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APONTAMENTOS DO TEXTO “BASE E SUPERESTRUTURA NA TEORIA DA CULTURA MARXISTA”

Por:   •  16/3/2018  •  1.026 Palavras (5 Páginas)  •  536 Visualizações

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E. P. Thompson

O objetivo do texto de Thompson é demonstrar para o seu leitor porque ele está em desacordo com muitos autores marxistas e também não marxistas que tem como tema de estudos a formação das classes e a consciência de classe. Para Thompson:

- Classe é uma categoria histórica, ou seja, deriva de processos sociais através do tempo.

- No entanto, vários estudos tomam a classe como objeto de estudo de maneira abstrata.

- Dessa forma abstrata de pensar a noção de classes deriva um conceito estático tanto do ponto de vista social como histórico, ou seja, a classe como categoria histórica torna-se excluída.

- Alerta Thompson que esta forma abstrata e estática de pensar a noção de classes e de consciência de classes tem ganhado cada vez mais as pesquisas de estudiosos marxistas, à exceção da tradição histórica marxista, em especial os da velha geração.

- Segundo Thompson, classe como categoria historiográfica vem sendo difundida com dois significados diferentes. O primeiro como referência ao conteúdo histórico correspondente, que pode ser empiricamente comprovado, tais como as instituições de classe, partidos de classe, culturas de classe, etc. No segundo, “como uma categoria heurística ou analítica, recurso para organizar uma evidência histórica cuja correspondência direta é muito mais escassa”.

- A noção de luta de classes é, para o autor, um termo muito mais relevante que simplesmente classe. Luta de classes, necessariamente traduz um conceito histórico furtado ao termo classe, já que o termo luta de classe implica um processo histórico, e talvez por isso, muitos tem dificuldades em usá-lo. Ao mesmo tempo, deixa claro que classes não existem como entidade separada de luta de classes.

- As classes se delineiam “segundo o modo como homens e mulheres vivem suas relações de produção e segundo a experiência de suas situações determinadas no interior do conjunto de suas relações sociais, com a cultura e as expectativas a eles transmitidas e com base no modo pelo qual se valeram dessas experiências em nível cultural”.

- Falsa consciência é um termo, para Thompson, destituída de significados. Não há nenhum sentido em dizer que uma classe em seu conjunto tem uma consciência verdadeira ou falsa.

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