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Teorias sociologicas do envelhecimento

Por:   •  26/2/2018  •  1.449 Palavras (6 Páginas)  •  397 Visualizações

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ou incompetente.

A Terapia de Reconstrução Social é uma espiral sugerida pelos formuladores da teoria para oferecer apoio ambiental e encorajar o aumento do senso de competência. Com base nessa perspectiva teórica, foi desenvolvido um modelo de intervenção para dar suporte às dificuldades familiares resultantes da dependência de seus membros idosos. Verificou-se que o uso do modelo de intervenção contribui para a redução do desamparo de todos os envolvidos.

Por último, Siqueira apresenta as teorias de segunda e terceira geração que aliam o nível individual (micro) e macrossocial. Dentre as de segunda geração, a autora cita as Teorias da Troca, Estratificação por Idade e Político-Econômica; dentre as de terceira geração, a Teoria Feminista do Envelhecimento, a Teoria Crítica e a Teoria do Construcionismo Social.

A Teoria da Troca foi desenvolvida na década de 1930 a partir de um modelo econômico-racional de decisão comportamental que apresenta a vida social como uma coleção de indivíduos envolvidos em trocas sociais. A teoria aborda o aspecto de que o idoso tende a se afastar das interações sociais porque possui menos recursos (exemplos: renda, escolaridade/educacional, saúde) em comparação aos mais jovens. A continuação na interação seria onerosa para o grupo jovem. Somente o idoso que dispõe dos recursos necessários continuaria mantendo interações sociais. Uma nova dimensão no estudo do envelhecimento é acrescentada por esta teoria,ao introduzir a análise das interações sociais entre o idoso e outros grupos etários.

A Teoria da Estratificação por Idade fundamenta-se no estruturalismo funcional e nas teorias psicológicas do desenvolvimento. A teoria propõe: estudo do movimento das coortes de idade através do tempo para identificar similaridades e diferenças entre elas; o estudo da assincronia entre as mudanças estruturais e mudanças individuais através do tempo; o estudo da interdependência entre as coortes de idade e as estruturas sociais. A teoria recebe críticas principalmente por excluir a possibilidade da ação individual na construção de experiências de envelhecimento.

As Teorias Feministas do Envelhecimento surgiram na década 1970 e destacam os seguintes aspectos: gênero deveria ser o principal enfoque nas tentativas de compreensão do envelhecimento e do indivíduo idoso; Gênero constitui-se num princípio organizador para a vida social, durante o curso da vida; as principais correntes e modelos teóricos do envelhecimento falham por não incluírem as relações de gênero e as experiências das mulheres no contexto do envelhecimento. Essas teorias analisam a rede social, os cuidadores e familiares de idosos, os significados sociais e as identidades no processo de envelhecimento. As teorias abordam questões relevantes do cotidiano das mulheres e fornecem subsídios para intervenção na população idosa, bem como apontam para as desvantagens que as mulheres podem sofrer na velhice pelo fato de que os programas de bem-estar social estão baseados em modelos masculinos de participação na força de trabalho formal e não contemplam o trabalho doméstico e informal das mulheres.

A Teoria Crítica tem seus fundamentos na tradição teórica européia, representada pela escola de Frankfurt e por pensadores como Horkheimer, Adorno, Habermas, Husserl e Schultz. É influenciada também pela abordagem políticoeconômica de Marx e pelo pós-estruturalismo de Foucault. As dimensões estrutural e humanística são focalizadas pela teoria, que apresenta como base para a investigação gerontológica os conceitos de poder, ação social e significados sociais. Esses conceitos abrangem os seguintes aspectos: a subjetividade e a dimensão interpretativa do envelhecimento; a práxis, entendida como envolvimento em ações que visem mudanças, tais como propostas de políticas públicas para a população idosa; a importância da união entre acadêmicos e profissionais,através da práxis, para produção de conhecimento que enfoque o envelhecimento como processo emancipatório; a necessidade de crítica ao conhecimento já existente, à cultura e à economia vigente para a criação de modelos positivos de envelhecimento que ressaltem a força e a diversidade do processo. Apesar da teoria apresentar limitações, ela traz importantes contribuições na dimensão humanística, enriquecendo o debate das questões associadas ao envelhecimento.

A Teoria do Construcionismo Social vem sendo recentemente usada na pesquisa no campo do envelhecimento. A teoria se apóia no interacionismo simbólico, na fenomenologia, na etnometodologia e em Max Weber (Bengnston et al. 1997). A teoria destaca como conceitos principais as questões de significado social, das realidades sociais e das relações sociais no envelhecimento, das atitudes perante a idade e o envelhecer, dos eventos de vida e sua temporalidade.

As críticas principais em relação à teoria são de que, ao focalizar o individual,ela não considera

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