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Terceiro setor

Por:   •  14/12/2017  •  1.542 Palavras (7 Páginas)  •  451 Visualizações

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reforma do Estado ( particularmente na desresponsabilização estatal do capital nas respostas à “ questão social”). c) a transformação ideológica da sociedade civil ( como arena de lutas) em “ terceiro setor” ( como espaço que assume harmonicamente as auto-respostas isoladas á “questão social” abandonadas/precarizadas pelo Estado).

268 Neste sentido,dotar a vida cotidiana de consciência humana - genética, desalienada, é tarefa fundamental para romper a instrumentalização que deste espaço faz o capitalismo.

268 (...) certamente não pode prescindir das formas de mediação presentes na práxis social e política.

269 (...) o conceito é tanto o ponto de partida como o resultado do processo de conhecimento (...)

269 (...) a mediação refere-se ao conjunto de particularidades que relaciona dialeticamente o universal e o singular.

270 (...) a tomada da realidade, da qual a cotidianidade contemporânea constitui um dos seus níveis, “supõe a reconstrução reflexiva da sua ontologia, da totalidade concreta própia da sociedade burguesa madura. E a caça mais pertinaz das mediações é um imperativo para que a dissolução da opacidade imediata dos ‘fatos’ cotidianos (...)

270 A crítica da vida cotidiana exige, portanto, a crítica contemporânea da economia política no capitalismo tardio.

270 Desde sua constituição, com maior expressão a parti dos anos 70, as organizações não- governamentais (ONGs) assumiram um claro papel do lado dos movimentos sociais captador de recursos para eles.

271 As ONGs que surgiram aqui tinham como “missão” tanto contribuir para a melhor organização interna como para a articulação entre os movimentos sociais, além de transferir para este os recursos captados de organismos estrangeiros.

271 Por diversos mecanismos, impossíveis sequer de salientar nestas páginas com um mínimo de rigor, a ONG, outrora concebida para ficar ao lado e apoiando o movimento social, passa agora a ser o ator principal nesta relação. De coadjuvante do movimento social, a ONG passa a ocupar o lugar deste.

272 Hoje as ONGs congregam uma massa tão vasta de voluntários, recrutando muitas vezes próprios sujeitos portadores de carências, que estes passam a ser vistos, não sem certeza razão, como “militantes”.

272 As pessoas passam a colaborar financeiramente mais com, as ONGs do que com os movimentos sociais: (...)

273 (...) a ONG passa a ter uma relação diferentes com o estado 9 e com a empresa).

273 (...) Por todas as considerações já feitas ate agora, este relacionamento e dócil, despolitizado e despolitizador, funcional ao projeto neoliberal de reestruturação sistêmica.

274 Devemos diferenciar, ao considerar a sociedade civil como arena de lutas sociais, a noção ideológica de “ lutas da sociedade civil” da conceituação do real processo de “ luta na sociedade civil”.

275 Pensar nas “lutas da sociedade civil” remete também, e fundamentalmente, a pensar esta esfera social não como espaço de lutas, mas como sujeito delas.

275 (...) a sociedade civil nem é homogênea, nem ainda pode ser considerada como sujeito portador do legado emancipador.

As lutas nesta perspectiva são vista como lutas internas a sociedade civil, mas como o enfretamento desta ( como unidade, transformadora em “ sujeito”) contra seus ( suposto) oponentes, o Estado e/ou o mercado. Nesta concepção, quando se fala de conforto de interesses, põem-se em tela os (supostos) interesses da sociedade civil,contra os do Estado e do mercado. Não se percebe a disparidade e antagonismo no interior da própria sociedade civil.

277 (...) o “ terceiro setor”, a importância da mobilização popular na sociedade civil, como fundamental para democratização social. Porém, a lógica de mobilização contida nesse debate e uma lógica gerencial ou, na melhor das hipóteses, de gestão controlada de recursos comunitários para as respostas concretas a demandas pontuais e individualizadas. Esta lógica e fortemente funcional a manutenção da ordem, porquanto elimina do seu horizonte político as contradições de interesses de classes. Esta é uma mobilização por gestão controlada de recursos comunitários.

277 Radicalmente diferente é a mobilização, como lutas sociais, por direitos sociais. Neste caso, tal mobilização e concebida não como participação na gestão de recursos e na execução de serviços sociais, mas como lutas sociais, orientadas fundamentalmente ( mesmo que sem exclusividade) pelas contradições de classes.

278 As luta desencadeadas na sociedade civil não devem ser, portanto, para

Desenvolver, procurando substituir ou compensar, o que o estado no contexto neoliberal vai abandonando. Antes devem ser lutas, em primeira instância, também por preservar e ampliar as conquistas históricas dos trabalhadores, garantidas no âmbito do estado.

278 Não se pode depositar muitas confianças em lutas sociais que, operadas na sociedade civil, deixam de lado outras esferas sociais 9 como o estado e o mercado), permitindo seucontrole pelas elites.

280 Nesta luta oposição ao projeto neoliberal, de superação da ordem, a hegemonia de classe torna-se fundamental, para o que a sociedade civil tem no contexto atual relativa central. Hoje, mais do que nunca, é forte e clara a hegemonia burguesa no âmbito estatal, no mercado e na esfera da produção.(...) A articulação das lutas tende a dificultar a busca da hegemonia burguesa na sociedade civil; contrariamente, o isolamento (mediante a setorialização das esferas sociais) e a mistificação

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