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A Ética e Contemporaneidade

Por:   •  28/6/2018  •  3.275 Palavras (14 Páginas)  •  314 Visualizações

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Liberdade é uma expressão de uma necessidade de poder tornar-se pessoa. A liberdade reside então, na própria atitude do homem de assumir-se e assumir o processo de realizar. Só teremos ética tendo liberdade.

Dimensão ética é o domínio da ação voluntária e intencional orientada pelos princípios, visando a dignificação e o aperfeiçoamento dos seres humanos. Não é função da Ética formular juízos de valor quanto à prática moral de outras sociedades, mas explicar a razão de ser destas diferenças e o porquê de os homens terem recorrido, ao longo da história, a práticas morais diferentes e até opostas. A Ética não pode, absolutamente, estar vinculada à pedagogia do medo, à punição, mas sim à autonomia do cidadão em escolher servir à sociedade, solidariamente. Falar de ética é falar de convivência humana. São os problemas da convivência humana que geram o problema da ética. Há necessidade de ética porque os seres humanos não vivem isolados. Há necessidade de ética porque há o outro ser humano.

Segundo o sociólogo francês Michel Maffesoli, a ética não diz respeito apenas à reflexão de cunho filosófico sobre problemas morais nem ao que rege a conduta de grupos particulares, mas a valores, hierarquias de valores, princípios, normas e hábitos que orientam as ações do homem no contexto de suas múltiplas relações.

Segundo Aristóteles só nos tornamos justos praticando a justiça, moderados agindo com moderação e assim sucessivamente para tudo o que se refere ao que chamamos de virtudes. A aprendizagem da ética, portanto, se dá pelo envolvimento em situações que nos exijam sermos justos, respeitosos, solidários ou não egoístas. É um processo que só termina quando deixamos de existir.

A ética se transforma à medida que lida com hábitos, normas e valores que estão em constante processo de mudança, pois nada permanece o mesmo no curso da história nem são criados da mesma forma pelas diferentes sociedades humanas. E a cada geração enfrenta-se novos e próprios problemas éticos/morais e não há como medir se um retorno ao que é considerado ético em determinado contexto histórico é mais grave que outros, ocorridas em contextos diferentes. Em um mundo globalizado e influenciado pelas mídias, a velocidade com que as informações são massificadas dão a impressão de que as ações desrespeitosas que agridem a dignidade humana estão por toda parte e ocorrem a todo momento. São tais ações, e não as que contribuem para harmonizar convivência humana, as que merecem maior destaque nos noticiários. Comportamentos considerados não éticos tornam-se mais populares do que comportamentos éticos.

Ética é uma construção humana, portanto, sujeita a muitas imperfeições. O importante, porém, não é querer inventar modelos perfeitos que sirvam de guia e, sim, procurar melhorar os mecanismos que regulam as relações ser humano/sociedade, visando reduzir as distâncias que põem os indivíduos em conflito.

A sociedade vive na atualidade uma redescoberta da ética, havendo exigências de valores morais em todas as instâncias sociais. Essa situação não ocorre por acaso, ela surge, pois, a sociedade passa por uma crise de valores identificada da seguinte forma – pelo senso comum falta de decoro (código de conduta), de respeito pelos outros e de limites. Pelos estudiosos as dificuldades dos indivíduos internalizarem normas morais, respeito às leis e regras sociais.

Deve-se ensinar aos jovens e as crianças como se comportar diante das situações da vida, pois elas pertencem a todos os grupos sociais como: a família, a escola, o grupo comunitário dentre outros. Nenhum desses agentes possui, exclusivamente, a obrigação de formar eticamente o caráter das mesmas, mas todos têm importantes contribuições a dar, mesmo quando fornecem orientações conflitantes. À medida que isso ocorrer, será necessário deixar claro os problemas das diferenças e não simplesmente indicar o que é o certo e o que é o errado.

O processo de ensino é sem dúvida muito difícil, pois, exige dos que se propõem a ensinar não só proporcionar situações para que as crianças e os jovens vivenciem as questões éticas, como também repensar nas suas próprias condutas e as orientações que dão para eles.

A vida humana é construída em torno da moral, pois, ela se estrutura em torno de valores. Nossas ações das mais simples as mais complexas pressupõem escolhas que são feitas a partir do valor que elas tenham para nós. Os valores morais são exclusivos do ser humano por se pressupor que este é responsável pelo que faz consciente. São valores morais a justiça, honestidade, integridade e responsabilidade.

Consciência é uma qualidade da mente considerando abranger qualificações tais como subjetividade, autoconsciência, sapiência e a capacidade de perceber a relação entre si e um ambiente. Consciência Moral manifesta-se antes de tudo, na capacidade para deliberar diante das alternativas possíveis, decidindo e escolhendo uma delas antes de lançar – se na ação. O conceito de valor exprime uma relação entre as necessidades do indivíduo e a capacidade das coisas e seus derivados, objetos de serviços em se satisfazer. Fundamentos motores do agir humano dando dinâmica do agir.

Outros aspectos que envolvem a Ética que são a escolha ou alternativa que consiste num processo mental de pensamento envolvendo o julgamento dos méritos de múltiplas opiniões e a seleção de uma delas para ação. O dilema que é um problema que oferece duas soluções sendo elas controversas uma a outra ou ambas são inaceitáveis e a angústia que é a forte sensação psicológica, caracterizada por abafamento, insegurança, falta de humor, ressentimento e dor.

4. Ética Familiar

Família é à base de toda nossa formação, podemos dizer que sua importância é vital para a formação de caráter do ser humano.

A ética na família se relaciona ao altruísmo, ou seja, a necessidade imperiosa de preocupar-se com os outros, de ir ao encontro de seus interesses e, sobretudo, de não prejudicá-los.

Pode ser uma ética extrema, com o sacrifício dos interesses pessoais em prol da família, ou uma ética imparcial no convívio familiar, ou seja, aquela que busca a convergência dos interesses da pessoa com os demais familiares.

A falta de ética na família é quando a pessoa só pensa em atender seus interesses pessoais em detrimento das demais pessoas da família.

Existem duas teorias éticas: a da convicção, que se justifica pelo respeito às normas

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