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Resumo texto "Nação e Civilização nos Trópicos" (Manoel Salgado)

Por:   •  20/3/2018  •  1.484 Palavras (6 Páginas)  •  793 Visualizações

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a 15 de dezembro de 1849. De suas novas instalações, no Paço da Cidade, simbolizam um nova começo para a vida da entidade e marcam nitidamente um aprofundamento de suas relações com o Estado Imperial. A partir daquela data, o imperador, cuja presença nos trabalhos do IHGB limitava-se até aquele momento às reuniões anuais comemorativas de sua fundação, passa a ter uma presença assídua e participante, contribuindo desta forma para a construção da imagem de um monarca esclarecido e amigo das letras.

As mudanças foram essenciais para o processo de alargamento, consolidação e profissionalização do IHGB. A perspectiva de englobar na instituição estudos de natureza etnográfica, arqueológica e relativos às línguas dos indígenas pode ser explicada a partir da historia partilhada pelos intelectuais que a integravam. Presos ainda a concepção herdada do iluminismo, de tratar a historia quanto um processo linear e marcado pela noção de progresso, nossos historiados empenhavam-se na tarefa de explicitar para o caso brasileiro essa linha evolutiva. Com esses conhecimentos seria uma forma de se ter acesso a uma cultura estranha, cuja inferioridade em relação a “civilização branca” poderia ser através de um argumentação cientifica , como pretendiam, explicitada e este mesmo instrumental capacitaria o investigador da história brasileira a recuperar a cadeia civilizadora, demonstrando a inevitabilidade da presença branca como forma de assegurar a plena civilização.

Será em torno da temática indígena que se treva um acirrado debate em que a literatura de um lado e a história de outro, argumentarão sobre a viabilidade da nacionalidade brasileira estar representada pelo indígena.

Influencia do Institut Hisrorique de Paris, fundado em 1834, que manterá contato durante os primeiro anos de vida do IHGB.

“com a história é possível aprender de forma a não se comprometer a marcha do progresso social. História vista segundo sua instrumentalidade para a compreensão do presente e encaminhamento do futuro, princípios tão caros também àqueles que no Brasil se lançaram à tarefa de escrever uma história nacional.”

O instituto seria nas palavras de Januário da Cunha Barbosa, a luz a retirar a história brasileira de seu escuro caos 28, superando uma época percebida e vivida como necessitada de "Luz e Ordem".

Mais interessante é, contudo, a constatação de que esse papel é legitimado no interior da elite letrada imperial, o que contribuirá para uma progressiva difusão e homogeneização do "projeto nacional" no seio deste grupo social.

A historia é vista como um meio indispensável para forjar a nacionalidade, fica claro o projeot da instituição de trabalhar com a geografia, cada uma dessas matérias forneceria os dados imprescindíveis para a definição do quadro nacional.

A leitura da história enquanto legitimaçãp do presente, carregada, portanto, e sentido político, é sem dúvida um aspecto importante do projeto historiográfico do lHOB. O historiador, na qualidade de esclarecido, deveria indicar o caminho da felicidade e realização aos seus contemporâneos: fiéis súditos da monarquia constitucional e da religião católica.

O texto de Von Martius propõe uma forma de tratar cada um dos três grupos étnicos formadores, a seu ver, da nacionalidade brasileira, e inicia valorizando os estudos relativos aos indígenas, com a perspectiva de integrar à história nacional os conhecimentos por eles veiculados. Certamente a atuação do elemento branco, através de seu papel civilizador, será particularmente sublinhada, resgatando especialmente importância dos bandeirantes e das ordens religiosas nesta Tarefa desbravadora e civilizatória. O elemento negro com o fator de impedimento para civilização.

A premiação outorgada ao trabalho expressa a concordância do lHGB com este projeto, que estará também presente no sentido dado por Varnhagen à sua obra histórica. Ou seja: a idéia da história nacional como forma de unir, de transmitir um conjunto único e articulado de interpretações do passado, como possibilidade de atuar sobre o presente e o futuro. A Nação como unidade homogênea e como resultado de uma interpretação orgânica entre as diversas províncias, este o quadro a ser desenhado pelo historiador. enfocando a relação entre escravidão negra e civilização do país. Sua argumentação - aliás, uma posição cada vez mais presente no interior da instituição aponta no sentido de imputar à escravidão negra a responsabilidade pelo atraso do país na corrida da civilização, procurando ao mesmo tempo resgatar a figura do indígena como possível solução para a questão da mão-de-obra no país – Identidade física da Nação, possibilidades de exploração econômica do território e integração das regiões mais distantes ao eixo de poder do Estado Nacional são alguns aspectos desse relatos de viagens e explorações que podem indicar possíveis relações desse tema com

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