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AS IMPLICAÇÕES DA TEORIA DE CARL RANSOM ROGERS PARA A EDUCAÇÃO

Por:   •  3/7/2018  •  1.400 Palavras (6 Páginas)  •  328 Visualizações

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Para ser um bom facilitador, Rogers (1991) delimita algumas qualificações. A primeira delas seria a autenticidade, uma qualidade que irá fazer com que o facilitador adquira o respeito de seus educandos, mas para isso faz-se necessário que este encontre essa autenticidade consigo mesmo, ou seja, permitir-se ser sincero consigo mesmo, expor suas dificuldades, limites e tolerância para seus alunos, pois só assim poderá mostrar para eles que é uma pessoa comum e que tem sua própria história de vida.

A segunda qualidade é o apreço, a aceitação e a confiança. Nesse processo o educador terá carinho pelos estudantes, considerará suas ações e reações, aceitando-os como pessoas reais, sabendo que esses alunos possuem qualidades e defeitos e que sempre estarão em busca de suprir seus desejos e ansiedades, como qualquer outro de ser humano (ROGERS, 1991).

A terceira e ultima qualidade é a compreensão empática, na qual o facilitador deixará todos seus pré-juízos suspensos para poder compreender o seu educando, fazendo com que a aprendizagem seja mais eficaz. A empatia enquanto habilidade tem fundamental importância, pois é através dela que o educador poderá ver seu educando como um ser com o seu próprio ponto de vista, podendo passar a entendê-lo e, consequentemente, conseguir maior aproximação tanto no aspecto de aprendizagem, quanto em uma relação interpessoal de ser humano para com ser humano. A empatia consiste em acreditar nas potencialidades do educando, aceitando os questionamentos por ele feitos e confiar nesse individuo (ROGERS, 1991).

Rogers (1991) afirma que o ser humano já nasce com uma tendência realizadora, portanto o que deve ser resgatado no aluno é a tendência que lhe foi retirada a partir desse sistema tradicional de ensino no qual ele está inserido. De acordo com o mesmo autor, o papel do facilitador não será prejudicar a grade curricular de uma escola, mas sim disponibilizar recursos que possam está aguçando a curiosidade desses alunos, sendo assim eles irão buscar se aperfeiçoar ainda mais nos conhecimentos. Outro aspecto importante é a avaliação, Rogers (1991) diz que o aluno não deve ser avaliado pelo professor, pois o aluno fará parte desse processo de aprendizagem proposto pelo educador, a fim de que esse aluno possua uma auto avaliação responsável, ou seja, a ter as condições necessárias de se avaliar, determinado se seus objetivos foram alcançados e, para isso, torna-se indispensável que haja um contrato entre educador e educando.

Partindo de todo esse contexto é que se pode explicitar as implicações no domínio da educação a partir do processo de aprendizagem visto pelos olhos da Abordagem Centrada na Pessoa. A primeira é a necessidade de se alcançar a aprendizagem significativa, pois as escolas só passam a ter essa iniciativa quando se encontra cheia de problemas, portanto só é repassado aquilo que é necessário para o aluno, não o estimulando a buscar mais conhecimento (KERR, 2005).

A autenticidade do professor não é um processo fácil, em muitos casos para conseguir deixar os juízos de valor de lado faz-se necessário um exercício diário, que se mostra compensatório, pois faz com o educador lide com os pré conceitos que existem nele e, dessa forma, ele torna-se congruente, estando pronto para acolher os alunos em suas individualidades, produzindo assim o melhor desenvolvimento do processo de aprendizagem (KERR, 2005).

- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Um dos mais importantes aspectos para tentar estabelecer uma nova forma de olhar a escola, o aluno e o professor é partir da ideia de que o ser humano vive em um constante processo de mudanças. Para isso, o professor deve ter essa consciência perante aos seus alunos de que ele, assim como os alunos, também estará perpassado por essas mudanças.

Essa proposta de aprendizagem da Abordagem Centrada na Pessoa não será tão fácil e nem tão rápida de ser instaurada em um espaço educativo, já que o permitir que o educando organize seus conhecimentos precisa ultrapassar grandes barreiras para ser plenamente entendido dentro da proposta da abordagem e aceito no corpo docente e na organização da escola.

Muitos dizem que a teoria de Rogers para educação torna-se um tanto utópica, idealista, mas também é de extrema importância que os profissionais e todas as pessoas que estão envolvidas com o aluno nesse processo de aprendizagem permitam-se esta abertura para olhar essa nova forma de educação, sempre tendo em vista o aperfeiçoamento desses indivíduos enquanto alunos e seres humanos.

REFERÊNCIAS

ALVES, R. A alegria de ensinar. São Paulo: Papirus, 2000.

KERR, E. M. Concepção de Carl Rogers Sobre a Aprendizagem. São Paulo: Universidade São Judas Tadeu, 2005.

MOREIRA, M. A. Teorias de Aprendizagem. São Paulo: EPU, 1999

ROGERS, C. Liberdade de aprender

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