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O papel do educador na contemporaneidade - uma reflexão sob o viés da experiência

Por:   •  21/3/2018  •  1.138 Palavras (5 Páginas)  •  459 Visualizações

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Educador e o afeto se relacionam ao passo que o educador precisa cultivar o carinho, o respeito e o cuidado, além disso, o educador também precisa deixar-se afetar por aqueles e/ou por aquilo que acontece durante o processo de aprendizagem. Encontrar-se com a experiência é reinventar as suas práticas, é reinventar-se, é permitir-se agir de forma permeável e disponível.

O afeto está um pouco no papel de mediador, o educador, não como aquele que submete a criança aos seus padrões e sim, instiga-a a descobrir quais as suas vontades artísticas, suas dúvidas ou o que ela quer expressar.

A suspensão está relacionada ao tempo, ao parar o tempo, ao criar um novo espaço-tempo, ao transgredir o aspecto acelerado da contemporaneidade, ao respeitar os fluxos dos processos na educação. Pensar a suspensão é pensar algo extramente subversivo, pois vivemos correndo contra o relógio. As escolas, hoje em dia, tem um calendário extenso para cumprir, são muitas as crianças que tornam-se, desde cedo, estressadas pois fazem diversos cursos e não tem mais tempo para simplesmente estar, brincar, pertencer. Combater a sociedade da produtividade com rompimentos desta lógica é procurar o espaço da experiência, o espaço da arte da troca, do encontro, de algo que supra os nossos sentidos, por isso, suspender o tempo é um dos papéis do educador contemporâneo, é apresentar outra lógica aos educandos.

A descoberta e o risco vem num sentido parecido, estas duas palavras trazem consigo uma nova perspectiva dessa educação contemporânea. A descoberta é o que ainda não se sabe, é o novo, relaciona-se diretamente com a reinvenção do educador e do papel do educador, ela é aquilo que se busca, é a força motriz que sustenta a esperança em algo que ainda não se conhece, ela move os educadores e os processos educativos para caminhos nunca navegados, ela imprime em nossos corpos a vontade de desvendar novas possibilidades, de descobrir caminhos, de expandir, de desenvolver e de questionar. Para tal é necessário lidar com o risco. Um caminho novo, recém-descoberto, é sempre um risco, o desconhecido traz consigo a ideia de risco, a educação contemporânea reinventa-se a partir de novas descobertas e constrói-se no risco, no erro e no acerto, na dúvida. Arriscar é necessário, é fundamental, é onde o aprendizado e a experiência acontece. Sem arriscar permanecemos em um espaço confortável, permanecemos apáticos e insensíveis às novas alternativas.

Referências Bibliográficas:

BONDIA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Rev. Bras. Educ. [online]. 2002, n.19, pp. 20-28. ISSN 1413-2478.

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