A TEORIA PSICOSSOCIAL DE ERIC ERIKSON
Por: SonSolimar • 7/8/2018 • 1.445 Palavras (6 Páginas) • 352 Visualizações
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3- Iniciativa x Culpa – de 03 a 06 anos
Se há alguma coisa que distingue a criança nessa fase é a iniciativa. Especialmente durante as brincadeiras, ela descobre o papel mais significativo para si e o representa. A criança precisa identificar e projetar o seu papel no mundo.
A rivalidade e os ciúmes também aparecem nessa fase. A criança quer ser tratada como alguém especial e rejeita qualquer deferência da mãe pelos irmãos ou outras pessoas. Se não receber um tratamento relativamente privilegiado, desenvolve a culpa e a ansiedade. Nessa fase as manifestações das crianças começam a aparecer, por exemplo na escola, onde a menina quer pintar o desenho da cor que a mãe gosta e o menino brincar de luta como brinca com o pai, e a professora sem compreender pode cobrar e punir radicalmente as crianças, sem explicações, levando-as ao sentimento de culpa.
4- Habilidade x Inferioridade – dos 06 anos até a adolescência
Nessa fase a criança tem uma vida escolar. Independentemente de se sentir feliz ou insatisfeito, a criança começa a ganhar reconhecimento pelo que faz neste novo ambiente. É capaz de adquirir novos conhecimentos e habilidades para se tornar produtivo.
Nossa cultura já adquiriu altos níveis de especialização que tornam complexa e limitada a iniciativa individual. Nesta fase, se não houver reconhecimento suficiente, pode surgir uma sensação de inadequação que pode levar a um sentimento de inferioridade. O mesmo acontece quando o professor o expõe na frente dos demais, ao contrário de sentir domínio do assunto e poder dividir com os demais o seu conhecimento, a criança sente-se incapaz, inferior e pode carregar esse sentimento para sua vida futura.
5- Identidade X Confusão de papéis – adolescência
Este período é caracterizado por duvidar de tudo o que se acreditava anteriormente. Duvidam dos conhecimentos, das habilidades e até das experiências. Tudo isso se deve às mudanças sofridas pelo corpo e as crises de personalidade que isso gera.
Os adolescentes se preocupam com a imagem que passam para os outros, estão em constante conflito entre o que foram até agora e o que serão no futuro. Estão confusos quanto a sua identidade, são idealistas e muito influenciáveis. Se atravessarem essa fase com tranquilidade, conseguirão construir uma sólida identidade. Do contrário, estarão sempre fingindo ser o que não são. Ao final dessa fase o adolescente encontra sua real identidade e faz suas escolhas de acordo com o que realmente deseja.
6- Intimidade x Isolamento
Este é o momento em que o jovem adulto é capaz de assumir compromissos sentimentais, profissionais, políticos, sacrificando algo em troca. Sem por medo, esse jovem adulto não conseguir estabelecer essas ligações com o mundo, o perigo é o isolamento.
É uma fase de decisões e desafios para ganhar estabilidade, onde as concepções de trabalho, amizade e família são fortalecidas. Basicamente, é nesta fase que damos um passo definitivo para a vida adulta. É o início da maturidade, aproximadamente o período de namoro e começo da vida familiar.
7- Generatividade x Absorção em si mesmo
Erikson se refere a generatividade como o desejo na idade madura de ser produtivo, de orientar as novas gerações. Quando isso não ocorre, começa um processo de estagnação pessoal ligada ao sentimento de não transcender, não ter qualquer interferência sobre o futuro: um sentimento de impotência.
Somente as pessoas que enfrentaram as vitórias e as derrotas, que criaram e colocaram em prática novas ideias, amadureceram gradualmente e alcançaram a plenitude.
8- Integridade x Desespero
A última idade da vida pode ser uma etapa serena ou cheia de ansiedade. Tudo depende de como foram vividas as idades anteriores. Uma pessoa idosa deve ser capaz de fazer uma avaliação sensata da sua época e da sua vida, onde prevaleça o reconhecimento da realidade e compreensão do mundo em que vive.
Haverá integridade nesta fase se conseguirmos combinar a reflexão com a experiência. Nos casos em que existem conflitos não resolvidos ou etapas que não foram superadas, normalmente aparece um profundo medo das doenças, do sofrimento e da morte.
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