durante os primeiros quinze anos em Berlim compôs principalmente sonatas e concertos para teclado e algumas peças de música de câmara, principalmente trio sonatas. Mais tarde diversificou

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