POSSÍVEIS RELAÇÕES ENTRE A NÃO-LOCALIDADE QUÂNTICA DA MECÂNICA QUÂNTICA E O INCONSCIENTE COLETIVO DE CARL GUSTAV JUNG
Por: Carolina234 • 26/3/2018 • 18.261 Palavras (74 Páginas) • 389 Visualizações
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Palavras-Chave: Psicologia Analítica, Física Quântica, Paradigmas, Não-localidade,
Inconsciente coletivo.
ABSTRACT
It was accomplished in this work a bibliography research to obtain informations about the concepts of the analysis of possibles relations between: non-locality, arising from the Quantum Physics, and Collective Unconscious, from the Analytical Psychology of Carl Gustav Jung. Throughout the work it is done a comparison between the paradigma newtonian-cartesian still present in the contemporary science and the quantum paradigma originary of the first half of the XX century. Foremost is presented in distinct chapters a detailed description about both of the concepts and the respective domains of them, the Analytical Psychology and the Quantum Physics. And finally in the last chapter and conclusion, it was possible to discover that is not only possible to identify resonance amongst quantum non-locality and the concept of collective unconsciousness of Carl Gustav Jung, as consider about the possibles reverberations of this type of thinking system – the quantum paradigma – in the reconfiguration of not only the way of thinking the human, in the reach of psychology and subjetivity – but in the own reality and Life.
Key-words: Analytical Psychology, Quantum Physics, Paradigmas, Non-locality, Coletive
Unconscious.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 11
2 INCONSCIENTE COLETIVO E PSICOLOGIA ANALÍTICA 13
3 NÃO-LOCALIDADE E FÍSICA QUÂNTICA 26
4 INCONSCIENTE COLETIVO E NÃO-LOCALIDADE QUÂNICA: Aproximações
Possíveis 37
5 CONCLUSÃO 48
REFERÊNCIAS 53
ANEXO A – Experimento da Dupla Fenda 55
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1 INTRODUÇÃO
Assim como o filósofo grego Parmênides (515 a.C – 445 a.C) que, a cerca de um milênio e meio atrás, traz a ideia de que Tudo é Uno no Universo, Carl Jung, em seu livro A dinâmica do Inconsciente: Sincronicidade resgata esta proposta integradora: “Graças a sua natureza microcósmica, o homem é filho do céu; isto é, do macrocosmo.” (JUNG, 2013, p.82).
Caminhando pelo viés de uma abordagem integradora e holística este é um trabalho que teve como objetivo compreender a relação entre o conceito de não-localidade quântica da mecânica quântica e o conceito de inconsciente coletivo da Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung. Esta monografia se constitui uma pesquisa qualitativa em que, para alcançar seus objetivos, foi feita uma pesquisa bibliográfica utilizando-se do método hipotético dedutivo em suas análises e conclusões relativas ao tema deste trabalho.
Para tal, este trabalho foi dividido da seguinte forma: o segundo capítulo teve como foco apresentar a Psicologia Analítica do psiquiatra e psicólogo suiço Carl Jung, abordando de maneira detalhada o Inconsciente Coletivo, objeto de estudo deste trabalho e também um dos conceitos mais polêmicos e ousados da ciência que estuda a alma (a psicologia).
O terceiro capítulo trata exclusivamente do tema da Física Quântica, relatando um pouco de sua história, alguns de seus princípios básicos, além de fazer uma breve explanação com relação à revolução trazida por este advento ímpar, assim como as implicações transformadoras advindas deste novo paradigma, principalmente no que tange o conceito de não-localidade da mecânica quântica.
Finalmente, o quarto capítulo estabeleceu as possíveis relações entre os dois conceitos chaves apresentados anteriormente: o inconsciente coletivo e a não localidade quântica. São abordados, portanto, os pontos de similaridade entre estas duas concepções teóricas oriundas de ciências distintas, mas que apresentam também fortes ressonâncias e, portanto, pontos em comum.
Concluindo este trabalho, no que se refere ao descentramento do sujeito cartesiano por Stuart Hall, procurou-se incluir a Psicologia Analítica e a Física Quântica como contribuição para a ampliação da concepção de subjetividade, da realidade e da vida. No que se refere a Teoria Junguiana, expandiu-se a discussão apresentada na monografia, trazendo em cena os conceitos de unus mundus e de sincronicidade. Ainda na conclusão, é feita uma análise dos resultados obtidos após esta pesquisa de conclusão de graduação em psicologia, expandindo as possíveis relações não apenas entre a Psicologia Analítica e a Física Quântica, mas entre
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esta e outras ciências, como é o caso da Biologia, ciência em que já surgem novos modelos que ajudam num desdobramento para outros patamares de compreensão da Vida (além das concepções paradigmáticas convencionais). Antes de finalizar, porém, são trazidas possíveis repercussões do paradigma quântico na teoria e prática em psicologia.
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2 INCONSCIENTE COLETIVO E PSICOLOGIA ANALÍTICA
Parafraseando Stein (2006), o que se propõe neste capítulo, é a tentativa de esboçar, de forma sintética, uma fração do mapa proposto por um dos grandes pioneiros, exploradores e cartógrafos da alma humana, Carl Gustav Jung. A psique é o território, o universo desconhecido a que Jung se aventurou a explorar. E sua teoria sobre a psique humana é o mapa proposto por este pesquisador. “Para ele – como para nós ainda – a psique humana era um vasto território e, no seu tempo, não tinha sido muito estudada.” (JUNG apud STEIN, 2006, p.12).
Uma introdução de uma parte do mapa de Jung para a psique é o que aqui é apresentado. Um recorte específico, tendo em vista a enorme extensão da obra deste grande pensador, o que, de qualquer forma, já irá ajudar na compreensão do que vem a ser a Psicologia Analítica desenvolvida por Carl Jung. Será destacado, especialmente para o que se propõe este estudo, aquilo que vem a ser um dos conceitos chaves de sua obra: O Inconsciente Coletivo.
Inicialmente deixo aqui uma observação em destaque do presidente da Associação Internacional de Psicologia Analítica:
[...] Jung era sempre cuidadoso a respeito do
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