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A ÉTICA PROFISSIONAL

Por:   •  24/12/2018  •  2.678 Palavras (11 Páginas)  •  422 Visualizações

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Contratualismo

Para os contratualistas, a ética é um conjunto de regras e princípios em que temos de acordar para que a sociedade funcione, tornando difícil a distinção entre normas éticas e normas sociais. Segundo esses pensadores, a premissa básica é, a partir do “estado de natureza”, descobrir argumentos racionais para um contrato social que regulam as interações entre indivíduos na sociedade. A ética para os contratualistas está relacionada em que o bem individual está ligado ao bem comum da comunidade, sendo os membros dessa comunidade ligados por objetivos e valores comuns.

Utilitarismo

Considerada atualização do epicurismo clássico, o utilitarismo afirma que o padrão ético é “estão certas as ações que produzam a maior quantidade possível de bem-estar”. Para eles a felicidade não é apenas a perfeição ou o sentido nobre da vida, mas sim o interesse no imediato, no prazer e bem estar. A princípio utilitarista é uma das principais referencias da ética econômica e sociedade contemporânea, onde se acredita que não existe entidade suprema que tenha o poder de decretar o que é bom para a humanidade, por isso deve procurar a maior felicidade e bem estar para o maior número possível.

Abordagem universalista

Para Kant, os princípios da ética são imperativos categóricos, imperativos porque a lei moral manda, não aconselha, e categórico porque são juízos absolutos e não hipotéticos e são incondicionados. Esse imperativo categórico é baseado em três categorias: Universalidade, Transitividade e individualidade. A ideia fundamental é que a concepção da ética como um sistema de regras que devemos seguir, partindo de um sentido do dever, independente do desejo pessoal.

A ética kantiana está relacionada com o início da ética do respeito pelas pessoas. s. Esta teoria tem como padrão ético "estão certas as ações que respeitam de forma igual cada pessoa como agente moral". Agente moral é um indivíduo capaz de formular e prosseguir objetivos próprios de ser responsável pelas ações que se destinam a alcançar esses objetivos.

Diante de todas as dificuldades adotadas entre as teorias, percebe-se a dificuldade em adotar apenas um para regir seus padrões éticos, uma vez que não é possível incorporar todos os comportamentos em uma teoria só. Na cultura ocidental moderna, os conceitos predominantes são o utilitarismo e a ética do respeito pelas pessoas. O primeiro nos diz para maximizar a satisfação global, mesmo que ocasione injustiças para alguns indivíduos, já a segunda pede para respeitar os direitos dos indivíduos, apesar de isso promover a menor satisfação global das necessidades. Do ponto de vista da engenharia, é melhor analisar os dilemas de ambas as teorias, e caso as teorias se convergirem, a ação preconizada se torna a mais adequada.]

A ética na engenharia defende a missão moral na profissão. A discussão sobre o papel da ética na vida profissional é uma discussão natural além de uma parte essencial da engenharia em virtude de nenhum aspeto da profissão existe isolado do contato com a economia, as pessoas e o ambiente e, por esse motivo, o engenheiro deve estar apto a considerar as consequências, esperadas e inesperadas, das suas ações. Os valores são convicções fundamentais, que surgem como um ideal a atingir ou algo a defender. Constituem pontos de referência para os indivíduos. Tem a ver com saber traçar a difícil fronteira entre as ações admissíveis e as ações inadmissíveis. Por isso, podemos dizer que a ética na engenharia não é o estudo daquilo que os engenheiros podem fazer mas o estudo daquilo que os engenheiros devem fazer, atendendo aos impactes sociais e ambientais do desenvolvimento tecnológico.

Valores profissionais e códigos de ética e deontologia

As associações profissionais de engenharia (e algumas empresas de vários setores) têm optado por "formalizar" a ética, desenvolvendo códigos de conduta profissional - códigos de ética e códigos deontológicos. Os códigos de ética são um conjunto de regras que procuram conferir uma identidade às profissões, orientando e controlando os comportamentos do grupo a fim de manter a sua coesão e explicitam a forma como o grupo se compromete a realizar os seus objetivos particulares de acordo com os princípios universais de ética. Os códigos de ética das associações profissionais são criados num determinado contexto social e económico, pelo que podem mudar ao longo do tempo.

Deveres Profissionais

Os deveres estabelecem-se 4 tipos:

- deveres para com a comunidade (artigo 55°);

A) Desempenhar com competência as suas funções, contribuindo para o progresso da engenharia técnica

B) Defender o ambiente e os recursos naturais

c) Garantir a segurança do pessoal, dos utentes e do público em geral

D) Procurar as melhores soluções técnicas, ponderando a economia e a qualidade das obras que projetar, dirigir ou organizar

- Deveres para com a entidade empregadora e para com o cliente (artigo 56°);

- Contribuir para a realização dos objetivos económico-sociais das organizações em que se integre, promovendo o aumento da produtividade, a melhoria da qualidade dos produtos e das condições de trabalho.

- Prestar os seus serviços com diligência e pontualidade, de modo a não prejudicar o cliente nem terceiros, nunca abandonando, sem justificação, os trabalhos que lhe forem confiados ou os cargos que desempenhar.

- Abster-se de divulgar ou utilizar segredos profissionais

- Fixar uma remuneração adequada ao serviço prestado

- Deveres no exercício da profissão (artigo 57°);

- Agir sempre com boa fé, lealdade, correção e isenção.

- Apenas assinar pareceres, projetos ou outros trabalhos profissionais de que seja autor ou colaborador.

- Deveres recíprocos dos engenheiros técnicos (artigo 58°).

- Evitar qualquer concorrência desleal

- Prestar aos colegas, desde que solicitada,

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