POSSÍVEL SOLUÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DA REGIÃO DA ZONA DA MATA DE ALAGOAS
Por: Juliana2017 • 23/4/2018 • 2.649 Palavras (11 Páginas) • 325 Visualizações
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De acordo com CANABRAVA (1981) no mesmo período, a produção de açúcar das Antilhas – introduzida no Caribe, pelos holandeses que haviam sido expulsos do Nordeste no século XVII – sofria um processo de modernização com a introdução de novas variedades vegetais, nova maquinaria industrial, métodos de fabricação inovadores, com o aproveitamento do bagaço para produção de energia; além da criação de novos produtos, gerando um diferencial de qualidade e preço que permitiu à região caribenha, bem próxima do centro consumidor europeu, suplantar a produção nordestina.
Em meados do XIX aumenta a pressão da concorrência externa, tanto já tradicional açúcar antilhano, feito de cana, como do açúcar europeu, produzido a partir da beterraba. No plano regional, os engenhos não conseguiam responder a estagnação desencadeada pelo o fim da escravidão e pela falta de estrutura e tecnologia de fabril e agrícola, que originavam níveis baixos de produção industrial e agrícola e ocasionavam a produção de um açúcar de péssima qualidade.
Instala-se uma crise no setor açucareiro nordestino, então o Estado entra em ação para modernizar produção e viabilizar a exportação. O governo 1875 decide transformar os velhos banguês em unidades industriais avançadas (engenhos centrais), numa alternativa que buscava a especialização, separando as atividades agrícolas das industriais e favorecendo a introdução de inovações tecnológicas. Com a idéia de aumentar a produção nos dois setores e baixando o custo de produção do açúcar, e assim tornando o açúcar do nordeste mais competitivo no mercado internacional.
Essas tentativas de modernizar a produção refletem o período de transição entre os antigos banguês e as modernas usinas. Porem os donos de engenho temendo perder o controle completo sobre o complexo produtor continuou a moer cana nos seus banguês. Os engenhos centrais foram derrotados pela instabilidade na produção de matéria-prima, por não poderem contar com o fornecimento regular de cana a preços que tornassem o açúcar competitivo, não vingam e, em seu lugar, surgem às modernas unidades industriais integradas.
As usinas resolvem esse problema que ao plantar suas próprias canas e ao comprar de fornecedores a outra parte de seus insumos, diferenciando socialmente, desde então a classe dos banguezeiros entre os que se transformaram em usineiros industriais e proprietários de terras e os que ficaram como fornecedores de cana. Deste modo o autor Perruci (1978) menciona que a usina representa consolidação do capital industrial e financeiro no campo, que, a partir de agora, passa a controlar sozinho todo o processo econômico do açúcar, desde plantação da cana até a distribuição para o mercado, passando pela a fase industrial.
Posteriormente a usina substituiu o projeto dos engenhos centrais e superou a produção dos banguês em 1922/1923, por ter mais capital e maiores condições de incorporar os avanços tecnológicos, oferecia um maior rendimento industrial e a capacidade de introduzir algumas inovações como a irrigação, a seleção de mudas e os novos processos de trabalho.
Foram criadas varias comissões de interesses para os usineiros uma delas foi à comissão de defesa do açúcar criada em 1931, com isso os usineiros ainda insatisfeitos criaram um órgão federal para tratar dos problemas da atividade açucareira que foi o (IAA) instituto do açúcar e do álcool. A superintendência de desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) foi um privilégio para o Nordeste principalmente a Alagoas que teve o beneficio dos diversos programas agrícolas, tendo o objetivo de atender aos grandes produtores, algumas medidas tomadas tiveram um grande impacto na estrutura produtiva desativando algumas usinas do Nordeste em que estimulou a concentração das terras e do capital da atividade canavieira.
- Impactos ambientais e socioeconômicos causados pelo o cultivo da cana-de-açúcar.
A partir do século XVIII com a Revolução Industrial ocorreram diversas mudanças no planeta, foram mudanças socioeconômicas e ambientais. Através desse processo de evolução agravaram os problemas ambientais e sociais. Desde a época colonial que o estado de Alagoas produz cana-de-açúcar e foi nessa produção que se tombou o desenvolvimento do estado, mas o cultivo dessa monocultura causa diversos impactos sociais, econômicos e principalmente ambientais. Esses impactos causados pela a produção de cana podem ser de pequena ou grande importância.
Os principais impactos ambientais causados pela produção da cana são: A queima e a emissão de gases que intensificam o aquecimento global; Emissão de compostos nitrogenados pela queima; Perda da biodiversidade com as queimadas; Contaminação do solo e dos recursos hídricos com o uso de produtos químicos e desmatamento das matas para o plantio da cana ou expansão da produção.
Desde o Império, a agroindústria da cana-de-açúcar traz consigo três impactos socioeconômicos negativos característicos da monocultura: concentração fundiária, concentração de renda e condições desumanas de trabalho notadamente do cortador de cana.
Os impactos socioeconômicos que ocorre por conta do cultivo da cana são muitos graves, porque os trabalhadores desse setor são totalmente explorados, pois são submetidos a viverem em condições de miséria dentro da própria usina ou em regiões próximas onde reside, e ainda tem um imenso desgaste físico, isso tudo para poder ganhar em média três reais por tonelada de cana cortada. E ainda existe o problema da concentração de terras e de renda que forma os grandes latifúndios que existe no estado de Alagoas.
Capítulo 2 - Possível solução para o Desenvolvimento Econômico da Região Da Zona da Mata de Alagoas
O desenvolvimento, distinto do crescimento econômico, cumpre esse requisito, na medida em que os objetivos do desenvolvimento vão bem além da mera multiplicação da riqueza material. O crescimento é uma condição necessária, mas de forma alguma suficiente para se alcançar a meta de uma vida melhor, mas completa para todos.
Em vez de buscar sempre o crescimento do PIB, o objetivo maior se torna promover a igualdade e maximizar a vantagem daqueles que vivem nas piores condições, de forma a reduzir a pobreza, fenômeno vergonhoso, porquanto desnecessário, do nosso mundo de abundância. A mudança dos padrões de consumo e dos estilos de vida deve levar em conta que o desenvolvimento é a construção de uma civilização do ser na partilha igualitária do ter.
Salienta
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