A CULTURA POP ART
Por: Rodrigo.Claudino • 18/7/2018 • 1.661 Palavras (7 Páginas) • 393 Visualizações
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Uma das imagens em que Warhol retribui a industrialização em massa em forma de mídia que viaja oceanos se torna a imagem da Coca-Cola, produto popularmente famoso, com uma das propagandas mais bem produzidas, este se tornou o ícone da industrialização americana. O produto chave para a vida dos americanos, quem naquele período, ou até o presente, não adoram a Coca-Cola e seu sabor viciante? Tornou-se a imagem da juventude, dos lares, e das festas, foi se transformando como uma avalanche, o contrário de uma sociedade que vivia nos temores da guerra, as propagandas da Coca-Cola demostravam que a vida se tornava mais feliz com uma bebida gelada:
[pic 2]
Large coca-cola
Naquele período as massas estavam se transformando em indivíduos de consumo, e quanto mais compravam, mais se desejava comprar, e essa foi uma das maiores críticas do movimento da Pop Art, principalmente nos Estados Unidos, que produzia grandes quantidades de objetos que fazia parte do cotidiano da população, coisas que se tornaram insubstituíveis, fazendo parte do que era de mais importante para o cotidiano. O que Padrós irá destacar sobre o bem estar social era a performance que fazia com que esse bem estar se tornasse uma maneira de consumismo e de poder aquisitivo comercial. Muitas pessoas achavam a propaganda normal e importante para se conhecer os produtos em destaque naquele momento, e mesmo que algumas estivessem distantes e incomodadas com esse capitalismo exagerado, não se deixava de fazer parte daquilo que estava acontecendo no país. Os hippies queriam uma utopia de valores, uma liberdade expressa em drogas e bebidas, em roupas coloridas e festas desenfreadas, os festivais de rock, tudo se relacionava com a economia, a compra das drogas, das bebidas, as produções dos shows. Mesmo que estivessem fugindo desse mundo, não se deixava de fazer parte dele.
Assim, a Pop Art de Warhol, que se destacava pela apresentação de produtos industrializados, a realização de propagandas em prol dele e sua crítica por trás de todos os meios de consumo, se tornava um produto do meio industrializado. Ele criou e recriou, as latas da sopa Campbell em representação da luxúria de poder de elementos industrializados, pela presença da garrafa da Coca-Cola atentando para a bebida mais famosa do momento e para o fervor das frivolidades tão importantes para a produção em massa. Devemos perceber que esse período de mudanças pós-guerra trouxe ao mundo uma mutação de valores, as massas começaram a irem as ruas, lutaram por seus direitos e a cultura expandiu de uma forma astronômica. Podemos compreender essas mudanças como maneiras de representação de uma nova vida, aquela que seus valores mudariam, seria a base para uma nova sociedade. E ela precisava dessa mudança para se sustentar.
Dizer que o capitalismo exagerado não foi importante deve ser o maior erro cometido, pois assim como ele foi ruim, ele trouxe muitos benefícios para o mundo, um deles foi a transformação social, as mudanças cientificas, o pensamento em repensar as tecnologias criadas para a guerra. Os novos artistas que traziam ideias diferentes das já existentes, a cultura pop, com seus desafios em proporcionar expressões em forma de imagens do que a vida lhes mostrava, pelo capitalismo e suas adversidades. Músicas irreverentes, filmes trazendo temas sociais. E a Pop Art se incluía em tudo ao seu redor, descrevia o capitalismo nas suas cores e formas, os artistas em seus ideias vazios e solitários, as capas dos discos de músicas, as roupas coloridas, e tudo que se voltava para o diferente do já conhecido. A Pop Art fez e ainda faz parte da cultura de massa da vida das pessoas ao qual se voltam para ela a procura de expressões do mundo ao qual fazemos parte.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:
PADRÓS, Enrique Serra. Capitalismo, prosperidade e Estado de Bem-Estar Social. In: REIS FILHO, Daniel Aarão; FERREIRA, Jorge & ZENHA, Celeste (Organizadores). O século XX. V.2: O tempo das crises: Revoluções, fascismos e guerras. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000, p. 227-266.
PIMENTA, David Monteiro. A criatividade e a pop art- o caso de Andy Warhol. Instituto universitário de Lisboa- 3013.
-https://www.academia.edu/4435165/A_Criatividade_e_a_Pop_Art_-_O_caso_de_Andy_Warhol
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