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A Historia da Química

Por:   •  4/12/2017  •  2.094 Palavras (9 Páginas)  •  280 Visualizações

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torno de 1000 a.C. obteve-se mercúrio de seus minérios e descobriu-se que ele se dissolvia vários metais, formando amálgamas. A douração (aplicação de ouro sobre superfícies de bronze ou prata) era um dos principais empregos das amálgamas. A partir dos anos 700 a.C., desenvolveu-se a cunhagem de moedas, que ajudaram na organização das sociedades e no intercambio entre povos da época. No Quadro 1 é apresentada a divisão da História em períodos relacionados com o desenvolvimento das operações metalúrgicas.

Nome da Idade Período Estimado Conhecimentos e Operações

COBRE 6000 a.C. a 3000 a.C. Inicio das operações metalúrgicas, utilização de ouro e cobre nativos, uso da prata e das ligas de ouro e prata, obtenção de sobre e chumbo a partir de seus minérios, desenvolvimento de técnicas de fundição.

BRONZE 3000 a.C. a 1200 a.C. Isolamento de estanho a partir de seus minérios, preparação de diferentes tipos de bronze e sua utilização na produção de utensílios e espelhos, introdução da fole nas operações de fundição.

FERRO 1200 a.C a Início da Era Cristã Produção de aço, cunhagem de moedas, uso de amálgamas.

Quadro 1: Relação das “Idades” ou “Eras” com o desenvolvimento de conhecimentos.

Uma das grandes dificuldades enfrentadas pelo homem pré-histórico residia na obtenção e conservação de alimentos. Sem um meio de conservar os alimentos obtidos, geralmente através da caça , o homem se via na necessidade constate de obter mais alimentos. As primeiras informações existentes sobre conservação de alimentos envolve a técnica de salga de carnes com sal marinho obtido diretamente da agua do mar, depois a defumação de carnes, que permitiu conservá-las por longos períodos de tempo, e a utilização de produtos gasosos da queima de enxofre como desinfetante. A descoberta da fermentação permitiu a produção de cerveja em torno 6000 a.C., de vinhos de tâmara e de uva em 4000 a.C. e de vinagre.

A alquimia surgiu em cerca 300 d.C. em Alexandria, no Egito, é um período muito citado quando se tenta retratar a evolução histórica da Química. Quando buscamos informações sobre o desenvolvimento da Química encontramos referencia à Alquimia; e assim quando vamos analisar as informações que a caracterizam encontramos muitos aspectos que podemos considerar sim, como potenciais contribuintes para o desenvolvimento da Química. Os alquimistas se inspiraram nas concepções gregas sobre a constituição da matéria e do Universo para tentar buscar a Pedra Filosofal e o elixir da longa vida. Assim, os alquimistas, possuíam como meta transformar metais menos nobres em ouro, desenvolver uma substancia que fosse capaz de curar todos os males e prolongar o tempo de vida do homem, ambos poderiam ser alcançados se os alquimistas obtivessem a “pedra filosofal”. Pode-se considerar que a busca dos alquimistas não fossem por algo material, e sim por algo ligado à alma, algo espiritual e místico. Muitas técnicas desenvolvidas e utilizadas pelos alquimistas e o acumulo de informações do período da Alquimia contribuíram para a constituição da Química como Ciência. Muitas vidrarias utilizadas hoje e algumas técnicas experimentais são originarias na Alquimia. São da época da Alquimia o uso de algumas técnicas de destilação, o desenvolvimento de vários aparelhos como fornos e fornalhas especiais, o projeto de diversas vidrarias para processar reações químicas.

A descoberta de diversas substâncias também ocorreu na Alquimia, como por exemplo, a descoberta do acido acético e do acido clorídrico.

Duas correntes de pensamento sobre a constituição da matéria dividiam os gregos, a Teoria dos quatro elementos e o Atomismo. A abordagem empregada nestes dois modos de descrição do mundo natural era baseada no raciocínio ao invés do empirismo, não se preocupando com a verificação pratica de suas hipóteses e conclusões. A primeira teoria (teoria dos elementos) propunha que a matéria seria divisível ate o infinito, e que as substâncias eram formadas pela combinação dos quatro elementos fundamentais, terra, fogo, agua, ar. Cada um destes elementos, por sua vez, seria formado por duas de quatro qualidades: quente, seco, frio e úmido. As combinações destas quatro qualidades, duas a duas, dariam origem a seis pares distintos, mas dois deles são incompatíveis – quente/frio, seco/úmido- pois um corpos não pode ser ao mesmo tempo quente e frio, ou seco e úmido. Cada par de qualidades definiram um elemento: para se transmutar um elemento em outro seria necessário operar sobre uma das qualidades do par.

A teoria atômica defendia que a matéria seria divisível até um determinado ponto e a partir deste ponto seria indivisível. Estes blocos indivisíveis seriam os “átomos” e as substancias seriam formadas pela combinação dos átomos. Dessa forma, um substancia solida é dura pois seus átomos estariam muito entrelaçados e presos por ganchos e uma substancia liquida seria mole, porque seus átomos seriam lisos e redondos.

Mas a Idade Média foi uma época em que o homem tinha seu espírito muito preocupado com a salvação e a divindade. A teoria atômica, por ser uma teoria materialista, não teve sucesso. Pois o Atomismo foi condenado pela Igreja católica, enquanto a teoria dos quatro elementos tinha o apoio da mesma. Somente no período da Renascença, quando o homem volta a ter um pensamento mais humanista, é que as concepções atômicas são valorizadas.

Aos quatro elementos essenciais da matéria (fogo, terra, água e ar) foram incorporados, pelos alquimistas, o enxofre e o mercúrio. A teoria do “enxofremercúrio” postulava que todo tipo de matéria era composta por proporções diferentes de enxofre e mercúrio. “O enxofre era associado à “combustibilidade” e o mercúrio à “metalicidade”. Para os alquimistas, a matéria poderia ser obtida a partir da combinação desses elementos. Com base nesse pensamento, os alquimistas tentaram sintetizar vários metais, a partir do mercúrio e do enxofre.

No século XVI, outro principio foi incorporado ao enxofre e mercúrio, o sal, esse ultimo, acrescentado por Paracelso. Assim continuaria o mercúrio responsável pelo brilho metálico, o enxofre pela combustibilidade; e o sal seria responsável pela estabilidade. Essa teoria dos três princípios perdurou ate o surgimento da Química Moderna, quando se passou a discutir a constituição da matéria com base nos diversos e numerosos elementos químicos.

O “sonho” da Alquimia foi abandonado no século XVI na Europa, onde os pesquisadores resolveram partir para caminhos mais úteis e realistas,

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