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RESUMO DO TEXTO MODERNIDADE, RACIONALIDADE E EDUCAÇÃO: A RESCONSTRUÇÃO DA TEORIA CRÍTICA POR HABERMAS

Por:   •  25/12/2018  •  1.413 Palavras (6 Páginas)  •  428 Visualizações

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na compreensão habermasiana: a reflexibilidade e o entendimento imanente. Os atos da fala possuem caráter do entendimento pois, para se colocarem em comunicação entre si, emissor e interlocutor devem estabelecer uma relação de reciprocidade, isto é, de entendimento em busca do consenso. Em síntese, o entendimento depende de que haja uma compreensão semelhante acerca de uma expressão linguística. A reflexibilidade, por seu turno, reside no fato de o significado da expressão poder ser questionado e a explicitação das razões do enunciado torna-se possível pelo caráter auto-reflexivo da linguagem.

Em Habermas, a Teoria da Modernidade é parte integrante da Teoria da Ação comunicativa. Na concepção de modernidade, o autor conserva viva a ideia iluminista da evolução da aprendizagem no processo da organização social; considera que, à semelhança do desenvolvimento individual (Piaget), as sociedades têm a capacidade do aprendizado , superando princípios de organização mais simples e menos eficazes e atingindo princípios mais complexos e universais; identifica um progressivo descentramento nos planos social, cultural e da personalidade, decorrentes da introdução e do desenvolvimento evolutivo de processos argumentativos.

Na leitura que empreende, Habermas procura explicar que, apesar das patologias existentes na modernidade, mantém-se o processo de emancipação na história da humanidade. A racionalidade comunicativa continua presente e a evolução da autonomia e da independência individual e coletiva apresenta-se como uma possibilidade.

Habermas tem a preocupação de desenvolver uma teoria capaz de levar a humanidade a superar as patologias identificadas, considerando que realizar o diagnóstico é parte importante mas não suficiente de uma teoria crítica. Para ele, a teoria crítica deve indicar as possibilidades teóricas e metodológicas que permitam a transformação da realidade existente.

A RECONSTRUÇÃO DA EDUCAÇÃO COM BASE EM HABERMAS

O estudo sobre a organização da escola e do processo de como nela se produzem e reproduzem o conhecimento e as ações sociais é um foco rico para o entendimento a para a transformação da prática sociopolítica atual.

A escola, para Habermas, apenas um sistema entre sistemas; ela é uma instância social em que confluem a racionalidade sistêmica e a racionalidade comunicativa. No seu interior, ocorrem processos e procedimentos que decorrem do mundo sistêmico e outros que provêm do mundo da vida. A proposição pedagógica de Habermas não é a eliminação de um processo pelo outro, mas a reconstrução da conexão entre ambos através de operação de validação em que ocorra a problematização de ambos e a constituição de um consenso por meio da argumentação.

A postura habermasiana é de colocar tudo sob “suspeita crítica” (significa gerar a resistência política contra conexões funcionais do saber praticado, que pode apresentar equívocos), de reconstruir o conhecimento e a própria realidade valendo-se de experiências concretas dos indivíduos pela mediação da linguagem.

A teoria habermasiana aponta para o trabalho cooperativo, multidisciplinar. A multidisciplinar implica um esforço dos seres humanos de buscarem, em ações comunicativas, explicações e respostas, teóricas e práticas, para os problemas que se apresentam no mundo da vida.

Habermas reconhece que o agir comunicativo, especialmente no interior das instituições, não é imune às capacidades diferenciadas de articulação argumentativa dos participantes da ação.

Para Habermas, os seres humanos não são portadores de consciências, mas de competências comunicativas; pela ação comunicativa, os seres humanos podem agir sobre as estruturas significativas e transformá-las.

São pelo menos cinco as razões que devem levar-nos a considerar a importância da Teoria Crítica de Habermas para a educação:

1- É uma teoria que rechaça a noção positivista de racionalidade, objetividade e verdade que introduz um conceito ampliado de racionalidade, muito frutífero para a análise e a compreensão da realidade social atual, como é o caso da educação. Ademais, não tem apenas um interesse técnico de resolver os problemas mas vê as ciências sociais como uma oportunidade de realização da emancipação dos participantes;

2- A ciência social crítica depende dos significados e das interpretações dos participantes: as proposições dos teoremas críticos devem estar fundamentadas na linguagem e na experiência de uma comunidade auto-reflexiva e satisfazer os critérios de autenticidade e comunicabilidade;

3- A ciência social crítica institui processos de auto-reflexão que têm como propósito distinguir ideias e interpretações ideológica e sistematicamente distorcidas das não distorcidas;

4- Propõe expor e superar aqueles aspectos sociais que frustram a relação racional;

5- É uma teoria prática , pois procura levar os indivíduos, em situações concretas, a superar suas dificuldades e frustrações.

A pedagogia

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