DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO NA CONTEMPORANEIDADE E AÇÕES DE PROMOÇÃO DO CRESCIMENTO
Por: Lidieisa • 31/12/2017 • 2.453 Palavras (10 Páginas) • 524 Visualizações
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Para caracterizarmos um processo de desenvolvimento é fundamental observarmos ao longo do tempo a existência de: 1º crescimento do bem-estar econômico medida por indicadores, como, por exemplo: Produto Interno Bruto; 2º diminuição nos níveis de pobreza, desemprego e desigualdades; 3º elevação das condições de saúde, nutrição, educação, moradia, etc.
De maneira geral, as mudanças que caracterizam o desenvolvimento econômico de uma cidade, região ou país, consistem no aumento da atividade industrial em comparação com a atividade agrícola, migração de mão-de-obra do campo para a cidade, redução das importações de produtos industrializados e das exportações de produtos primários e menor dependência de auxílio externo.
2 IDH – ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
O IDH é um índice que serve de comparação entre os países, com o objetivo de medir o grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população, foi criado com o objetivo de oferecer um contraponto a outro indicador muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento. Apesar de ampliar a perspectiva sobre o desenvolvimento humano, o IDH não abrange todos os aspectos de desenvolvimento e não é uma representação da "felicidade" das pessoas, nem indica "o melhor lugar no mundo para se viver". Democracia, participação, equidade, sustentabilidade são outros dos muitos aspectos do desenvolvimento humano que não são contemplados no IDH. O IDH tem o grande mérito de sintetizar a compreensão do tema e ampliar e fomentar o debate.
De acordo com o último relatório de desenvolvimento humano, publicado em 14 de dezembro de 2015 com dados referentes ao ano de 2014 o Brasil ocupa agora a posição de número 75 caindo então uma posição em relação ao ano de 2013 numa lista de 188 nações que são classificadas com base em três indicadores: saúde, educação e renda que juntos são combinados para compor o IDH que varia de 0 a 1.
2.1 EDUCAÇÃO
O acesso ao conhecimento (educação) é medido por: i) média de anos de educação de adultos, que é o número médio de anos de educação recebidos durante a vida por pessoas a partir de 25 anos; e ii) a expectativa de anos de escolaridade para crianças na idade de iniciar a vida escolar, que é o número total de anos de escolaridade que um criança na idade de iniciar a vida escolar pode esperar receber se os padrões prevalecentes de taxas de matrículas específicas por idade permanecerem os mesmos durante a vida da criança;
2.2 SAÚDE
A segunda variável a ser considerada como critério de avaliação pelo PNUD é a saúde, que possui como indicador, a longevidade, constituída pela expectativa de vida ao nascer, válida tanto para o IDH nacional quanto o IDH entre países. Esta variável mostra o número de anos que uma pessoa nascida em uma determinada localidade pode chegar a viver baseada no ano em que o estudo foi realizado. Entretanto, há uma relação de saúde com as condições de salubridade local, já que a expectativa de vida é diretamente proporcional e está implicitamente condicionada ao número de mortes precoce.
2.3 RENDA PER CAPITA
A terceira variável é a renda e esta é analisada a partir do PIB per capita do país. Como há diferenças entre custos de vida entre países, a renda implícita no IDH é convertida em dólar, medida por meio da paridade do poder de compra (PPC) que elimina essas diferenças quanto à variabilidade das moedas locais frente às divergências das taxas de câmbio em níveis de inflação. O sistema de contas nacionais e a consequente mensuração de agregados possibilitam uma avaliação quantitativa (ou seja, em termos de valor de produto) que uma economia foi capaz de gerar em determinado período.
Essas medidas são consideradas importantes variáveis de desempenho econômico, uma vez que apresentam a capacidade de geração de renda dessa economia e, com o auxílio de outras informações, podem apresentar também, o nível de utilização de sua capacidade produtiva.
Para analisar o crescimento e o desenvolvimento de um país, é necessário avaliar-se de que forma a renda gerada no país (ou pertencente ao país) é distribuída pela população, pois se a geração de renda for substancial, mas sua divisão for muito desigual, a qualidade de vida não será boa.
Ou seja, na qualidade de vida da população, e necessário considerar não apenas os aspectos estritamente econômicos (nível de renda, renda per capita e distribuição de renda), mas também àqueles ligados a oferta de bens públicos como saúde e educação, que afetam diretamente o bem-estar.
As nações consideradas desenvolvidas apresentam bons índices sociais com taxas de analfabetismo e mortalidade infantil praticamente nulo e de saneamento básico e expectativa de vida positivamente favorável, além de forte crescimento econômico expressos por altos níveis de renda agregadas e per capita. Além disso, nos países considerados desenvolvidos, a distribuição de renda é praticamente favorável.
Nos quesitos saúde e renda, o relatório do IDH do ano de 2014 que é o mais recente mostra que o Brasil melhorou na expectativa de vida, de 74,2 para 74,5 anos, mas caiu na renda per capita, de 15.288 para 15.175 dólares. Desde 1990, o país até então ainda não havia apresentado retração nesse aspecto, porém ela nada mais é do que o reflexo da atual situação econômica pela qual o país vem passando. Com a inflação o poder aquisitivo do brasileiro diminui e, por sua vez, dificulta-se o consumo de bens duráveis e consequentemente, diminui-se a movimentação no ciclo econômico. Segundo a coordenadora do RDH no Brasil, Andréa Bolzon, esse panorama tende a influenciar para que nos próximos anos estes indicadores ainda permaneçam em baixa. Mesmo com a queda na renda, dificilmente o Brasil deixará de ser considerado um país de alto desenvolvimento humano. Dos 188 países do ranking, os que ocupam as posições de 50 a 105 (com índices entre 0,7 e 0,8) têm essa classificação. Os melhores do ranking ocupam o grupo de muito alto desenvolvimento, como no caso da Noruega que está classificada na primeira posição.
3 PIB - PRODUTO INTERNO BRUTO
PIB é a sigla para Produto Interno Bruto, e representa a soma, em valores monetários, de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região, durante um determinado período, ou seja,
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