A Teoria da Comunicação

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Partindo dessa premissa, a foto conseguiu transmitir internacionalmente a mensagem de que havia um conflito político social acontecendo na China. Graças a globalização, os quatro cantos do globo foram conscientizados, permitindo assim diferentes posicionamentos e, possivelmente, influenciando uma transformação social. Uns podem ter visto a imagem como um pedido de socorro do povo chinês, outros podem ter apoiado a política chinesa, em que o homem é realmente um rebelde, e também houve aqueles que não conseguiram se afeiçoar pela causa, talvez por não adquirirem um conhecimento pleno do assunto.

Dessa forma, é possível também sustentar a argumentação de Ernest Laclau, que afirma que sociedades modernas não possuem nenhum centro, princípio articulador ou organizador único, e não se desenvolvem de acordo com o desdobramento de uma única “causa” ou “lei”. Ou seja, conseguimos perceber que a recepção da fotografia também não possui um único argumento centralizador, mas sim vários, sendo isso uma consequência da globalização que está instalada na sociedade moderna.

Através de todos os pontos levantados, e por meio da foto escolhida, do “rebelde desconhecido”, é possível concluir que, por mais que a primeiridade da imagem seja apenas um homem em frente a uma fila de tanques, a secundidade e a terceiraidade dependem da cultura dentro da sociedade que a recebe. Isso acontece pois é por meio dela que o homem se identifica, uma vez que a ideia do homem sem rosto, o significado que uma blusa branca pode trazer, a imagem de tanques de guerra ou o conceito de paz, faz com que, de alguma maneira, o indivíduo se identifique.

Além disso, a globalização é essencial nesse processo, já que permite a difusão cultural, podendo iniciar o processo das diferentes recepções. Dependente também desse efeito, encontra-se a percepção, que por meio da fenomenologia, permite mensurar a recepção da mensagem.

Pode-se dizer que grande parte dessa expansão foi fruto da mídia e como ela perpetuou e compartilhou notícias e imagens, com a intenção de difundir os acontecimentos ao redor do globo. Entretanto, foi a cultura do indivíduo e seu estado de “natureza” e aceitação que permitiram que esta, ainda mais, fizesse parte do processo de identificação; leitura pacífica dos acontecimentos.

No conjunto, avalia-se que tudo faz parte da cultura receptiva do homem e como ele recebe as mensagens midiáticas a sua volta. Dessa maneira, conseguimos aceitar o signos e a forma como este se identifica com os textos e imagens a sua volta.